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Legalização da Maconha

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Me lembro de ter lido que só poderá comprar/consumir quem mora lá.

EDIT:
achei a notícia:
"O governo destaca, porém, que as novas medidas não têm a intenção de transformar o Uruguai em uma versão sul-americana da Holanda, país onde a comercialização de determinadas drogas está liberada também para os turistas. No caso uruguaio, o projeto implicaria venda destinada exclusivamente a cidadãos residentes." 20 de junho de 2012
Siker, você não é noob! Se alguém postou depois de você, não edite seu post pra adicionar conteúdo; crie um post novo. ;)
 
Siker, você não é noob! Se alguém postou depois de você, não edite seu post pra adicionar conteúdo; crie um post novo. ;)
Problemas técnicos...

onde vcs viram isso? não que eu esteja duvidando, só to curioso sobre a fonte.

achei a notícia:
"O governo destaca, porém, que as novas medidas não têm a intenção de transformar o Uruguai em uma versão sul-americana da Holanda, país onde a comercialização de determinadas drogas está liberada também para os turistas. No caso uruguaio, o projeto implicaria venda destinada exclusivamente a cidadãos residentes." 20 de junho de 2012
 
Lei Seca agora não permite Boca Seca (pelo uso da maconha). TODOS COMEMORA! :cheer:


Blitz em São Paulo também vai flagrar motorista que usa maconha e cocaína

Governo de SP vai testar aparelho nesta sexta-feira (8) na capital paulista. Programa será lançado na cidade de São Paulo e depois no estado.


A partir desta sexta-feira (8), o governo do estado de São Paulo vai testar nas ruas da capital paulista aparelhos capazes de flagrar motoristas que consumiram maconha e cocaína. Segundo informações do Bom Dia Brasil, os equipamentos serão usados em um novo modelo de blitz para fiscalizar a Lei Seca, que já combate o consumo de álcool ao volante.

Policiais irão parar condutores de veículos suspeitos de estar sob o efeito de drogas e coletar gotas de saliva para a realização do teste para a constatação do uso de maconha e cocaína. Quem for pego poderá ser multado e preso.

A operação Lei Seca teve início em todo o país nesta sexta. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, cerca de 10 mil agentes vão intensificar a fiscalização nas rodovias - são 1.500 novos agentes contratados entre 2012 e 2013. Além disso, folgas foram suspensas, plantões extras criados e funcionários de áreas administrativas deslocados para as rodovias. Os agentes vão contar com cerca de 1.200 bafômetros.

Direção Segura
Segundo o governo paulista, no estado a “nova operação Direção Segura integra sensibilização e fiscalização dos condutores, com ação pioneira para a detecção de drogas no organismo”. O programa será lançado na manhã desta sexta, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele assinará o decreto que oficializa a Direção Segura.

A ação será realizada durante todo o carnaval, entre os dias 8 e 12 de fevereiro, na cidade de São Paulo. Depois, a operação será ajustada para implantação gradativa em todo o estado.

A operação
O governo informa que em poucos minutos o equipamento sinaliza, por meio da saliva, se há presença de maconha e cocaína no organismo. Nesses casos, também vale a regra da "tolerância zero" da Lei Seca: quem for flagrado conduzindo sob efeito dessas substâncias será multado e poderá ser preso.

Fonte


Primeira blitz antidroga em SP flagra motorista sob efeito de maconha

Polícia apreendeu entorpecente no carro do condutor perto do Anhembi. Ação deflagrada na noite de sexta ocorrerá depois em outras cidades.

O primeiro dia da blitz da nova Lei Seca em São Paulo, que passou a usar um aparelho para detectar o uso de drogas em motoristas, flagrou um condutor sob o efeito de entorpecente entre a noite de sexta-feira (8) e a madrugada deste sábado (9) na capital paulista.

A ação conjunta das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica encontrou maconha no carro do suspeito na Ponte das Bandeiras, Zona Norte. Submetido ao teste de imunoensaio, que coleta a saliva, o homem teve resultado positivo para o uso dessa droga. As informações são do SPTV.

“Ele vai perder a carteira e vai ter que pagar uma multa de R$ 1.900. Além disso, vai ter que responder por utilizar a droga para dirigir”, afirmou Daniel Annenberg, diretor presidente do Detran.

Fonte
 
Tópico mamilicamente polêmico. Lerei antes de opinar...

Sobre a notícia em si postada pela Pim, com certeza é algo a se comemorar.
 
