Aparentemente o que houve foi isso:
Andres Sanches passou dos limites
29 de julho de 2010
Andres Sanches, presidente do Corinthians, está sendo investigado pela 1ª Delegacia do DHPP por grampo ilegal, ameaça e formação de quadrilha.
Desde 2009, contratou um detetive particular, Marcelo Pereira Alves, para grampear e seguir o proprietário deste blog.
Faz oito meses que descobri a operação e denunciei para o DHPP.
Durante este período, fingi que nada acontecia enquanto realizava minha investigação paralela.
Gravei mais de 50 conversas com o “araponga” sem que ele percebesse.
Estas conversas foram decisivas para a investigação e trataram por incriminar o Presidente do Corinthians e seus parceiros.
Além de grampear e seguir este jornalista, Andres Sanches contratou os serviços do detetive para rastrear também a vida de sua ex-mulher.
Segundo o detetive, o Presidente do Corinthians suspeitava que ela era uma de minhas fontes.
Informação que também está nas gravações que fazem parte do inquérito.
A Polícia investiga ainda quais motivos levaram o Presidente do Corinthians a contratar uma “campana”, ou seja, mandar um profissional me seguir por 24 h.
Suspeita-se que suas intenções não eram nada boas.
Recolhi provas, entre elas o equipamento utilizado para efetuar o grampo, um telefone celular (depois explico melhor) e consegui que uma testemunha, o senhor Rolando Wohlers (Ciborg) se encontrasse com ele por duas ou três vezes, para depois reconhecê-lo formalmente na delegacia.
No mês passado, sem alternativa, o Detetive confessou seus crimes, formalmente, para os doutores José Masi e Laerte Marzagão.
Foi submetido posteriormente a uma acareação com a testemunha, voltando a confirmar que cometeu os delitos, sendo reconhecido oficialmente nos autos.
Os outros criminosos, Andres Sanches, Coronel Waldir Rapello Dutra e Odair Campos (Caveira) já prestaram depoimento e, orientados por advogados, negaram suas participações.
Embora a quantidade de provas – além da confissão do “araponga” – seja tão grande que correm o risco de responderem pelo crime de falso testemunho na seqüência dos acontecimentos.
O Inquérito Policial já virou processo e está no JECRIM sob o nº 050.09.090984-4, aos os cuidados da Promotora Mara Silvia Gazzi.
Personagens deste crime e suas respectivas ações.
Andres Sanches
Foi o mandante, segundo as gravações realizadas com o “araponga”.
Dava as ordens para o Coronel Waldir Rapello Dutra que as repassava para Caveira, que era o contato com o homem que me grampeava.
Andres Sanches encontrou-se com o Detetive duas vezes.
Uma delas em uma festa no Corinthians.
Waldir Rapello Dutra
Conhecido como Coronel Dutra, é o chefe de Segurança do Corinthians.
Foi ele que entrou em contato com o “araponga” pela primeira vez, recebendo indicação de um amigo policial de Presidente Prudente, que já teve seu nome delatado nos autos.
Encontrou-se várias vezes com o Detetive e era o retransmissor das ordens de Andres Sanches.
Utilizava-se de Odair Campos (Caveira), motorista e segurança do presidente corinthiano – e também de Ronaldo Fenômeno – para transmitir orientações ao “araponga”.
Odair Campos (Caveira)
Policial afastado do serviço é um dos homens de confiança do Presidente corinthiano.
Fala-se no Corinthians que é uma pessoa de periculosidade alta.
Era quem mais se encontrava com o Detetive e tinha a função de realizar os pagamentos, além de municiá-lo de informações a meu respeito.
Foi ele que levou a ordem de Andres Sanches para que o “araponga” também grampeasse sua ex-mulher.
Marcelo Pereira Alves
É o detetive particular.
Possui também uma empresa de recuperação de créditos no centro de São Paulo.
Confessou ter sido contratado por Andres Sanches nas gravações que estão em poder da Polícia.
Delatou os outros participantes em seu depoimento formal.
Grampeou meu telefone, foi contratado para me seguir e interceptou também as ligações da ex-mulher do Presidente corinthiano.
Em tempo: Contarei nos próximos dias como foram os oito meses de investigação, a maneira que utilizamos para chegar aos culpados, além de exibir trechos de minha conversa em áudio com o “araponga”.
Em tempo 2: Não posso deixar de agradecer ao Dr. José Masi pela dedicação, coragem e brilhante trabalho realizado na elucidação deste caso e também oa Dr. Laerte Marzagão, que assumiu o caso recentemente, mas, desde o início, colaborou para que as coisas caminhassem de maneira correta.
http://www.midiasemmedia.com.br/paulinho/?p=19898
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Bandidagem total hein.