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Eleições de 2022

Em quem você vai votar no segundo turno?

  • Lula

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  • Bolsonaro

    Votos: 3 9,7%

  • Total de votantes
    31
  • Votação encerrada .
Status
Fechado para novas mensagens.
mas já tão passando pano dizendo que tem que ver o contexto, tem que ver todo o vídeo, que clima não é bem isso, que é metáfora, que é..

(etc.)

francamente, eu acho que quem apertou 22 no primeiro turno não deixa de apertar de novo nem que ele apareça de calcinha cheirando cocaína numa igreja (evangélica, pq católica tá em baixa como os vídeos de aparecida já deixaram claro).

o fuscaldo (eu não lembro mais o usuário dele aqui) escreveu um negócio lá no facebook ano passado que está comigo até hoje - e acho que fala muito sobre esses 40 e tanto por cento que continuam votando 22, apesar de tantos apesares de.

vou colar aqui pq ele deixou a publicação em aberto (e tb porque relendo me parece um registro histórico perfeito, já que com tanto gaslight desses putos 2020 e 2021 fica parecendo que foi um passeio na vida das pessoas):

Quando escrevi esse texto, existia dentro de mim uma fagulha de esperança de que, quando os corpos fossem empilhando, as pessoas passassem a mudar de opinião sobre os rumos que o governo tem dado pra essa pandemia por aqui, mas não aconteceu. Pelo contrário, ficou pior.
Então, raciocinando sobre, percebi que defender o Bolsonaro é como fazer um pacto com o demônio: você abdica da sua alma pra defender uma postura indefensável e, cada vez mais que aumenta as mortes, mais distante você fica de se livrar das garras das trevas. Cada vez mais é mais complicado de voltar desse inferno que você se enfiou. Como você vai chegar no seu amigo que teve um pai que morreu pro COVID e falar que se enganou sobre o incentivo que dava a tomar o tal do tratamento precoce? Ou que isolamento não funciona? Como você se desculpa pelo erro que cometeu e matou tantas pessoas?
Não se desculpa. O que te resta ou é continuar a defender junto com a horda de imbecis, ou ficar sozinho e torcer para que o luto amoleça o coração dos demais para que te aceitem de volta.
Nesse dia, 25 de Março do ano passado, Bolsonaro fez um pronunciamento na televisão dizendo que o vírus finalmente tinha chegado e que ele estava tomando todas as medidas possíveis para que o vírus fosse combatido. Como sabemos, não tomou: não comprou as vacinas, gastou milhões em produção de remédio que não funciona (apesar dos avisos de que não funcionava) e prosseguiu fazendo piada com os mortos e desmerecendo as dores de quem ficou por aqui. Naquela altura, não chegávamos ainda a 5 mil infectados e as mortes eram irrisórias, mas já tínhamos visto a devastação que havia causado na Europa e já tínhamos exemplo de como proceder para deter o vírus.
Entretanto, resolvemos escolher o caminho de deixar acontecer. Vimos o que aconteceu na Itália e parece que entendemos como um desafio a fazermos pior. Mais ou menos como aquele seu amigo que, quando você reclama que tá com dor de cabeça, ele inventa uma doença pior pra ele só pra parecer que sofre mais.
Como nação fomos imbecis e subestimamos tudo isso. Em novembro, quando tudo parecia menos pior (não podemos dizer mais calmo), novamente fizeram os alertas de que teríamos mais casos e, novamente, fizemos pouco caso. Atiramos no mensageiro dizendo que tinham pessoas torcendo contra, querendo que ficássemos trancafiados por conta do vírus.
E tudo que os especialistas diziam era apenas: comprem vacinas, vamos fazer a precaução direito ficando em casa, não se aglomerem, podem ter problemas graves decorrentes dessas atitudes. Resultado? Somos, hoje, o país que mais mata de COVID no mundo.
Mesmo há um ano falando, muita gente ainda não entendeu que Lockdown não é pra acabar com o vírus, é pra impedir que ele se replique e dê folga para que os hospitais possam tratar dos doentes; também não entenderam que não existe tratamento precoce e, hoje, já se sabe que esse coquetel de remédios mata; que vacinação tinha que ser imediata assim que estivessem disponíveis, mas não compramos e os estúpidos ridicularizavam falando que poderiam ter efeito colaterais como virar um jacaré.
Pior de tudo é ver o quanto a classe médica é, também, medonhamente imbecil ao continuar insistindo nesse tipo de balela.
Se não entenderam até agora, não acho que vão entender mais. Essas semanas eu tenho tentado, em vão, explicar para as pessoas tudo isso que a galera que não é cega já sabe. O que o mundo já sabe. O que todo mundo sempre soube. Mas, infelizmente, o mito já corrompeu tanto o cérebro dessa galera que qualquer informação que invalide o discurso do genocida parece ofender o cidadão.
Passamos já da época de achar que é apenas incompetência, não tem como ser apenas incompetência. Ninguém pode ser incompetente a esse nível e, se for, não tem como acreditar que um ser humano desse consegue andar e respirar ao mesmo tempo, visto que a dificuldade de fazer as duas operações seria um desafio pro cérebro.
Nesse mesmo texto que escrevi há um ano atrás, vieram imbecis defendendo o Bolsonaro, assim como também vieram pessoas falando que tudo isso era um plano de Deus, que o mundo espiritual tinha um plano pra todas essas mortes, que era uma limpeza que o mundo estava passando. Entenderam? Pra algumas pessoas, o seu amigo ou parente que morreu é sujeira e peso morto na Terra. É assim que esses energúmenos pensam.
Hoje, entrar no Facebook é como ir num cemitério. Instagram parece um obituário. O Twitter é um muro pra lamentações. A tristeza é perpassada por todos que assistem atônitos aos desdobramentos dessa catástrofe que estamos passando.
Se alguém fizer um vídeo em que as fotos de quem morreu de COVID durasse um segundo na tela, quem assistisse demoraria mais de 3 dias pra ver o vídeo inteiro. Esse é o tamanho do nosso buraco.
Dessa forma, vou encerrar esse texto com os mesmos dois parágrafos do texto anterior, mas ajeitando os tempos verbais como um bom exercício de gramática:
Então, a escolha, evidente, passou a ser da população, como sempre: você pagou pra ver e correu o risco de infectar a você e sua família seguindo o que o presidente que, assumidamente, nunca soube de nada (algo que ele repetiu exaustivamente em sua campanha), ou seguiu aquilo que a comunidade científica disse e adotou as recomendações de todos os outros lugares do mundo?
Mas é importante lembrar: caso você, que, assim como Bolsonaro, achava que o mundo estava errado, as pessoas que morreram decorrentes de sua asneira (e que você talvez nem tenha noção) estão na sua conta. É um sangue que você nunca poderá lavar de suas mãos.
Só não repito a frase latina porque ela não tem mais relevância.
 
