Clube de Leitura 21º Livro - Ilusões Perdidas (Honoré de Balzac)

[Clara]

Conforme indicações e enquete, o livro escolhido para a 21ª edição do Clube de Leitura Valinor é a obra de
Honoré de Balzac, Ilusões Perdidas.

CRONOGRAMA

06/11/17 - Parte 1 - OS DOIS POETAS - Capítulos 1 a 4
Globo: páginas 29 a 159
Penguin: páginas 27 a 178

13/11/17 - Parte 2 - UM GRANDE HOMEM DE PROVÍNCIA EM PARIS - Capítulos 1 a 40
Globo: páginas 160 a 459
Penguin: páginas 179 a 546

20/11/17 - Parte 3 - OS SOFRIMENTOS DO INVENTOR
1. Introdução - Capítulos 1 e 2
Globo: páginas 460 a 467
Penguin: páginas 547 a 558

27/11/17 - História de uma Ação Judicial - Capítulos 3 a 20
Globo: páginas 468 a 552
Penguin: páginas 559 a 668

04/12/17 - A Criatura Fatal da Família - Capítulos 21 a 40
Globo: páginas 553 a 642
Penguin: páginas 669 a 784


As discussões começam na segunda-feira, dia 06/11/2017.
Lembrando que todos podem participar das discussões, seguindo as regras do Clube contidas nas Diretrizes e Atualizações.
Fiquem livres para postar dados sobre o autor bem como edições disponíveis do livro.

 

[Clara]

O @Spartaco gentilmente nos forneceu o cronograma com as edições da Penguin e da Globo, e começaremos as discussões na segunda-feira, dia 06/11/17.

 

[Spartaco]

Segundo o tradutor e estudioso da obra de Balzac, o húngaro naturalizado brasileiro Paulo Rónai, Ilusões perdidas é a narrativa mais extensa do autor, sobretudo se considerarmos que o romance Esplendores e misérias das cortesãs lhe forma a continuação. Essas duas obras constituem na realidade uma só, a história de Luciano de Rubempré, uma das maiores e mais impressionantes da literatura do século XIX.

Nesse livro Balzac trabalhou, por assim dizer, durante toda a sua vida, vale dizer, por toda a sua carreira literária. Ilusões perdidas traz a data de 1835-1843; Esplendores e misérias das cortesãs, a de 1838-1847. O autor deu esses dois romances várias vezes como acabados, vendeu-os a diversos editores e reescreveu-os vezes sem conta.

Aparecem neste livro quase todos os ambientes de Balzac e quase todos os assuntos também: a ambição; o amor sob várias formas (o da mulher madura ao adolescente, o da cortesã ao rapaz bonito, o da esposa ao marido); as lutas do gênio com o ambiente; a conspiração da sociedade contra o indivíduo saído de sua esfera; as alegrias e as misérias da glória; a luta das gerações; a vingança do amor-próprio ferido; etc.

Enfim, Ilusões perdidas é considerado por muitos o mais balzaquiano de todos os romances.

 

[Clara]

Pra quem assina o Kindle Unlimited, tem esse título disponível em edição da Globo (Biblioteca Azul).

 

[Spartaco]

Segundo ainda Paulo Rónai, o personagem principal do livro, Luciano de Rubempré, é uma das criações mais completas de Balzac. Na representação dessa personagem, o romancista mostra-se digno sucessor dos clássicos, criadores de grandes tipos, e, ao mesmo tempo, pinta um indivíduo caracteristicamente romântico. Ele encarna, antes de tudo, o tipo universal do talento provinciano seduzido pelo brilho da capital; mas também é a personagem característica de determinada sociedade e sua época.

Sendo Luciano de Rubempré uma pessoa sumamente influenciável, cuja evolução é modificada por todos aqueles com quem convive, seu criador empenha-se em descrever a fundo todos os ambientes por onde ele passa: a fastienta, ridícula e limitada sociedade de Angoulême, e o brilhante meio literário de Paris, espantosamente imoral e cinicamente espirituoso, no qual se vive com vertiginosa intensidade. No fim do romance, ao reconduzir o personagem ao cenário de sua estreia, o autor completa com um último toque o quadro da sociedade provinciana, a qual condena e almeja, a um tempo, o encanto deletério de Paris.

 

[Spartaco]

E aí pessoal, quem aí já começou a leitura das Ilusões Perdidas? Eu já iniciei.

 

[Spartaco]

Ainda estou na primeira parte do livro, mas já podemos vislumbrar a dificuldade em que se encontram os dois amigos, cada qual lutando pelos seus objetivos.

Estou achando bem interessante a trama.

