26 de dezembro | às 16h29
Detalhes secretos que fazem qualquer torcedor se orgulhar de um argentino chamado Conca…
Foi no início de setembro que ele procurou o departamento médico do Fluminense e Muricy.
Disse que sentia uma dor incômoda no joelho esquerdo.
E ele estava inchando depois de qualquer jogo.
Os exames foram feitos em sigilo e constataram um desgaste nas articulações.
Havia duas opções: ou ele fazia uma artoscopia e perdia o resto do Brasileiro...
Voltaria a poder correr apenas em dois meses...
Ou seguia jogando e se arriscava a ter um um rompimento nos meniscos.
Se o pior acontecesse poderia ficar parado seis meses.
Tudo dito de maneira clara, aberta.
O pequeno Conca se agigantou.
Assumiu os riscos e disse que não operaria de jeito nenhum.
Mesmo sabendo os gramados irregulares e as botinadas que teria pela frente.
Muricy Ramalho sabia o quanto precisava dele e diminuiu a intensidade de treinamento do argentino.
E combinou que, durante os jogos restantes do Brasileiro, ele poderia relaxar durante alguns momentos.
Ficar mais parado à frente.
Trocar a articulação pela finalização.
E foi o que Conca fez.
Surgiu muito mais à frente do gol.
Roubou a atenção e o prêmio de melhor jogador do País do seu compatriota Montillo.
Foi peça fundamental do Fluminense na conquista do título.
E o mais incrível.
Participou de todos os jogos: 38 partidas.
Não foi por acaso que Celso Barros foi tão generoso e ofereceu um contrato de cinco anos com o meia.
Ele e Muricy sabem que pouquíssimos jogadores da elite do futebol brasileiro correria esse risco.
Mano Menezes soube da história do sacrifício de Conca e ficou impressionado.
A possibilidade de um teste na Seleção depois que ele se naturalizar em 2011 é real.
Finalmente, amanhã, o guerreiro se renderá ao bisturi.
Três meses depois enfrentará a artroscopia tão necessária quanto adiada.
A expectativa de todos é que retorne em fevereiro, na primeira fase da Libertadores.
Esta história deveria ser espalhada com seus detalhes pelo próprio Fluminense.
A coragem de Conca foi incrível.
E absolutamente rara no cenário nacional.
Não há como não ter orgulho desse argentino.
Os corredores das Laranjeiras agradecerão sempre a Eurico Miranda.
Por ter trazido esse argentino ao Rio de Janeiro...
http://esportes.r7.com/blogs/cosme-...or-se-orgulhar-de-um-argentino-chamado-conca/
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F***!!!