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Eleições de 2022

Em quem você vai votar no segundo turno?

  • Lula

    Votos: 28 90,3%
  • Bolsonaro

    Votos: 3 9,7%

  • Total de votantes
    31
  • Votação encerrada .
Status
Fechado para novas mensagens.
Tábata de fato é um nome forte para os prróximos anos - mas veja você, posso estar totalmente errado, mas ela é self made, não é cria de nenhum político ou partido específico. O bolsonarismo, por sua vez, vai empregar sua máquina de defecar novos políticos a todo vapor agora.
 
Essa última discussão entre o Finarfin e o Neithan, que a Erendis suscitou, acho que é a mais importante que deveríamos estar tendo, diariamente. Ela é a chave para vencermos o bolsonarismo. Não vai adiantar nada pasteurizar e hostilizar 40% do eleitorado brasileiro. Precisamos cortar as gargantas corretas, mas compreender essa parcela da população e resgatá-la - não para um destino necessariamente, mas resgatá-la do bolsonarismo. Não é um mero problema de índole. Se insistirmos nisso, vamos perder essa guerra.

Tábata de fato é um nome forte para os prróximos anos - mas veja você, posso estar totalmente errado, mas ela é self made, não é cria de nenhum político ou partido específico.
Mais ou menos... Tabata é um caso bem curioso: ela "surgiu" fazendo uma pergunta a Ciro Gomes naquela palestra que ele deu em Harvard em 2018. O vídeo ficou famoso porque ele resolveu responder fazendo uma analogia EXTREMAMENTE PERTINENTE entre ciência política e astrofísica, os cursos que ela fazia lá. :rofl: Foi depois disso que Ciro a trouxe para o PDT e bancou fortemente sua candidatura, até que ela acabou votando a favor da Reforma da Previdência, e - vocês não vão acreditar - ele brigou com ela, e defendeu a sua expulsão do partido.
Mesmo depois desse voto controverso, eu continuei gostando de Tabata. Talvez ela devesse, no fim das contas, ainda votar contra, mas o projeto acabou saindo muito mais palatável graças às emendas que ela conseguiu aprovar a muito custo. Foi um cálculo. Discordo fortemente da forma como Ciro e outros progressistas interpretaram esse voto dela.
 
Última edição:
Sou cadelinha da Tábata. Votei nela em 18 e 22, com muito orgulho do trabalho dela. Que sim, sempre foi bombardeado pela "esquerda twitteira". Mas ela sempre teve bastante personalidade e educação a respeito disso, e nunca se deixou levar pelas críticas. Veio da periferia, perdeu familiar pro tráfico, conseguiu vencer demais na vida na base da educação, mas jamais fez discurso meritocrático por causa disso. E soube ser muito política em pontos importantes no congresso, onde com trabalho ela conseguiu alguns bons remendos numa reforma que seria bem mais intragável, e que passaria de qualquer forma. Inclusive me faz lembrar que é um forte nome do progressismo brasileiro, essa viada não tem nem 30 anos.

falando aqui do ponto de vista de uma pessoa da "esquerda twitteira": eu acho que o problema da esquerda com a tábata é que quando ela deu aquela xulépt no ministro da educação naquela audiência pública, estava todo mundo meio carente de figuras que não fossem bolsonaristas ou temporariamente relacionadas ao bolsonarismo.

agora em 2022 as coisas já são diferentes: a joice já rompeu, frota rompeu, moro rompeu mas aí resolveu voltar a pegar na pica do bolsonaro, os irmãos weintraub romperam, etc. mas lá em março de 19 na esquerda estava todo muito ainda meio pasmado com o resultado da eleição e o cenário político do momento, e na direita estava todo mundo babando ovo para o bolsonaro cheio de capital político pois recém-vitorioso na eleição.

o pt tinha sumido nos primeiros momentos do bolsonarismo, fora uma meia dúzia de gato pingado, não tinha gente batendo de frente com o pessoal que estava chegando com as bençãos de um bolsonaro. aí vem a tábata e pans, pans, pans num bolsonarista safado. foi lindo.

por causa disso, todo mundo na esquerda ficou no "uaaau, olha essa guria, girl power, uhuuuu". só que então ela começou a votar em algumas questões relevantes para a esquerda seguindo uma orientação mais liberal e o pessoal ficou decepcionado e começou a cair em cima.

mas aí entra aquela: ela nunca se disse de esquerda e o fato de ela ser cria do lemman nunca foi escondido. é tipo adotar um cachorro e ficar puto quando ele começa a miar.

de qualquer forma, ela ganhou meu respeito com esse posicionamento. até pq é bem o tipo de coisa que eu faria: guardava rancor por anos para escolher o melhor momento pra dar um tapa de luva de pelica em quem foi babaca comigo.

cheers, tábata.
Phoebe Waller-Bridge Reaction GIF by BBC Three
 

Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, seis partidos que elegeram representantes para a Câmara dos Deputados não alcançaram a cláusula de barreira nas eleições deste ano, são eles: PSC, Patriota, Solidariedade, PROS, Novo e PTB.