 

[Spartaco]

Terminei ontem a primeira parte do livro (Os Dois Poetas). Agora o nosso herói está indo para Paris com sua amante; será que vai dar certo?

E os demais leitores, o que estão achando da leitura?

 

[Spartaco]

Estou terminando a parte 2 e até agora não sei se mais alguém está lendo este livro do Balzac.

Ninguém se manifesta?

 

[Spartaco]

Será que só eu estou lendo as Ilusões Perdidas? Parece que sim.

O livro está muito interessante, mostrando as dificuldades do jovem escritor, primeiramente pra tentar editar o seu livro e, depois, pra tentar uma vaga como jornalista.

 

[Bruce Torres]

Curiosidade: qual tradução acham a mais ideal? Vi uma comparação num blog mas continuei indeciso.

 

[Spartaco]

Curiosidade: qual tradução acham a mais ideal? Vi uma comparação num blog mas continuei indeciso.

Em minha opinião, fico com a do tradutor e estudioso da obra de Balzac, o húngaro naturalizado brasileiro Paulo Rónai.

 

[Bruce Torres]

Em minha opinião, fico com a do tradutor e estudioso da obra de Balzac, o húngaro naturalizado brasileiro Paulo Rónai.

Salvo engano, ele não traduziu essa. Foi o Quintana e mais um cara.

 

[Béla van Tesma]

Comprei a edição da Penguin/Cia, com a tradução da Rosa Freire d'Aguiar, e é essa que eu vou ler, quando chegar a hora. Confio nela e na editora.

 

[Spartaco]

Salvo engano, ele não traduziu essa. Foi o Quintana e mais um cara.

Tem razão. A tradução referida foi feita por Ernesto Pelanda e Mário Quintana.

 

[Béla van Tesma]

Falando nisso... Sacanagem da Biblioteca Azul lançar apenas os 9 primeiros volumes da Comédia Humana e parar. Faz anos que pararam. Eram 17 volumes previstos...

Eu comprei os 4 primeiros e parei quando cheguei à conclusão de que o papel usado envelhecia rápido demais e que eu provavelmente não lerei todos os volumes de qualquer modo. Decidi focar na leitura de alguns livros-chave do Balzac e me dar por satisfeito.

Um desses livros é justamente "As Ilusões Perdidas". Outros incluirão "A Mulher de Trinta Anos", "O Pai Goirot" e talvez mais dois ou três, conforme seja minha experiência com esses aí. :3

 

[Bruce Torres]

A L&PM chegou a lançar tudo?

 

[Béla van Tesma]

A L&PM chegou a lançar tudo?

Nah, nem de longe. É coisa demais. Cada um desses volumes aí que eu comprei tinha umas 800 páginas Imagina a coleção completa... Mas a L&PM é uma ótima opção para ir lendo aos pouquinhos algumas obras em particular; saíram coisas bem diversificadas por ali que não se encontram noutras editoras.

 

[Bartleby]

Falando nisso... Sacanagem da Biblioteca Azul lançar apenas os 9 primeiros volumes da Comédia Humana e parar. Faz anos que pararam. Eram 17 volumes previstos...

Eu comprei os 4 primeiros e parei quando cheguei à conclusão de que o papel usado envelhecia rápido demais e que eu provavelmente não lerei todos os volumes de qualquer modo. Decidi focar na leitura de alguns livros-chave do Balzac e me dar por satisfeito.

Um desses livros é justamente "As Ilusões Perdidas". Outros incluirão "A Mulher de Trinta Anos", "O Pai Goirot" e talvez mais dois ou três, conforme seja minha experiência com esses aí. :3

eu tinha os nove volumes, e reparei também que estavam ficando amareladas as páginas, daí vendi no ML e botei os ebooks de todos os volumes no kindle. P. da vida também que eles não lançam os outros (não que eu vá ler tão logo esses nove livros, né hehe mas pelo menos teria à disposição quando eu estivesse lá com meus 70 anos, quem sabe, contando que minha saúde mental melhore e não decline, o que acho pouco provável )

 

[Spartaco]

Ilusões perdidas: Filme revela um Balzac visionário​

(Outras Palavras por José Geraldo Couto)​

​

Xavier Giannoli extrai do clássico balzaquiano aquilo que fala mais fundo à nossa época: a sistemática destruição de valores no cotidiano da imprensa, o jogo sujo das elites políticas, a gênese das fake news – e a demolição de reputações.

Um romance da grandeza (literária, política, psicológica, moral) de Ilusões perdidas, de Balzac, tem tudo para intimidar quem queira levá-lo ao cinema. O francês Xavier Giannoli enfrentou o desafio com um misto de reverência e altivez – e se deu bem. Seu filme dialoga com o livro sem passar vergonha, o que não é pouco.