Eu sou a favor.
Apesar de ser contra qualquer tipo de fumo, os males causado pela maconha é menor que de Cigarro e Álcool, e falar que não pode ser liberado por causar dependência, é pedir para proibir novela e jogos eletrônicos. Ambos causa dependência e quem sabe até alguns males.
 
Sou contra. Ademais, estando em um período de leis de combate ao cigarro e à bebida alcoólica, é um verdadeiro paradoxo quererem liberar o uso de qualquer droga, inclusive a maconha.
 
Quais leis de combate ao cigarro e à bebibda alcoólica?

Ranza, aqui em São Paulo temos uma lei anti-fumo que proíbe o uso de cigarro e demais produtos derivados do tabaco nos ambientes fechados de uso coletivo; não sei se aí em sua cidade tem algo parecido; sei que em várias outras localidades existem leis semelhantes.

Quanto à bebida alcoólica, neste ano uma nova Lei Seca mais rigorosa foi promulgada e já está em vigor em todo o país, punindo rigorasamente quem consumir tal bebida e for pego ao volante, podendo até ser preso o indivíduo nessa condição.
 
Ai é que tá, a lei do fumo em local fechado e Lei Seca não é a lei contra o tabaco e nem contra a bebida.

A Lei contra o fumo dentro de local fechado não foi feita para diminuir o uso de cigarro, e sim para preservar os não fumantes que tinham que ficar respirando aquele ar cheio de fumaça. E a lei Seca não proíbe ninguém de beber, e sim de dirigir sob efeito do álcool. Essas não foram leis criadas com o intuito de diminuir o consumo desses produtos, e sim de preservar a integridade de outras pessoas. Assim como a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios de futebol, ela não proíbe ninguém de sentar num buteco encher a cara e depois ir ver o jogo, que é o que acontece com frequência aqui em BH

O que você deixa ou deixa de fazer é um problema único e exclusivo seu, desde que não envolva outra pessoa nisso (como fumar em locais sem ventilação e dirigir embriagado).

Então não há paradoxo algum em liberar a maconha.
 
Ai é que tá, a lei do fumo em local fechado e Lei Seca não é a lei contra o tabaco e nem contra a bebida.

A Lei contra o fumo dentro de local fechado não foi feita para diminuir o uso de cigarro, e sim para preservar os não fumantes que tinham que ficar respirando aquele ar cheio de fumaça. E a lei Seca não proíbe ninguém de beber, e sim de dirigir sob efeito do álcool. Essas não foram leis criadas com o intuito de diminuir o consumo desses produtos, e sim de preservar a integridade de outras pessoas. Assim como a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios de futebol, ela não proíbe ninguém de sentar num buteco encher a cara e depois ir ver o jogo, que é o que acontece com frequência aqui em BH

O que você deixa ou deixa de fazer é um problema único e exclusivo seu, desde que não envolva outra pessoa nisso (como fumar em locais sem ventilação e dirigir embriagado).

Então não há paradoxo algum em liberar a maconha.

Respeito sua opinião, mas para mim, com toda a certeza, tais leis inibem o consumo do cigarro e da bebida alcoólica.

Se você está num restaurante com a família e os amigos, você se vê privado de consumir tais substâncias e, consequentemente, além de proteger a saúde de quem está ao seu redor, acaba dimunindo o seu próprio consumo e, assim, começa a utilizar menos.

Por fim, é sabido que tanto o fumo e seus derivados como o álcool fazem mal a saúde; portanto, a maconha não é exceção.
 
Sou contra e concordo com a maioria dos argumentos defendidos aqui no tópico (Siker e General Artigas, em particular, mandaram muito bem), de modo que acho que seria meio redundante repetir tudo. Achei bem curioso o fato de que as pesquisas citadas que comparam maconha com cigarro e álcool serem bem velhinhas (2008 e 2009), uma vez que há pesquisas mais recentes cujo resultado é (pasmem...) que a maconha é pior e mais danosa. Se for o caso, depois atualizamos esse tópico com outras pesquisas. Sobre os argumentos favoráveis à legalização, eu discordo da maioria e digo os motivos:

