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Clube de Leitura 12º Livro: O Morro dos Ventos Uivantes (Emily Brontë)

to enganada ou eles dizem algo como dark skin mas de ciganos??
Acho que negro não, definitivamente, mas sim no estilo cigano/espanhol/mediterrâneo. Assim que o imaginei antes de ver o filme.
Também acho que ele não era negro, não como nessa versão de 2012 (que aliás parece ser bem interessante):

Talvez seja mais um tipo moreno, meio espanhol.
Acho que, pras pessoas daquela região da Inglaterra, tão afastada das grandes cidades e em que as famílias geralmente casavam-se entre si, qualquer pessoa de pele mais escura do que a delas já era vista como cigana. :think:

Mais ou menos assim, não?

Ou assim:

Olha, ainda assim acho o Sidney melhor do que isso:
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"TE-A-MO DA-RA!" :rofl:

Uma coisa que sempre quis saber, foi o verdadeiro motivo do pai da Cathy ter trazido o Heathcliff.
Então, esse é o grande segredo da história: qual a origem do Heathcliff?
Quando li esse livro pela primeira vez imaginei que ele fosse um filho bastardo do Sr. Earnshaw, principalmente quando ele se apega tanto ao menino.
Talvez essa fosse a ideia original e a autora a tenha descartado por ser muito escandalosa?
Nunca saberemos, mas isso é de fato um dos encantos da história.
Também não sabemos como Heathcliff consegue dinheiro e educação.
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E dei uma "cortada" no post pra falar da coitada da Isabella.
Sim, eu sei que ela é uma bocó, chata e mimada, mas acho muito injusto que ela seja a principal vítima da fúria violenta do Heathcliff, e que ninguém ajude a pobrezinha.
Ela tinha cerca de 16 anos quando conheceu o Heathcliff adulto, sempre viveu enfurnada naquela casa, sendo paparicada e tals.
Daí chega a Cathy e todos ficam aos pés dela, Isabella é esquecida e claro que vai ficar adolescentemente encantada com o moreno misterioso e (provavelmente) bonitão que é o Heathcliff.
Quem não ficaria?
Se ao menos houvesse um adulto decente como tutor e não apenas aquele banana do Edgar, logo que visse o Heathcliff já teria mandado a menina pra outro país ou algo assim.
Mas naquela casa ela só tinha a Catherine, egocêntrica e neurótica e o irmão Edgar, coió e egoísta.
Só tinha que dar merda mesmo.
Mas morro de pena da moça. :(
 
Tendo em vista que acabei me empolgando com o romance, já terminei o mesmo, desobedecendo, assim, o cronograma da @Clara. Peço desculpas.

Quanto ao livro, gostei muito dele, principalmente quanto ao desenvolvimento da sua história, bem como da maneira como ela foi contada.

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Realmente lastimável Emily Brontë ter falecido tão precocemente; ela realmente poderia ter escrito outras obras de igual valor. Em suma, apreciei bastante o romance em tela.

Tomara que o próximo livro a ser escolhido para o Clube de Leitura seja tão bom quanto esse.
 
Terminei a primeira parte e Que ódio de Heathcliff e Catherine! Que idiotas, os dois..

Tanta crueldade por causa de orgulho. Orgulho dela por ser apaixonada por ele e se casar com outro por vergonha da falta de educação, pobreza e etc do amado (aliás, é um tipo interessante de paixão em que ela vê vários defeitos nele ou não?) e dele por ter sido rejeitado depois de ver nela o único consolo de uma infância e adolescência miserável e querer se vingar. É difícil gostar dos dois ou ter pena deles (eu até tinha tido do Heathcliff depois da cena com o fantasma e da cena em que ele pede pra Nelly deixar ele bonito na festa, mas é pouca coisa pra compensar um caráter tão doente). Aliás, os dois personagens de quem dá pra gostar são Lockwood e Nelly (se bem que ela deixou a Isabella lá como lembrou a Clara).

Sinto que a Emily Brontë estava fazendo uma crítica aos heróis românticos, ao exagero de sentimentos através de Heathcliff e os perigos que isso traz. Ama demais, odeia demais. Também na Isabella apaixonada pelo "cigano". Se bem que, pelo contrário, o livro parece só admitir felicidade no casamento por amor, o que vai contra a norma da época.