Dessa forma, mesmo com lugares garantidos no plenário, as siglas não terão acesso ao fundo partidário e também ficam sem o direito de usufruir da possibilidade de veicular propaganda em rádio e TV.

Os partidos não conseguiram cumprir os requisitos de 2% de votos válidos para deputado federal, distribuídos em ao menos nove estados e Distrito Federal, com mínimo de 1% dos votos válidos em cada um; também não conseguiram eleger 11 deputados em um terço das unidades da federação.

Há quatro anos, nas eleições de 2018, PC do B, PHS, Patriota, PRP, PV, PMN, PTC, DC, PPL e Rede haviam ficado de fora pela mesma regra. Na ocasião, a cláusula estabelecia que era preciso obter 1,5 % dos votos válidos distribuídos em um terço das unidades da federação – com um mínimo de 1% dos votos válidos – ou pelo menos nove deputados federais eleitos em nove estados diferentes.

Nas eleições de 2026, uma nova mudança está prevista, o que pode estimular novas fusões de partidos.

Para ter acesso ao fundo partidário também à propaganda de rádio e TV, será preciso um mínimo de, 2,5% dos votos válidos para a Câmara, abrangendo pelo menos um terço das unidades da federação, com um mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada uma, ou eleger ao menos 13 deputados federais em nove estados diferentes ou Distrito Federal.
 
Então quer dizer que dos 51 milhões que votaram no bolsonaro só tem santo? Ninguém é racista? Ninguém é homofóbico, ninguém é fascista? Ninguém saiu matando gente que pensava diferente? Pelamordedeus. Tá virando papo de maluco. Fica inferindo coisa que não foi dita. Tá com uma lógica quase igual ao Gerbur.

Se eu falo de bolsonarismo, se falo que existe fascista no Brasil, o que leva a crer que eu to falando dos 51 milhões de eleitores? Onde tá dito isso? Acorda.

A existência dos pontos 4, 5 e 6 não anula a dos pontos 1, 2 e 3. Eles coexistem.

Vou começar a contar preto por arroba e falar que prefiro um filho morto do que gay, que a ditadura deveria ter matado 30 mil, já que aparentemente isso não é problema. Já que o bolsonarismo é 100% ilibado e essas são posições de gente de bem. E se você acha que não tem gente no Brasil que pensa assim, que sorte a sua de viver numa bolha privilegiada que não precisa conviver com essa escória nojenta.

E obviamente, se eu falo que tem fascista, racista e o caralho a quatro, é óbvio que não to falando de 51 milhões de pessoas. Assim como é obvio que não tem 51 milhões de gente boa, seja lá o que esse adjetivo signifique pra você.

O ruim mesmo é falar mal do bolsonarismo. Isso sim é um pecado terrível. Tadinhos né, todos incompreendidos, não tem ninguém lá repreensível, é tudo uma grande fantasia criada pelo PT.

Volta Gerbur, o papo com você faz mais sentido.
 
Como disse, esbarrei com o texto, não conhecia a autora, e tenho uma birra grande com vários colunistas do UOL (Milly Lacombe pra mim é igual o povo da JP mas de esquerda). O que me chamou a atenção do texto foi a parte grafada por mim ao final. Esse comportamento apontado por ela sobre os militantes eu concordo bastante.

Inclusive boa parte das minhas críticas recentes à campanha do Lula são mais direcionadas aos eleitores do que ao PT propriamente dito. A antipatia de uma parcela dos petistas é realmente impressionante, agem como detentores de toda a moralidade e verdade universal. Ok que é um comportamento que pode ser encontrado em outras militâncias, mas talvez essa seja mais barulhenta pra mim por fazer parte da minha bolha mais do que as outras - perdi 98% das amizades bolsonaristas em 2018.

Você mesmo já deu a senha para solucionar a questão. É um comportamento que pode ser encontrado em outras militâncias. Política mobiliza afetos, impulsos que nem sempre são inteiramente racionais e rede social é o buraco do capeta. A militância cirista nas redes é diferente disso? Não se posiciona nas redes em condição de superioridade, moral e intelectual? A pergunta é retórica.