Minha gente, hoje minha bolha foi invadida pela #bolsonaropedofilo, agora a coisa ficou seria, foram buscar esse vídeo aonde? Quero so ver a passada de pano nisso.

Mano, que nojo!
Ele e a damares são nojentos num nível de imundície que chega ao inacreditável. Parecem personagens numa história revoltante, criados só pra se odiar e ter asco.
Não são doidos, não são doentes. São perversos. São depravados. E quem os segue são da mesma laia.

"Nesse mesmo texto que escrevi há um ano atrás, vieram imbecis defendendo o Bolsonaro, assim como também vieram pessoas falando que tudo isso era um plano de Deus, que o mundo espiritual tinha um plano pra todas essas mortes, que era uma limpeza que o mundo estava passando. Entenderam? Pra algumas pessoas, o seu amigo ou parente que morreu é sujeira e peso morto na Terra. É assim que esses energúmenos pensam."

Cada vez mais vendo o bolsonarismo como uma seita.
E como disse o Eduardo Moreira "seitas nunca acabam bem", então acho que a coisa toda só vai piorar, principalmente se o troço for reeleito, o que acredito que vai acontecer.
Eu não sei vocês, mas eu perdi todas as poucas esperanças que tinha depois da reação dos bolsonaristas diante do discurso da damares no culto e daquela insanidade em Aparecida.
 
Fiz esse texto no face, acho que serve muito como complemento a essa análise do Fuscaldo.

Depois dessa pandemia, do número incontável de mortes, do sofrimento e do medo que qualquer um com problemas crônicos e especialmente com pais idosos teve, parece inacreditável que o Bolsonaro sequer tenha ido para o segundo turno. Mas foi. E não só foi, como está disputando palmo a palmo com o Lula.

Isso não é só memória curta. Não é conservadorismo. Isso é uma demonstração clara de como o povo brasileiro é uma coisa asquerosa e maleável. Qualquer tirano toma essa gente de roldão. Uma fixação em imagens de simplicidade, de aderência a uma ideia difusa de religiosidade, de proteção de valores hipócritas, tão pouco, quase nada, é capaz de virar a cabeça desse povo. O presidente pode fazer pouco de suas mortes, pode levar a cabo uma política econômica esmagadora dos pobres, pode fazer chacota das instituições, tudo é perdoável e se torna até charmoso se as pessoas se verem identificadas com o reinado permanente de mentiras.