1) Liberalismo pela metade: Um dos argumentos favoráveis a legalização que eu li aqui no tópico é a liberdade do indivíduo de fumar o que quiser, de modo que o Estado não deve agir de forma paternalista protegendo o indivíduo. O que torna alguns argumentos liberais meio capengas, na minha opinião, é justamente o papel do SUS. Nós (brasileiros de modo geral) temos por certo e garantido que como saúde e educação são direitos universais (e são), isso automaticamente significa que o Estado deve prove-los e ponto final. É óbvio que há injustiças sociais e que o Estado pode e deve agir para mitiga-las. Só que se alguém pensa numa alternativa, é automaticamente detonado. O Estado pode muito bem continuar a redistribuir renda, mas não necessariamente através desses serviços. Alguns pensadores e economistas liberais dizem, por exemplo, que o Estado deveria distribuir vales (ou vouchers) para fins específicos como educação e saúde. Os hospitais e escolas públicos continuariam a existir, mas as pessoas mais pobres teriam o direito de escolha entre gastar o seu vale com um plano de saúde ou então ir para o hospital público - e o mesmo aconteceria no caso das escolas. Esse seria um real caso de liberdade individual do lado da escolha. Se a pessoa acreditar que o Estado tem a obrigação de cuidar dos doentes do país e que todos os indivíduos tem a completa liberdade de agirem como quiserem para destruir seus corpos, então como é que essa pessoa pode dizer que o Estado não está agindo como um Grande Pai? A pergunta do Felagund sobre quem se entope de açúcar e sal é, ao meu ver, correta. A resposta, do ponto de vista liberal, pelo menos, é que um cara assim deveria pagar um seguro saúde mais caro do que quem não tem esse tipo de hábito. O mesmo poderia ser tido sobre o fumante. É possível, hoje em dia, viver num mundo assim? Alguém algum dia discutiria seriamente o fim do SUS e a adoção de outro sistema de saúde? Não creio, assim como não creio em liberalismo parcial. A filosofia liberal diz que os preços dos bens e serviços é que ajudam a regular o comportamento dos indivíduos - só que não é isso que vemos na realidade.

2) Liberalismo tupiniquim: Se entendi corretamente, outro argumento favorável à liberação da maconha e repetido várias vezes aqui é a questão do efeito de mercado. Quem fala sobre livre mercado e liberalismo no Brasil só pode estar de piada. Esse argumento é puramente teórico e no que consegue quantificar (oferta, demanda e preços), realmente indica que o preço da maconha diminuiria e que o mercado negro (traficantes) sumiria. O segundo ponto acho que já foi discutido aqui no tópico, ou seja, o traficantes simplesmente migrariam para outro setor, já que são especialistas em trabalhos intensivos em violência. Acho que essa é a previsão mais lógica sobre esse tema. Sobre o efeito no preço, a predição é puramente teórica. O Brasil é completamente ineficiente e a regulação que acompanharia a liberação seria feita possivelmente pela ANVISA. Seria tão difícil abrir uma empresa para plantar e vender maconha, que a suposta redução do preço não aconteceria e o mercado negro continuaria a existir. Em suma, acho difícil acreditar que os mecanismos de livre mercado vão acabar com o mercado negro e a violência.

3) Documentário do FHC: Eu assisti e achei bem interessante pelo debate, embora o documentário tenha seguido numa direção diferente daquela originalmente anunciada. A propaganda é que era sobre a regulamentação da droga, mas o foco, ao meu ver, é a descriminalização do consumo. No Brasil, se não me engano, o consumo foi descriminalizado, mas não despenalizado. Talvez esse seja um bom caminho, dada a nossa (falta de) posicionamento sobre o sistema carcerário. Esse ponto é bem interessante e realmente não sei o que é o certo a se fazer. Do ponto de vista prático, o ideal seria punir mesmo, mas como eu já falei em outro tópico, o nosso sistema carcerário é um caos. Não sei se faz muito sentido colocar na cadeia um maconheiro ao lado de um assassino ou de um traficante. Do jeito que as coisas são aqui, eu tendo a aceitar a descriminalização e a ideia de que o Estado tem que se conformar com a opção de oferecer tratamento e reabilitação pra quem quiser. O que resta é tentar conscientizar a população sobre os riscos e oferecer tratamento, ou seja, continuar a agir de forma paternalista. É o Estado com a cara de "Okay...".
 
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Reactions: Pim
O problema não é colocar na cadeia todos os maconheiros e carreiristas na cadeia e, sim, de o cidadão usar enquanto dirige. Potencializando ainda mais as chances de causar um grave acidente. Sou a favor, se beber não pode, se drogar para ficar flutuando ao volante, muito menos.
 
Achei bem curioso o fato de que as pesquisas citadas que comparam maconha com cigarro e álcool serem bem velhinhas (2008 e 2009), uma vez que há pesquisas mais recentes cujo resultado é (pasmem...) que a maconha é pior e mais danosa. Se for o caso, depois atualizamos esse tópico com outras pesquisas.