Como comentei em outra parte, armou-se uma teia de ressentimentos. E é esperado que isso se traduza em alguma animosidade nas redes. As campanhas não têm total controle sobre isso. Mas é claro que elas podem e devem trabalhar a ideia de que é momento de conversar onde quer que haja diálogo possível, de buscar o convencimento fora da bolha.

Mal comparando, é como torcida de futebol, em que às vezes um grupo de torcedores especialmente devotado faz merda e acaba prejudicando o time.

Eu acho que a campanha errou no clima de otimismo de primeiro turno. O @Felagund já vinha falando há algumas semanas que achava isso perigoso, porque se desse segundo turno daria uma murchada no povo, e foi o que aconteceu. Domingo a noite parecia que Bolsonaro estava eleito, e não que o PT chegou no segundo turno com seis milhões de votos à frente. E essa campanha pelo primeiro turno também engaja o outro lado, que fica com medo dessa vitória ser tão rápida e aumenta a sua própria militância.
Se não houvesse essa história de "vai ser de primeiro turno" e essa agressividade pra cima de eleitores de Ciro e Tebet, talvez o clima hoje seria melhor do que o atual. Obvio que é ser engenheiro de obra pronta falar isso, mas não deixa de ser bacana ficar palpitando. :lol:

Eu acho que a campanha não teve salto alto em nenhum momento e mesmo quando as pesquisas - meses atrás - mostravam os resultados mais favoráveis a Lula, não partiu do pressuposto de que estivesse tudo ganho. Se sabia da dificuldade de ganhar no primeiro turno, mas a campanha mirou onde tinha que mirar. E isso mobilizou e gerou engajamento e, ainda que não se tenha fechado a fatura no primeiro turno, Lula teve a sua segunda melhor votação em um primeiro turno, considerando o desempenho em termos proporcionais. Teve no primeiro turno quase a quantidade de votos que Bolsonaro teve no segundo turno de 2018 e parte para o segundo turno com uma dianteira de mais de 6 milhões de votos.

Essa campanha conseguiu mobilizar grupos que vão além da base petista, como o próprio texto da Lackso deixa ver. Ela diz que queimou pontes, mas reitero: foi uma campanha que construiu pontes e trouxe para a órbita da campanha do Lula eleitores que votaram no Ciro em 2018 e que, pelas suas inclinações, tenderiam a votar nele novamente. É, aliás, o meu caso - já disse em outros posts.

O clima de otimismo é natural, quando você promove esse tipo de engajamento. Ora, lembra da campanha de 2018, com o eleitorado do Ciro realmente crente de que iria virar pra cima do Haddad - aliás, mobilizando o discurso de voto útil, veja você, batendo-se na tecla de que se devia votar no Ciro porque ele era o único que, segundo as pesquisas, era capaz de derrotar Bolsonaro no 2º turno?

Cá entre nós, o bolsonarismo já estava mobilizado e engajado. Sempre esteve, ao longo de todo esse governo. A campanha do Lula conseguiu unir um bloco capaz de rivalizar com eles e a maioria do eleitorado, dos dois lados, optou por antecipar o 2º turno.

Eu concordo que não ter levado no primeiro turno teve esse efeito, de balde de água fria. Mas agora é realinhar, mobilizar novamente e ganhar terreno. Mantidos os votos recebidos no primeiro turno, precisa de muito pouco para eleger Lula. Sem salto alto, é claro. Afinal de contas, eles têm a máquina na mão e estão fazendo uso disso despudoradamente, com um desassombro que não teme eventual judicialização.

Aqui discordamos. Ciro atacar o Lula não faz dele uma linha auxiliar do bolsonaro. Ciro passou quatro anos atacando Bolsonaro, mas parece que isso não é importante pra discussão. Eu acompanhei toda a sua campanha, e e qualquer podcast ou entrevista dada, ele criticava basicamente todos os pontos do governo atual, de economia à corrupção. Não tem nada de auxiliar isso. A questão é que o argumento muito usado pelo Ciro é que o Bolsonaro "nasce" do sentimento antipetista, já que de acordo com nosso querido Coronel, o miliciano conseguiu roubar do PSDB esse protagonismo de ser o candidato "ANTIPETÊ". Porque mesmo o antipetismo sendo bem anterior ao miliciano, foi usando esse movimento que Bolsonaro soube crescer. Tem outras "qualidades" no presidente, como ser uma "novidade" e o candidato "anti-sistema", mas o ponto central dele é se apresentar como o cara que quer "acabar com a corrupção" e a "degeneração" da esquerda (vou lotar essa porra de aspas né. A gente sabe que é tudo mentira, estou colocando só o que fez parte da narrativa que construiu o Mito).

