Falando nisso... Sacanagem da Biblioteca Azul lançar apenas os 9 primeiros volumes da Comédia Humana e parar. Faz anos que pararam. Eram 17 volumes previstos...
A Biblioteca Azul? Globo Livros retoma a publicação d'A Comédia Humana, de Balzac. Por enquanto, apenas no formato digital. (Aff, vai se foder!!)
Parte do conjunto “Estudos de costume — Cenas da vida parisiense”, o décimo volume traz dois romances que formam o conjunto intitulado “Os parentes pobres”.
Em "A prima Bete", a ressentida, pobre e solteirona Lisbeth Fischer, a personagem-título, vinga-se de maneira terrível de todas as humilhações que sofreu de seus parentes ricos. A única personagem brasileira do conjunto d’A Comédia está neste romance; trata-se do Barão Henrique Montes de Montejanos, de cara fechada, que se veste de acordo com a moda parisiense e usa um grande diamante na gravata. Montejanos, apaixonado pela Senhora Marneffe, é ludibriado por ela com falsas promessas e reiteradas traições, até o momento em que reclama sua vingança.
"O primo Pons", personagem que dá título ao livro, é um velho e ingênuo músico que, por sua conhecida gula, é constantemente humilhado pelos parentes ricos, que ele visita todos os dias em busca de comida. Pons também é colecionador de objetos de arte (como dizia-se que o próprio Balzac também era). Estes objetos vão sendo amontoados em seu quarto, e apenas quando ele cai doente, e os demais descobrem que as obras valem algum dinheiro, mobilizam-se como aves de rapina em torno do parente pobre.
No meio da pobreza e da baixeza moral das personagens desses dois romances, Balzac encontra meios de registrar duas grandes novidades de seu tempo: a daguerreotipia e as ferrovias. Assim, além de registrar os tipos humanos, torna-se o grande cronista de um momento de transição na França do século XIX, capital do mundo.
As traduções são de Valdemar Cavalcanti e Gomes da Silveira.
Fonte: Aqui no FB
O volume 11 é último da série “Estudos de costume — Cenas da vida parisiense”.
Este tomo traz sete romances: "Um homem de negócios", "Um príncipe da Boêmia", "Gaudissart II", "Os funcionários", "Os comediantes sem o saberem", "Os pequeno-burgueses" e "O avesso da história contemporânea".
Balzac emprega aqui a técnica da "conversação entre onze horas e meia-noite", na qual a narração é feita pelos convivas de um jantar. As preocupações de seus personagens giram muito frequentemente em torno do mesmo tema, o dinheiro. Personagens que se vendem em busca de proteção social, vendedores cheios de lábia que ficam milionários e em seguida perdem tudo.Figuras que frequentemente são chamadas pelo seu próprio autor de "comediantes sem o saberem".
Essa comédia involuntária desfia caricaturas elaboradas pelo gênio criativo de Balzac, que registra de maneira inédita em seu tempo, por exemplo, o fenômeno da pequena-burguesia intelectual e econômica. Uma classe em desenvolvimento, pela qual Balzac não demonstra afeição, exprimindo até mesmo certo desprezo.
Balzac também mergulha no mundo dos funcionários de escritório, dos burocratas, que em seus anseios buscam algum tipo de ascensão social, expondo, com frequência, as origens do consumo de massa na sociedade francesa. Algumas das narrativas do volume fazem parte dos "divertimentos" a que Balzac se permitia às vezes a título de recreação. Um tesouro que influenciou todos os grandes narradores que viriam a surgir, de Machado a Proust, até às telenovelas de nosso tempo.
As traduções são de Vidal de Oliveira, Casemiro Fernande e Lia Corrêa Dutra. O livro sai pelo Selo Biblioteca Azul/ Globo Livros e retoma a publicação d'A Comédia Humana, de Balzac. Por enquanto, apenas no formato digital.
Fonte: Aqui no FB.