É sim, por favor! :D
 
O problema não é colocar na cadeia todos os maconheiros e carreiristas na cadeia e, sim, de o cidadão usar enquanto dirige. Potencializando ainda mais as chances de causar um grave acidente. Sou a favor, se beber não pode, se drogar para ficar flutuando ao volante, muito menos.

Cara não sei se te entendi.
Dirigir sob efeito de entorpecentes é crime, bem antes de dirigir bebado.
 
Não precisa ser exclusiva para fins medicinais, votei "sem restrições" por falta de opção, a restrição seria a lei do aparelho que a Pim postou...já do contrabando não tem como fugir.
 
Caça às drogas: mais empresas pedem exames toxicológicos

Prática, que veio dos Estados Unidos, gera controvérsia. Também há mais companhias oferecendo tratamento para dependentes químicos

RIO – Há cerca de dois meses, um jovem escolhido em um processo seletivo da área de petróleo e gás viu sua contratação, que já estava acertada, ir por água abaixo. Isso porque o exame pré-admissional a que foi submetido — sem saber — detectou a presença de maconha na urina. E a empresa usou essa informação para dispensá-lo, antes mesmo da efetivação. A prática é considerada abusiva por especialistas em direito do trabalho. Mas não é apenas de forma discriminatória que as companhias estão atuando: no combate ao álcool e às drogas, também cresce a realização de exames pós-contratação, assim como o encaminhamento do dependente para tratamento.

A popularização dos exames toxicológicos no mercado brasileiro pode ser explicada pela intensificação da globalização e pela chegada de mais empresas multinacionais ao país.

— Essa filosofia vem dos Estados Unidos. Demorou um pouco para as empresas brasileiras aderirem à tendência — diz Maurício Yonamine, responsável pelo Laboratório de Análises Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), que faz, em média, 500 exames mensais para empresas conveniadas.

Yonamine diz que há cinco anos houve um boom na demanda, hoje estabilizada também por conta da estrutura limitada do laboratório público. No Rio, a Evolução Clínica e Consultoria, que oferece serviços de implantação de políticas corporativas antidrogas, além de testes e tratamentos de reabilitação, tem visto a procura crescer. Nos últimos três anos aumentou em 30% o número de empresas que adotam os exames toxicológicos — apenas em 2012, a Evolução fez 1.350 testes — e cresceu em 80% a quantidade de companhias que procuraram a clínica para criar um programa antidrogas.

— As empresas vêm adotando esse tipo de política porque ajuda a reduzir os acidentes de trabalho, o absenteísmo, os problemas de negligência e produtividade, além de preservar a imagem da companhia e trazer economia de despesas com assistência médica — acredita Selene Barreto, diretora da Evolução, que também atribui esse crescimento à difusão do conceito de responsabilidade social no meio corporativo.

Selene ressalta que, para submeter um indivíduo ao teste de urina para investigar o consumo de álcool e drogas, é preciso ter seu consentimento. Mas ainda assim a questão é controvertida, especialmente quando os exames são feitos antes da contratação.

— Existe uma recomendação do Conselho Federal de Medicina para que não sejam realizados exames toxicológicos prévios à admissão. É uma atitude discriminatória, que viola direitos constitucionais — afirma a advogada trabalhista Rita de Cássia Vivas.

E, para Rita, mesmo que assine um termo aceitando ser testado, o funcionário poderá contestar o teste:

— Nessa relação, o empregado é a parte frágil, que aceita qualquer coisa por medo de perder o emprego.

Tratamento extensivo às famílias

Na Embraer, desde 1984 existe o programa “Estar de bem sem drogas”, que, em 2000, incorporou os exames toxicológicos como procedimento. Todo ano , 10% dos 18 mil funcionários são sorteados para serem submetidos ao exame, que inclui coleta de urina e bafômetro.

— A intenção é detectar pessoas que tenham uma possível dependência e oferecer tratamento. Não de forma punitiva, mas preventiva, para evitar acidentes de trabalho ou erros na confecção de uma peça — explica Andrea Ferreira, gerente de Bem Estar da Embraer.

Hoje, são 40 funcionários em diferentes estágios de recuperação. Em 29 anos, 508 colaboradores receberam tratamento, incluindo empregados, estagiários e dependentes diretos.

— Toda a família adoece quando há um problema desses — diz Andrea.