E aí Ciro após 2018 ainda estar muito atrelado ao PT, usa dessa estratégia de dizer que o Bolsonaro é o maior cabo eleitoral do PT, que graças à incompetência do governo, Lula pôde ter chance de voltar a ter chances de ser presidente e etc. Não tem nada de linha auxiliar aqui, ele critica ambos, o tempo todo, linha auxiliar é o candidato padre. A não ser que você seja da turma que acha que criticar o Lula é coisa de fascista antidemocrático, tem que admitir que é uma campanha justa, mesmo que não tenha funcionado.

Por fim se mostrou uma estratégia ineficiente porque foi uma eleição absurdamente polarizada. Bolsonaro recebeu mais votos do que no primeiro turno de 2018, e Lula recebeu mais votos do que qualquer outro candidato na História do Brasil, mais de 90% dos válidos ficaram entre eles. Agora resta saber se ele vai se manter "Anti-PT e Bolsonaro" até 2026 e tentar conseguir votos de eleitores de Lula arrependidos por um eventual governo impopular. Só saberemos se ele fará isso (e se funcionará) daqui uns anos.

Neithan, criticar o Lula e o PT não faz de Ciro Gomes linha auxiliar do bolsonarismo. Eu mesmo validei e valido várias das críticas que o Ciro fez aos governos petistas.
Veja que a Simone Tebet bateu no PT, mas não foi chamada de linha auxiliar do Bolsonaro.
Ciro fez campanha em 2018, levou o meu voto, inclusive, tendo batido muito no PT, e não foi chamado de linha auxiliar de Bolsonaro.

Há muito eu vinha dizendo que o Ciro acertava no conteúdo das críticas, mas errava no tom. E eu acho mesmo que isso mudou de patamar no decorrer da campanha, quando justamente as melhores críticas que Ciro tem a Lula perderam espaço pro antipetismo e pro "moralismo de goela", pra usar aqui um termo do próprio pedetista.

O Ciro errou a mão. E veja... essa era inclusive a avaliação da campanha do Bolsonaro:

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FONTE

Não é sem razão, como eu dizia, que os vídeos de Ciro Gomes fizeram a alegria dos grupos bolsonaristas no Telegram e no Whatsapp, que, como disse, também foram repercutidos aqui - e não por eleitores do Ciro. Familiares meus, bolsonaristas, receberam e compartilharam vídeos do Ciro Gomes.

Ainda que desse aqui e ali alguns sopapos em Bolsonaro, Ciro com alguma frequência quase o desculpava, atribuindo a culpa de tudo a Lula e ao PT. Como quem diz: "O país está uma merda - dizia - mas quem produziu essa crise foi o PT. Foi o PT que produziu o bolsonarismo." E aqui, curiosamente, a Lava Jato, que destruiu o ambiente político brasileiro junto com a indústria de construção pesada em nome do combate à corrupção, saía da equação, apesar de todas as críticas que o Ciro fez à operação ao longo dos últimos anos. [Aliás, andou recebendo uns afagozinhos do Sergio Moro.]

Analistas políticos, de diversos veículos e matizes, apontaram isso:

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E mano... em entrevista à Jovem Pan, o Ciro disse ao Emílio Surita que compartilhava do receio dele de que o Brasil, sob Lula, se tornasse um país socialista; chamou Alckmin de socialista; chamou campanha por voto útil de "fascismo de esquerda" e de tática nazista; disse que o Psol é financiado por George Soros; fez ilações sobre a saúde de Lula; tratou artistas simpáticos a ele próprio e ao seu projeto, como Caetano Veloso e Tico Santa Cruz, com absoluta grosseria. Quase faz parecer que João Santana foi contratado por inimigos do próprio Ciro... rsrs

Como eu disse... eu sei que tudo isso é medido e eu sei qual eleitor o Ciro desejava atrair. Mas não concordo com a linha adotada, acho-a contraproducente para o próprio projeto que o Ciro pretende encarnar, e disse, antes do primeiro turno, que Ciro sairia menor dessa campanha. Está aí. Saiu de 12,43% de votos em 2018 para 3,04% em 2022, queimou pontes - ele sim - com setores progressistas, onde transitava bem, implodiu uma aliança exitosa de anos no Ceará, e depois fez aí um vídeozinho de "apoio" no qual foi incapaz de citar o nome do Lula ou de dizer sequer qual foi a decisão do PDT que ele estaria acompanhando. Vá lá... a esta altura, foi mais do que eu esperava dele, dada a teia de ressentimentos que se criou e que já lamentei aqui, em outros momentos.

