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"Os jornais estão replicando loucamente que o Presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, anulou o pedido de impeachment, mas eles mesmos admitem que ainda não tiveram acesso à decisão.
Eu queria aguardar para ler o que foi decidido antes de falar algo, mas está tudo muito nebuloso, então seguem alguns pontos desde já:

1. Não é possível ao Presidente, pelo Regimento da Câmara, simplesmente "anular" o processo. O art. 16, VI, "o" do Regimento Interno diz que ele pode decidir matérias urgentes, mas que isso deve ser confirmado pela Mesa da Câmara depois (art. 15, parágrafo único). Então não pode ter ocorrido uma "anulação" assim, de bate-e-pronto;
2. O processo já está no Senado e já sofreu até primeiro juízo de admissibilidade precário na Comissão Especial. Não é mais da competência do Presidente interino da Câmara decidir sobre este processo;
3. Pelo que apontam as notícias, a decisão afirma que a votação do impeachment foi por fatos além dos termos da denúncia. Contudo, relembro que o STF **já se manifestou sobre isso** na decisão sobre a ordem de votação e sobre o recurso da AGU para anular o impeachment e convalidou o processo, tanto que a votação na Câmara ocorreu depois. Ou seja, esse tema já foi decidido pelo STF antes (inclusive, Lewandowski fez constar isso na ata da decisão, como muitos notaram por aqui).

Em suma, a meu ver: essa decisão de Waldir Maranhão tem como único propósito dar motivo para um novo recurso ao STF (recurso por um tema que já foi, inclusive, julgado no STF e rejeitado).
Com a decisão do Presidente Interino, há motivação para provocar o STF outra vez e ganhar mais tempo, mas a matéria (se for esta acima) não deve ter sucesso, pois já foi decidida em outro momento e porque o Presidente da Câmara não tem mais competência para realizar anulação nos moldes que estão sendo noticiados. Porém, acredito que Renan deve suspender a votação do impeachment na quarta até a coisa ser novamente judicializada no STF.
A decisão de Waldir Maranhão busca conseguir o que a ação da REDE não conseguiu semana passada: mais tempo."

via Taiguara Fernandes de Sousa
 
Achavam que ela estava morte, mas voltou...

... assim como Jon Snow.
 
Olha aí:
"Estou em Brasília e a perplexidade tomou conta da imprensa, dos deputados e senadores, aliás não há uma pessoa que não comente sobre a anulação do impeachment. Agora há pouco, o jornalista Gerson Camarotti analisava a decisão do deputado Waldir Maranhão (PP-MA) dizendo que ele não ouviu técnicos da Mesa Diretora da Câmara para tomar a decisão. Waldir Maranhão também não consultou os técnicos da Mesa da Câmara quando tomou diversas decisões para beneficiar Eduardo Cunha no Conselho de Ética. Foram dele várias iniciativas que proporcionaram tornar o processo de Eduardo Cunha o mais longo da história do Conselho de Ética. Coincidentemente Waldir Maranhão, durante o final de semana, passou várias horas com Eduardo Cunha.

Como falei ontem, Cunha está falando "cobras e lagartos" contra o abandono a que se diz submetido, especialmente por Michel Temer. A imprensa de um modo geral tenta atribuir o voto de Waldir Maranhão contrário ao impeachment à influência do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o que em parte é verdade. Mas sua decisão na votação foi posicionar-se contra seu principal rival no seu estado, a quem acusa de persegui-lo, José Sarney. Como a família Sarney posicionou-se pró-impeachment, Waldir Maranhão tomou o sentido contrário.

A verdade é que entre as razões apresentadas para anular a votação do impeachment na Câmara a maioria é questionável, mas uma constituiu um erro grosseiro de Eduardo Cunha. Dos cinco itens listados pelo presidente interino da Câmara, ele afirma com razão que "o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, por ser o que dispõe o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, e o que estava originalmente previsto no processamento do impeachment do presidente Collor, tomado como paradigma pelo STF para o processamento do presente pedido de impeachment". Eduardo Cunha além de não formalizar a resolução encaminhou simples ofício comunicando a decisão ao presidente do Senado, Renan Calheiros.

Brasília está pegando fogo."

Fonte: http://www.blogdogarotinho.com.br
 
STF 'aliado' da Dilma? Oi?

Curiosamente estou lendo a Lei do Impeachment pra um trabalho sobre o Collor da facul. Vou ver ser há previsão pra algo assim.
 
E agora:

Presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão deverá ser expulso do PP

BRASÍLIA - Após a polêmica decisão de anular a sessão que aprovou o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, o presidente em exercício da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), deve ser expulso do partido. Um grupo de deputados do PP já acionou a Executiva da legenda para pedir sua imediata expulsão. Com isto, o partido deve também pedir o afastamento de Maranhão da presidência da Câmara, já que a vaga de vice é de indicação do PP.

O argumento é que ele já havia contrariado a decisão do partido de fechar a questão a favor do impeachment e, agora, voltou a confrontar o partido:

— Ele é um incapaz e vamos ainda hoje pedir a expulsão dele do partido. Tem que saber como foi essa articulação, que é criminosa. Ele não tem nenhuma capacidade mental de um golpe dessa envergadura. Precisa apurar quem mais está envolvido nesse golpe — afirmou ao GLOBO o deputado Júlio Lopes (PP-RJ).

Ato contínuo, os deputados devem pedir que à Mesa da Câmara que o partido faça nova indicação para a vice-presidência da Casa.

— A vaga é do PP. Vamos pedir nova indicação do vice-presidente da Câmara e o partido vai expulsá-lo ainda hoje. Um sujeito na interinidade não pode derrubar o voto de 376 deputados — disse o deputado.

Na sexta-feira, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) anunciou que o presidente interino da Câmara teria jurado que daria prosseguimento ao pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer. Ainda de acordo com Costa, um dos líderes da tropa de choque contra o impeachment da presidente Dilma, ele deve analisar um parecer do advogado geral da União, José Eduardo Cardozo, no qual lista inconstitucionalidades e pede a anulação da sessão do dia 17 de abril em que foi aprovada a admissibilidade do impeachment da petista.


DEPUTADO COLECIONA INVESTIGAÇÕES

Waldir Maranhão (PP-MA), que votou contra o impeachment, assumiu interinamente a presidência da Câmara dos Deputados após o afastamento de Eduardo Cunha, na semana passada. Além de ser investigado na Lava-Jato, ele é alvo de outro inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) , que apura um esquema de desvio de verba de fundos de previdência municipais para aplicações controladas por doleiros. Nas eleições de 2010, teve de explicar um milagre de multiplicação de dinheiro: doou para si mesmo um valor 33 vezes maior que aquele que declarara.
 
Jurista: Ato é nulo e Maranhão deve ser enquadrado na lei de segurança nacional

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"O ato é nulo porque foi examinado pelo Supremo Tribunal Federal, que examinou a legalidade do processo. No domingo [da votação na Câmara] houve uma tentativa de mandado de segurança tentando anular a convocação da assembleia com base no argumento de que Eduardo Cunha não poderia ter acolhido a denúncia (...) Esse cidadão deve ser enquadrado na lei de segurança nacional por atentar contra os Poderes", explicou.
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"Esse cidadão pretende anular os atos que já foram consolidados e considerados legais pelo Supremo Tribunal Federal exclusivamente para criar mais perturbação em uma nação que precisa de resolução rápida", completou.
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#jovempanmente #midiasemcredibilidade #ivesgrandapalpiteiro
 

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