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Você é a favor do impeachment?


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Eu realmente achei triste uma presidente corrupta ser tirada por uma corja de outros corruptos, mas os textos do Grimnir me fizeram pensar a respeito...

Agora, é esperar pelo Senado, ou esperar a Vossa Excelência cair na real.
 
O governismo é voluntarista. Recusam-se a crer que cometeram um ERRO político feio ao apostarem suas fichas todas no PT. Boa parte sabe mas não confessa, não quer dar o braço a torcer. Aí vêm toda uma narrativa conspiracionista que o governo criou, à qual eles aderem acriticamente.

De um ponto de vista de classe (?) esse impedimento tem todas as marcas de um golpe, ressalvadas as circunstancialidades jurídicas que envolvem a apuração de crimes de responsabilidade.

Mas e a análise de classe sobre o governo? Não vi, não estou vendo e provavelmente não verei essa análise sendo feita. É mais fácil gritar 'golpe' do que analisar se esses trezes anos de lulopetismo não foram também um duro golpe às esperanças de uma geração inteira de trabalhadores, marginalizados etc.
 
Sinceramente, uma das coisas que mais me incomoda nesse papo de "golpe" é que as pessoas ficam repetindo igual papagaios que as pedaladas não são crime de responsabilidade fiscal, que não são empréstimos... mas elas NUNCA embasam essa opinião em algo mais do que "ah, todos os governos pedalam", "foi pra pagar programas sociais". Até hoje, não vi ninguém refutar isso que está aí em cima.
agora ta forçando né. pedir pras pessoas argumentarem...
 
eu não postei meme não.o discurso e o voto dessa deputada acabou gerando uma polemica,comentários desse tipo começaram a brotar pelo face dela (estão sendo apagados). como tem ligação com o impeachment achei apropriado postar aqui.

jamais postaria memes de mau gosto como esse que o thor postou. :dente:
 
Ah cara, tem idiota dos dois lados. Dai querer chamar de regressistas eu já acho q é má fé.
me expressei mal,quis dizer que já podemos chamar as pessoas que agem assim (os "idiotas") de "regressistas".
os mais extremistas de "esquerda" que se auto proclamam progressistas,mas em casos como esse fazem as mesmas coisas que os conservadores mais malucos (daí o "regressistas").

meme não é um tipo de piada? eu achei de mau gosto,mas ri mesmo assim.:coxinha:
 
Para reflexão dos ainda PTistas:

Eu fui PT
Empunhei bandeira, colei adesivos.
Fiz campanha, fui a comícios, usei broches que eu mesmo comprei.
Sei de cor o jingles das campanhas de Lula
Me irritei com as seguidas derrotas
Gritei fora Collor, fora FHC e até fora Globo
Chamei o plano real de golpe
Falei que o “bolsa escola” era forma do governo comprar voto dos mais pobres.

Eu fui PT por que tinha que ser
Eu sou trabalhador, e não democrata, nem liberal, nem comunista
Então o partido do Trabalhador era o lugar do cara que teve que trabalhar pra pagar a faculdade, e sabia que teria que continuar trabalhando duro pra comprar sua casa, pra pagar seu carro, pagar suas viagens.

Eu fui PT por ideologia e não fisiologia.
Não ganhei um centavo, não viajei de graça, não estudei de graça, e nem acho graça nas coisas de graça.
Eu nunca achei golpe o pedido de impeachment de Collor, nem os diversos pedidos manejados contra Itamar ou FHC.
A constituição atribuiu a representantes eleitos pelo povo a função de processar e julgar o presidente, e eu acho isso extremamente democrático.

Eu fui PT
E no ano de 2002 enviei cartões de Natal aos meus queridos amigos com a frase:
“A Esperança venceu o medo!” Eu estava trabalhando na madrugada daquele natal!

Eu fui PT,
E se as redes sociais existissem naquela época, eu compartilharia textos não de Jean Wyllys, ou Jandira, por que eu li Hélio Bicudo, Cristovam Buarque, Fernando Gabeira, eles não são mais PT

Fui PT até quando deu pra ser. Até o dia que o “T”de trabalhador foi substituído pelo “T”de trapaça, de trambique. Por que não de Traição.

O partido dos trabalhadores se agarrou ao poder, e abraçou Renan, Sarney, Collor e até o Maluf, criou fantasias e contou mentiras, soltou a mão de pessoas honestas e sérias, e foi aí que deixei de ser PT.