Foi porque a empresa de seu pai tem uma política como a da Embraer que hoje, dia 17 de março de 2013, Joana (nome fictício), de 31 anos, comemora por estar “limpa” há 1 ano, 6 meses e 11 dias. Foram quase 15 anos de uso de álcool e maconha — a cocaína chegou mais tarde, quando ela já tinha 28 anos — até atingir o que ela chama de “fundo do poço”. Não conseguia chegar na hora no emprego e inventava desculpas para sair mais cedo e ter tempo de consumir alguma droga antes de voltar para casa, onde vive com os pais. Depois de sofrer uma tentativa de estupro, chegou em casa pedindo para ser internada. Atualmente faz estágio em informática e está terminando a faculdade.

— Hoje tenho paz de espírito. Só de não precisar mentir para a minha chefe é um alívio — diz ela, que continua fazendo terapia em grupo e também encontrou apoio nos grupos anônimos.

Joana, inclusive, é favorável ao uso de exames toxicológicos dentro das empresas. Desde que não se confunda o uso esporádico com a dependência.

— Não é porque a pessoa usou algo uma vez que ela tem a doença. Mas acho que, especialmente em áreas que envolvam riscos de segurança, os exames toxicológicos são importantes.

Promoção aconteceu durante a reabilitação

“Achei que as minhas possibilidades de crescimento profissional estavam arruinadas”. A afirmação é de Roberto, economista de 27 anos que há um ano e meio aceitou o tratamento contra a dependência de álcool e cocaína oferecido por sua empresa, conveniada com uma clínica especializada. Mas não apenas as oportunidades não acabaram, como ele foi promovido durante a reabilitação, custeada pela companhia.

A chefia tomou conhecimento do vício de Roberto depois de um incidente em uma viagem de trabalho. A assistente social, então, o abordou.

— Demorei três dias para admitir e aceitar ajuda. Não porque eu não achava que tinha um problema, mas porque tive medo de perder o emprego — conta o economista.

Por 40 dias, ele precisou ir diariamente à clínica especializada em tratamentos antidrogas. Para não levantar suspeitas, no trabalho diziam que ele estava fazendo um curso. Também foi transferido de gerência e hoje não tem mais contato com os colegas da época.

— Foi tudo tratado de forma sigilosa. Ninguém ficou sabendo — diz Roberto.

Sigilo durante o tratamento

A história é parecida com as de Sergio, um geólogo de 39 anos, e Otávio, um engenheiro de 61 anos, que também estão em tratamento, respectivamente, contra a dependência de drogas e a de álcool. No caso do geólogo, depois de um mês ele também trocou de gerência, que foi informada que ele estava em curso, enquanto ele ia diariamente à clínica. Já o engenheiro ficou de licença médica por três meses antes de retornar ao trabalho.

— O programa não expõe o funcionário e é muito sincero — afirma Otávio, que procurou ajuda na empresa por conta própria, enquanto Sergio recebeu, de sua chefia, a sugestão para que se informasse sobre o tratamento.

As companhias em que eles atuam vêm agindo de acordo com uma mudança na interpretação da lei, que considera a dependência em drogas e álcool como uma doença.

— Embora a “embriaguez habitual ou em serviço” conste no rol de motivos para a dispensa com justa causa do empregado (artigo 482 da CLT), hoje, o alcoolismo e a dependência de drogas são interpretadas pelos tribunais como doenças e não mais como atos de indisciplina do empregado — explica Rodrigo Bottrel Tostes, advogado trabalhista do Pinheiro Neto Advogados.

Por isso também, Selene Barreto, diretora da Clínica Evolução, acredita que mais companhias estejam buscando políticas antidrogas — ela vê a demanda crescer especialmente nas áreas de energia e aviação:

— Para funcionar, no entando, é preciso ter clareza e relação de honestidade com o funcionário, além de treinar as equipes de saúde e gestores para lidar com a questão.

A procuradora do trabalho Lisyane Chaves Motta lembra que as razões de solicitações de exames não podem ferir o direito à intimidade e privacidade dos trabalhadores:

— Os direitos da personalidade se sobrepõem aos interesses privados das empresas, no caso de conflito entre ambas as partes.


Fonte: O Globo
 
Onde eu trabalhava a maior parte dos testes para maconha e cocaína eram no admissional de empresas.

A maior preocupação no caso era porque funcionários poderiam realizar viagens ao exterior e eu acho que, para essas empresas, escolher não usuários significa evitar problemas de visto, legalidade em outro país, tráfico e por aí vai.
 

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