Em todo caso, acho absolutamente equivocados os posicionamentos de Ciro e Mangabeira Unger ao sugerir que tudo é normalidade e que não há ameaça às instituições ante eventual reeleição de Bolsonaro.

Edit:

Ah sim... e o Ciro dizer que foi "vítima de uma campanha violenta". Piada...
A campanha pelo voto útil, que ele chamou de fascismo de esquerda e de tática nazista para eliminá-lo, sequer o atacou diretamente. E Ciro, como disse, foi muitíssimo mais violentos nos seus ataques à campanha do PT. Mas posa de Santa do Altar...

Essa parte eu acho que de novo seja mais direcionada à militância e seu ódio do bem à quem vota em outros candidatos de centro e esquerda que não seja no 13, do que ao Lula que de fato quis uma frente ampla, mesmo que com ele acima de todo o resto. E até aí tudo bem, ele tem mais capital político que todo mundo junto, tem que ser a cabeça da chapa.

O problema disso é que leva àquilo que falamos antes, impede o surgimento de um novo líder progressista. Mas é um problema conhecido, e pra 2026.

Bem, creio que esse ponto já está contemplado.
Segue o jogo.
 
Última edição:
Então quer dizer que dos 51 milhões que votaram no bolsonaro só tem santo? Ninguém é racista? Ninguém é homofóbico, ninguém é fascista? Ninguém saiu matando gente que pensava diferente? Pelamordedeus. Tá virando papo de maluco. Fica inferindo coisa que não foi dita. Tá com uma lógica quase igual ao Gerbur.

Se eu falo de bolsonarismo, se falo que existe fascista no Brasil, o que leva a crer que eu to falando dos 51 milhões de eleitores? Onde tá dito isso? Acorda.

A existência dos pontos 4, 5 e 6 não anula a dos pontos 1, 2 e 3. Eles coexistem.

Vou começar a contar preto por arroba e falar que prefiro um filho morto do que gay, que a ditadura deveria ter matado 30 mil, já que aparentemente isso não é problema. Já que o bolsonarismo é 100% ilibado e essas são posições de gente de bem. E se você acha que não tem gente no Brasil que pensa assim, que sorte a sua de viver numa bolha privilegiada que não precisa conviver com essa escória nojenta.

E obviamente, se eu falo que tem fascista, racista e o caralho a quatro, é óbvio que não to falando de 51 milhões de pessoas. Assim como é obvio que não tem 51 milhões de gente boa, seja lá o que esse adjetivo signifique pra você.

O ruim mesmo é falar mal do bolsonarismo. Isso sim é um pecado terrível. Tadinhos né, todos incompreendidos, não tem ninguém lá repreensível, é tudo uma grande fantasia criada pelo PT.

Volta Gerbur, o papo com você faz mais sentido.


Seu post me remeteu a esse vídeo do Pedro Doria, que saiu ontem ou anteontem.
 
@Mercúcio, a sua crítica é que a campanha de Ciro (a) intencionalmente, jogou a favor de Bolsonaro, ou (b) por seu tom, acabou dando munição para Bolsonaro?
 
@Mercúcio, a sua crítica é que a campanha de Ciro (a) intencionalmente, jogou a favor de Bolsonaro, ou (b) por seu tom, acabou dando munição para Bolsonaro?

Mais para (B), @Eriadan . Com nuances outras...

Entendo que, a certa altura, Ciro buscou se reposicionar pra tentar ser a zona de atração do antipetismo, prevendo a derrocada de Bolsonaro e levando em conta a probabilidade do inferno judicial que este tenderia a enfrentar sem a proteção do cargo e, ao mesmo tempo, as dificuldades do eventual novo governo Lula, que lhe permitiria se manter como o contraponto crítico. Passou a fazer campanha olhando para 2026, porque - convenhamos - sabia que não teria chances este ano.

Como disse, acho que essa guinada da campanha de Ciro foi medida, foi uma escolha tática - a meu ver, equivocada - e, deste modo, entendo que, ainda que não fosse este o objetivo último visado, ele talvez tenha aceitado o risco de estar servindo à campanha de Bolsonaro.

Talvez não veja as coisas dessa maneira. Não vou ser taxativo a este respeito. Mas objetivamente acabou cumprindo esse papel.

Acho também que há ressentimento envolvido. Não digo que a coisa se esgote nisso, é claro, mas agrega um tempero subjetivo às escolhas políticas e ao discurso mais inflamado.
 
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