O que houve em Aparecida não é só um choque entre religiosos da massa católica em contraste com conservadores. Não. Nenhum conservador apoiou aquilo. E mesmo muito antes, muitos conservadoes católicos e vários protestantes discordam das políticas do presidente e preferem ver até um centrista ou esquerdista regendo a nação que o criminoso que nos governa. Conheço vários assim. Se alargamos o conceito, veremos que não existe nenhuma massa de católicos esquerdistas apoiando Lula, a TL não é mais uma força política e social dentro da Igreja há pelo menos uma década (à sua decadência trazida pelo pontificado de Bento XVI some-se o golpe de misericórdia dado no Brasil pelo olavismo). O que existe são simplesmente fiéis querendo pagar e fazer promessas à Mãezinha Aparecida, rezar, peregrinar, em paz, sem se preocupar em querer ver propaganda política no Santuário Nacional. O que encontra lá? Gente bêbada, de copo na mão, com roupas verdes e amarelas denotando um patriotismo totalmente fora de lugar, com gritos e sinais de desrespeito e ultraje à Igreja, à autoridade eclesial, à fé. Isso nunca foi feito nem pelo Olavo, nem pelo conservador católico mais crítico do Santuário, nem foi algo deliberado. É um ultraje reativo, natural, um desrespeito que brota do ser mais profundo do bolsonarista médio.

Conservadores não religiosos é um tema que sempre me pegou: sempre tive um asco muito profundo deles. O motivo é natural, sempre achei estranho ser contra homossexuais, drogas e outras formas de comportamentos degenerados sem um embasamento religioso. Para mim a religião não só explicava como isso era pernicioso, como lhes dava a força para resistir em um mundo dominado por esses valores. O próprio conservadorismo político não fazia sentido sem essa base cristã. O que dá forças a um conservador não religioso? Ódio. Preconceito. Horror ao diferente, ao socialmente diverso. Em que se baseiam? Na propriedade, no orgulho de classe. Por aí se vê a gênese de muito do que constitui o bolsonarismo e é o cerne disso como ideologia.

Esses dias vi o perfil fake de uma menina, figurinha carimbada desse meio esquizo. Fiquei horrorizado. Ela mal deve ter 20 anos e estava lá destilando ódio contra nordestinos, negros, pobres, tudo com a armadura da identidade escondida e anônima. É claro que é femcel. Porque o incel é a mesma coisa, se sua revolta contra mulheres é fruto da sua inaptidão social, a culpa que ele joga na sociedade é um sintoma claro desse mesmo conservadorismo não religioso: essas pessoas acreditam que algo lhes é devido e odeiam que outros possuam mais que eles, ou mesmo que eles. Escondem o rosto para evitar ban e para evitar a vergonha atrelada a tamanha confissão de impotência e fracasso. É estranho que se veja muito mais bolsonaristas nesse meio esquizo de internet que nas igrejas? Não é. Foi ali que o bolsonarismo foi gerado: memes racistas, homofóbicos, golpistas. Foi assim em 2014 e 2015, eu estava lá. O conservadorismo não religioso é um ressentimento como qualquer conservadorismo, mas um nem específico: o de classe.

O bolsonarismo pode não ser fascista, mas se compara a ele no sentido de ser a prova cabal de até onde pode ir o ressentimento e o ódio de uma classe social.
 

emilia-clarke-daenerys-targaryen.gif
 
Meio marromeno esse primeiro bloco da Band. Achei bom o formato de deixa-los soltos por 15 minutos, mas não me pareceu que Lula aproveitou bem. Podia dar porradas diferentes a cada oportunidade, mas não o fez.
 
No primeiro bloco Lula bateu muito no tema “covid” e no último eu achei que Bolsonaro foi melhore no tema “lava jato”.
 
Gostei do modelo do debate da Band.

Acho que o Lula se sobressaiu no primeiro bloco, mas caiu na cilada de gastar tempo demais no segundo bloco, que foi pautado pelo Bolsonaro em torno do tema corrupção. Resultado: deixou o Bolsonaro falando sozinho por 7 minutos no final, sem poder opor qualquer contradita. Aí foi metralhadora giratória de fake news.

Isso foi um pouco minimizado por dois fatores:

1) Bolsonaro não é lá um orador muito brilhante.
2) Lula ganhou um direito de resposta, que a meu ver não foi tão bem aproveitado.

Trocando em miúdos, acho que nesse tipo de debate se sobressai quem consegue impor a pauta. Por isso, sem descer ao mérito das falas e considerando apenas o desempenho dos dois, acho que a coisa terminou num empate.

E acho que o Lula precisa ser melhor assessorado no debate da Globo.
 
Última edição:
Sim, nem mencionou praticamente os escândalos de corrupção do próprio governo Bolsonaro.
 
Debate foi uma baita oportunidade perdida pro Lula, que começou amassando mas bobeou de uma forma inexplicável no último bloco. Não conseguir gerir o tempo daquela forma não tem desculpas.

A sorte dele é que Bolsonaro ficou falando de Nicarágua e Argentina que ninguém liga.

Mas excelente formato de debate, e horário melhor ainda.
 
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