Sobre as origens do Heathcliff, o verbete da Wikipédia sobre os roma diz que ele são originários da Índia, o que explicaria a pele escura dele (numa próxima adaptação seria interessante usar isso também) e a Nelly diz na cena da festa que ele pode se imaginar "filho de um rei da Índia ou Oriente" ou algo assim. Uma nota na minha edição diz também que o fato de o pai Earnshaw encontrar o menino em Liverpool pode ser uma indicação da autora de que ele pudesse ser irlandês também, por haver grande migração na época. A língua que ele fala e ninguém entende poderia ser irlandês ou a língua dos roma também. E é claro também que pode ser um filho de fora do casamento mesmo, o que explicaria o ódio súbito do Hindley por ele, ou talvez só a preferência já bastasse (o caso dos cavalos trocados lá, por exemplo). De qualquer forma, bom é o mistério, mesmo.

Verbete da Wikipédia

Sobre o enriquecimento dele, lembrei de outros dois livros com enriquecimentos e transformações misteriosos do tipo: O conde de Monte-Cristo e O grande Gatsby. Nos três o protagonista enriquece e "se educa" ou se torna refinado. Interessante que O Conde tem em comum a vingança e o Gatsby a "conquista do amor perdido" (se bem que acho que Heathcliff é doentio demais para desculpar Cathy por ter rejeitado ele e isso vai acabar mal pra ela). De certa forma são ilustrações dos mitos do self-made man e do "homem contra a sociedade" que a gente encontra nos três livros. Mitos que surgem/se propagam na época do Romantismo e do Liberalismo também.

"TE-A-MO DA-RA!" :rofl:
Nem tinha entendido a referência à novela Explode Coração kkk

Depois comento mais.
 
Terminei hoje pela manhã o Volume I (como está na minha edição).

Gostaria de saber de vocês, o que acham dessa "sofrência" dessas mulheres dos romances antigos em que elas quase morrem, tem ataques febris e etc.
As vezes não consigo comprar esse sentimentalismo forçado.

No mais, estou gostando e vendo a crueldade do Heathclif.
Mas porque ele resolve casar com a Srta. Linton? Pra vingar o Edgar? Pra mim a traíra da história é a própria Catherine que resolveu casar com o cara por causa de status e dinheiro. Ai o Heathclif consegue a reaproximação e o que faz? Casa com a irmã do Edgar pra zicar tudo? Pra se afastar novamente da Catherine? Pra ficar ainda mais brigado com o Edgar? Vai ver é o desejo doentio de vingar a todos que o humilhado garoto Heathclif tem. O que acham?
 
Eu comecei a ler o livro, e acabei esquecendo de postar aqui. :oops:
Eu sempre achei que o Heathcliff fosse moreno no estilo espanhol cigano ( se eu não me engano, nessa tradução que eu estou lendo, fala cigano).
Agora minhas conclusões sobre o que eu reli até agora.
As vezes eu acho que o morro dos ventos uivantes foi feito a partir de uma leitura que a Emily teve de a comédia dos erros, de Shakespeare, porque tá tudo errado nesse romance (que pra mim está mais pra um drama do que qualquer coisa). Eu sempre gostei de ler e pensar que o amor é a forma mais sublime de liberdade e de vontade de querer bem o outro, de acima de qualquer coisa estar juntos e aquele blá blá blá romântico. Aí vem a Emily com um "casal" protagonista desses e joga um balde de água fria na minha cara. A forma de gostar da Catherine é repugnante e veja bem, GOSTAR, porque eu não acho que ela ame alguém. Heathcliff sente uma necessidade de provar coisas pra Catherine o que me faz pensar que ele é um idiota. Mas ao mesmo tempo, eu acho que ele ama o que a Catherine significa na vida dele (não a pessoa, porque eu me nego a pensar que alguém ame ela :lol:), e os dois sentem necessidade de usar as pessoas e seus sentimentos para chegarem ao seus objetivos.
Na parte do livro que eu estou, por enquanto só consigo odiar eles :lol:

Mas tem umas partes que eu acho bem fofinhas <3


"Oh, meu Deus, é impossível! Eu não posso viver sem a minha vida! Eu não posso viver sem a minha alma!"

"Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais."

"Beija-me e não me deixes ver teus olhos! Perdoo-te o mal que me fizeste. eu amo quem me mata. Mas como poderei perdoar quem te mata?"