Eu deixei de ser PT, e me surpreendo com você
Que contesta o fato de Cunha ser o condutor do impeachment
Mas jamais contestou o fato dele ser um dos elos da aliança entre o governo e o PMDB

Eu deixei de ser PT, e me decepciono com você
Que acusa Temer de ser golpista e bandido,
Mas jamais contestou o fato dele ser, desde o primeiro mandato, o vice presidente escolhido por Dilma

Eu deixei de ser PT, e me assusto com você
Que ao ouvir uma gravação não comenta o conteúdo, simplesmente afirma que escuta foi ilegal.
Que diante de uma delação pautada em provas, limita-se a falar em vazamento seletivo.
Que de frente a evidências de fraude, corrupção e tantos crimes, ataca a imprensa, a polícia e o Juiz.

Eu deixei de ser PT, e me envergonho de você
Que aplaude políticos processados, julgados e condenados que entram de punho erguidos na cadeia como se fossem vencedores e não ladrões
Que afirma que o mensalão não existiu, que não há escândalo da Petrobras, que não é dono do sítio, nem do apartamento.... Que nunca soube de nada.
Que afirma que não há crime em uma prática absolutamente ilícita só por que ela já foi feita por outros.

Eu deixei de ser PT, e me incomodo com você
Que vai as manifestações da CUT cheias de balões, camisetas vermelhas, e enormes palcos, tendas e militantes pagos, tudo custeado com dinheiro obrigatoriamente sacado dos salários de trabalhadores todos os anos com o nome de imposto sindical.

Eu deixei de ser PT, e não entendo você
Que fala em defesa da democracia, e afirma que pode ser golpe uma decisão de um congresso eleito pelo povo.
Que fala em voto livre, mas aceita a compra parlamentares com cargos e dinheiro

Eu deixei de ser partido, continuo trabalhador... e você?
(Texto: Claudio Madureira )
 
Eu concordo com o @Grimnir no sentido de que, se existe crime de responsabilidade, o fato de ser política a razão que levou ao processo não o torna inconstitucional. Mas para que esse desvio não se torne uma afronta à lógica que a Constituição quis dar ao instituto, nós temos que fazer uma análise muito honesta. O penalista Geraldo Prado tem uma metáfora fantástica quando analisa essas manobras normativas: o processo sancionador deve encontrar o ponto fora da curva; não entortar a curva para se alcançar um ponto.

Veja, @Fëanor, você não tocou nos pontos essenciais da defesa de Cardozo. Por que boa parte daqueles que não têm nenhum afã pró-PT ou anti-PT, mas que estão somente preocupados com a instrumentalidade, ainda não se convence de que os decretos suplementares e o atraso no pagamento aos bancos públicos são razões cabais para impeachment? Porque está estabelecido que a única hipótese para impedimento de um chefe do executivo é um atentado, pessoal, doloso, à Constituição Federal. Lendo alguns textos que você e outros divulgaram, eu entendo que se tratam de atos de gestão que devem ser combatidos e punidos. E o governo Dilma as cometeu com maior intensidade. Mas como é que você, presidente, "atentou dolosamente contra a Constituição Federal" simplesmente por assinar decretos cuja gestão pertence à Secretaria do Tesouro Nacional, endossados por vários órgãos técnicos e de acordo com todos os entendimentos históricos do TCU? (se essas informações trazidas pela AGU são falsas me alerte, estou me baseando nelas). O povo gosta de alegar "Ah, outros presidentes fizeram", "Ah, outros governadores fizeram" mas não é esse o argumento, porque a ilegalidade de um não justifica a do outro. O argumento é que se trata de uma interpretação de inconstitucionalidade nova, e a eficácia sancionadora sobre determinado ato não pode ser retroativa, isso é um basilar da segurança jurídica. E um ato não é "mais inconstitucional" que outro só porque foi praticado com mais frequência ou em período eleitoral.

Para o bem ou para o mal, o povo optou pelo Presidencialismo, e a grande diferença deste para o Parlamentarismo é que o mandato do Chefe de Governo e Estado está garantido independentemente do que pensar o Legislativo. O impeachment é uma hipótese excepcionalíssima, porque a Constituição tinha que estabelecer alguma forma de destituir um governante que cometesse, ele próprio (isso é expresso), de forma dolosa (porque quando é admitida hipótese culposa tem que ser expresso), um ato muito grave (ATENTADO) contra a norma máxima do país. O que estamos usando para fazer valer essa destituição: uma simples assinatura sobre operação de natureza contábil, transparente, declarada, que as instituições fiscalizadoras jamais haviam entendido como sancionáveis. Não, cara. É muita, muita forçação de barra.

Por outro lado, eu fico na dúvida se é legítimo chamar de "golpe". Porque, embora visivelmente motivado por interesses espúrios (represália política, desespero para freiar as investigações), anti-democráticos (desejo de se derrubar logo o PT, esperança - honesta - de melhoria da situação do país, mas através de um atalho inadequado) e com base jurídica tremendamente questionável, as formalidades da Constituição estão sendo seguidas. Não, eu não acho que haja crime de responsabilidade com condão para impeachment, mas uma denúncia foi feita, e é a própria Constituição que afirma que a decisão sobre isso é do Senado. Claro, o mundo inteiro está vendo que estão querendo derrubar a Presidente por motivos que não são os legítimos, mas as etapas constitucionais do impeachment estão sendo cumpridas, a triste verdade é essa.
 
Última edição:
Veja, @Fëanor, você não tocou nos pontos essenciais da defesa de Cardozo.

Eu toquei apenas no ponto que ele falou sobre as pedaladas em si. Parte do seu post tá mais ligado ao que ele falou sobre os créditos suplementares, que são outra questão. Mas vou comentar algumas coisas:

Mas como é que você, presidente, "atentou dolosamente contra a Constituição Federal" simplesmente por assinar decretos cuja gestão pertence à Secretaria do Tesouro Nacional, endossados por vários órgãos técnicos e de acordo com todos os entendimentos históricos do TCU? (se essas informações trazidas pela AGU são falsas me alerte, estou me baseando nelas).

Como assim "simplesmente por assinar"? Ao assinar um decreto, a presidente assume a responsabilidade sobre o que se está decretando. Se não fosse assim, para que serve a assinatura?
E muito embora sejam recursos gerenciados pelo Tesouro, os decretos direcionam as ações do Tesouro. Um funcionário deve ser isoladamente culpado por seguir aquilo que é requisitado pelo chefe?

Veja, ainda, que a própria lei do impeachment considera como crime de responsabilidade (e, portanto, passível de impeachment):

Art. 10, inciso 6:
Ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal.

Art. 11, inciso 3:
Contrair empréstimo, emitir moeda corrente ou apólices, ou efetuar operação de crédito sem autorização legal.​

E o TCU já deu seu parecer de que sim, as pedaladas foram operações de crédito (ao ferirem os artigos 32, 36 e 38 da LRF).

Isso também já contradiz a tese de que as pedaladas poderiam ter endosso do TCU. Mas o argumento do endosso técnico e da concordância com o TCU mencionados tem mais a ver os créditos suplementares, salvo engano.

O povo gosta de alegar "Ah, outros presidentes fizeram", "Ah, outros governadores fizeram" mas não é esse o argumento, porque a ilegalidade de um não justifica a do outro. O argumento é que se trata de uma interpretação de inconstitucionalidade nova, e a eficácia sancionadora sobre determinado ato não pode ser retroativa, isso é um basilar da segurança jurídica. E um ato não é "mais inconstitucional" que outro só porque foi praticado com mais frequência ou em período eleitoral.

O artigo do Mansueto que eu mencionei antes deixa bem claro que não é tudo pedalada não. Tem que ter critério pra definir o que é uma pedalada. Já mencionei isso antes por aqui também. Um atraso eventual de um mês é algo normal, corriqueiro. Um atraso sistemático e acumulado, de meses, intensificado exponencialmente em período eleitoral, definitivamente não é normal. Pelo contrário, é deliberado e com propósito específico.

O que estamos usando para fazer valer essa destituição: uma simples assinatura sobre operação de natureza contábil, transparente, declarada, que as instituições fiscalizadoras jamais haviam entendido como sancionáveis. Não, cara. É muita, muita forçação de barra.

Siceramente Eriadan, mas eu vejo como um tremendo desrespeito ao bom senso minimizar a coisa a "simples assinatura sobre operação de natureza contábil, transparente, declarada".

Primeiro, que "simples assinatura" na verdade implica responsabilidade.

Segundo, que não é apenas uma "operação de natureza contábil". Falar assim esvazia de sentido o que está em jogo: a transgressão à responsabilidade com o dinheiro público. Não é uma mera questão de lançamentos de ativos e passivos. A própria prática de pedaladas foi inflacionária, ajudando a corroer o dinheiro nacional, prejudicando toda a população, e mais gravemente os mais pobres. Simplificar as coisas em termos de "assinatura" e "operação contábil" faz parecer que quem comete crime com uma caneta em mãos, sentado em uma cadeira confortável, não é assim tão culpado. Sei que não é o que você quer dizer de fato, mas é o que as palavras podem dar a entender.

Terceiro, não foi transparente nem declarado. O governo não contabilizava as dívidas com FGTS, BNDES e BB, o que também foi julgado irregular pelo TCU. O público não sabia a real situação das contas públicas até as eleições. O governo só veio a admitir o rombo passado o período eleitoral. Conveniente demais.
 

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