"Nunca lhe confessei o meu amor com palavras,mas se os olhos falam,o último dos tolos poderia verificar que eu estava totalmente apaixonado."

ps: acho que esse é o post mais longo que eu já escrevi no forum O.o
 
Eu acho que os dois se amavam sim, e que ambos significavam um tempo feliz da infância para o outro, mas cada um tratou de uma maneira diferente; acho interessante como a Cathy preferiu a vida boa a se casar com o amor da sua vida, que seria o caminho óbvio para qualquer mulher na época dela, mas que vai contra todas as regras do período romântico. E o senhor H. com certeza tem essa necessidade de se vingar de todo mundo, sendo que foi a Cathy que escolheu - agindo que nem criança o livro todo :tsc: se bem que a Cathy contribuiu pra isso tb, não falando mais com ele depois de um tempo, ele nunca soube que ela queria ajudá-lo a subir na vida ao se casar com o Edgar. se eles tivessem conversado mais na adolescência, talvez essa corrida toda por vingança não teria acontecido...?
 
Eu acho que os dois se amavam sim, e que ambos significavam um tempo feliz da infância para o outro, mas cada um tratou de uma maneira diferente; acho interessante como a Cathy preferiu a vida boa a se casar com o amor da sua vida, que seria o caminho óbvio para qualquer mulher na época dela, mas que vai contra todas as regras do período romântico. E o senhor H. com certeza tem essa necessidade de se vingar de todo mundo, sendo que foi a Cathy que escolheu - agindo que nem criança o livro todo :tsc: se bem que a Cathy contribuiu pra isso tb, não falando mais com ele depois de um tempo, ele nunca soube que ela queria ajudá-lo a subir na vida ao se casar com o Edgar. se eles tivessem conversado mais na adolescência, talvez essa corrida toda por vingança não teria acontecido...?

Eu concordo na parte de um significar para o outro um tempo feliz, mas acho que eles amavam a lembrança, de uma época sem tantas complicações. Pelo o que eu me lembro (estava adiantada então parei uns dias pra seguir o cronograma) mesmo quando criança o tratamento da Cathy para com o Heathcliff já não era lá essas coisa né? No fim acho que a Cathy e o Heathcliff, assim como muitas pessoas, são incapazes de amar, de amar de verdade. Muita gente pode pensar "Nossa, mas ela casou com o Edgar pra ajudar o Heathcliff, altruísta da parte dela " mas você não concorda comigo, que eles poderiam ter batalhado juntos pra conseguir as coisas?? (sim eu acredito na força do amor :drunk:) No final das contas eu acho que o sentimento que une os dois não é amor e sim o ódio, e por isso muitas vezes fica meio confuso, pelo menos pra mim, na leitura porque o amor e o ódio são bem parecidos algumas vezes.

Agora eu começo a lembrar porque gostei de ler O morro dos ventos uivantes. Os personagens são tão humanos com todos esses conflitos de sentimentos e interesses. Conforme vou lendo, consigo sentir a amargura do Heathcliff, consigo sentir a infantilidade da Cathy. É surpreendente.
 
Sinto que a Emily Brontë estava fazendo uma crítica aos heróis românticos, ao exagero de sentimentos através de Heathcliff e os perigos que isso traz. Ama demais, odeia demais. Também na Isabella apaixonada pelo "cigano". Se bem que, pelo contrário, o livro parece só admitir felicidade no casamento por amor, o que vai contra a norma da época.
Uia! Nunca tinha pensado nisso, na história como crítica ao romantismo exagerado. :think:
Acho que se aplica principalmente à Isabella, não? Bobinha, querendo "se rebelar" casando com o cara mau que ela acha que no fundo conseguirá domar através do amor.


Mas porque ele resolve casar com a Srta. Linton? Pra vingar o Edgar? Pra mim a traíra da história é a própria Catherine que resolveu casar com o cara por causa de status e dinheiro. Ai o Heathclif consegue a reaproximação e o que faz? Casa com a irmã do Edgar pra zicar tudo? Pra se afastar novamente da Catherine? Pra ficar ainda mais brigado com o Edgar? Vai ver é o desejo doentio de vingar a todos que o humilhado garoto Heathclif tem. O que acham?

Aí vem a Emily com um "casal" protagonista desses e joga um balde de água fria na minha cara. A forma de gostar da Catherine é repugnante e veja bem, GOSTAR, porque eu não acho que ela ame alguém. Heathcliff sente uma necessidade de provar coisas pra Catherine o que me faz pensar que ele é um idiota. Mas ao mesmo tempo, eu acho que ele ama o que a Catherine significa na vida dele
Acho que eles era apaixonados, sim.
Em todos os sentidos se deixavam dominar pelas paixões, seja amor, ódio, desprezo, crueldade, vingança... os dois, mas principalmente o Heathclif, se entregam às paixões com muita facilidade.

Mas eu acredito muito no amor da Cattherine pelo Heathclif e dele por ela.
São dois doentes, praticamente esquizofrênicos :tsc: mas sem dúvida apaixonados um pelo outro.

Mas tem umas partes que eu acho bem fofinhas <3

"Oh, meu Deus, é impossível! Eu não posso viver sem a minha vida! Eu não posso viver sem a minha alma!"

"Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais."

"Beija-me e não me deixes ver teus olhos! Perdoo-te o mal que me fizeste. eu amo quem me mata. Mas como poderei perdoar quem te mata?"

"Nunca lhe confessei o meu amor com palavras,mas se os olhos falam,o último dos tolos poderia verificar que eu estava totalmente apaixonado."
Essas frases são mesmo lindas!
Das mais românticas e apaixonadas que já li.
Adoro! :amor:
 
Continuo gostando do livro, dos personagens e tal, mas acho um pouco surreal o sofrimento e a intensidade dos sentimentos e das doenças e mortes de alguns personagens. Parece que foge um pouco da realidade.
 
Bom, estamos agora iniciando a segunda parte da história, com a morte de Catherine e Hindley e o início da vida adulta dos filhos destes e do casal Isabela e Heathclif.

Mas antes quero abrir um espaço pra falar sobre a Nelly e de como essa mulher conseguiu se manter no emprego por tanto tempo fazendo as trapalhadas que fez.
Reparem que ela está envolvida na maioria dos rolos que aconteceram na história, mas ela não se deu mal em nenhuma vez. :lol:
 
acabei o livro. E que livro bom. Esperando terminar o cronograma pra comentar mais!
 
Terminei a leitura ontem. E pra falar a verdade, nem sei o que comentar :lol:
Só fica martelando na minha cabeça sobre a obra em si, que apesar do tempo, é uma obra atual, que mostra o ser humano em sua natureza nua e crua, e nos extremos em que uma mente perturbada pela paixão pode chegar para obter sua vingança.
Vou assimilar melhor e depois volto pra editar isso aqui ^^
 
Me atrasei e ainda não acabei!

Mas a pergunta que não quer calar: como as leitoras e os leitores de Crepúsculo não gostaram desse livro, gente? Não tem como!

Será que esperavam que Heathcliff se revelasse um vampirão virgem? :think:
 
Última edição:
Elas deviam esperar uma história de amor com final feliz, não? :/
Mas eu também não entendo como tanta gente (não só fãs de crepúsculo) não gosta desse livro, ele é perfeito só pela escrita.
 
Tava ouvindo esse podcast "Emily vs. Jane Austen" e fiquei curiosa - vocês acharam o Morro arrastado? Ele é um pouquinho sim, mas não à ponto de desgostar dele, longe disso, é tão gostosinho de ler! <3 tb comentaram que a abordagem do romance pelas duas autoras é tão diferente a ponto de ser quase impossível encontrar alguem que goste, por exemplo, de Morro e Orgulho e Preconceito ao mesmo tempo. bah, eu gosto muuuuito dos dois :3
 
Tava ouvindo esse podcast "Emily vs. Jane Austen" e fiquei curiosa - vocês acharam o Morro arrastado? Ele é um pouquinho sim, mas não à ponto de desgostar dele, longe disso, é tão gostosinho de ler! <3 tb comentaram que a abordagem do romance pelas duas autoras é tão diferente a ponto de ser quase impossível encontrar alguem que goste, por exemplo, de Morro e Orgulho e Preconceito ao mesmo tempo. bah, eu gosto muuuuito dos dois :3

Não consegui ouvir esse podcast, mas se eles falam isso, não concordo, não acho nada arrastado.
Sempre achei que as coisas "acontecem" rapidamente e dessa vez estive pensando que é assim porque é uma narrativa feita através de algumas conversas, é a Nelly que está contando a história pro Lockwood, que por sua vez a conta pra nós.
E sim, eu também amo "Orgulho & Preconceito", assim como "Jane Eyre", da outra irmã da Emily, Charlotte Brontë. =]

PS: Vou terminar de ler "O Morro..." hoje e amanhã volto com as considerações finais.
 
na tradução do meu livro, a turma gostava muito de passear pelas gandras, o que seriam essas gandras? No google é uma ave, na WIKI Gandra (terra arenosa, improdutiva). Mas naquela região especifica o que é? Porque passa a impressão de ser algo belo e não arenoso/improdutivo.

Sobre o livro achei meio antí-clímax o casamento final, foi só pra dar alguma coisa certa e alguém ser feliz.
 

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