-Jorge-
mississippi queen
No original a palavra que ela usa para esse tipo de habitat é "moor" que na Wikipédia aparece como Moorland. Pelo que diz lá, parece que é um terreno ácido, então deve ser difícil de cultivar sim. Mas não impede que seja bonito como nessa imagem:
(o verbete)
(o verbete)
Gostaria de saber de vocês, o que acham dessa "sofrência" dessas mulheres dos romances antigos em que elas quase morrem, tem ataques febris e etc.
As vezes não consigo comprar esse sentimentalismo forçado.
Verdade. A "sofrência" dela foi pelo murro que o Edgar deu no Heathcliff e por ele ter obrigado ela a escolher. O que revela meio a infantilidade da Cathy porque ela não conseguiu escolher: queria ter o cara rico e o cara que amava de verdade. Ela meio que fez uma greve de fome... Depois quando a Nelly diz (meio erroneamente) que o Edgar não está nem aí e que passou o tempo da sofrência dela lendo, aí ela surtou de vez. Mas isso tem a ver com o Romantismo também, como falou o Spartaco.Continuo gostando do livro, dos personagens e tal, mas acho um pouco surreal o sofrimento e a intensidade dos sentimentos e das doenças e mortes de alguns personagens. Parece que foge um pouco da realidade.
Acho que para se vingar do Edgar, fazendo mal a ela. Parece que ele queria fazer mal a ela e que ela contasse para ele, mas ela se recusou. Depois da rejeição parece que Heathcliff passou a viver só da vingança e aí, no final, quando percebeu que não odiava mais a Catherine e o Earnshaw, enlouqueceu e morreu. Perdeu o sentido da vida.Mas porque ele resolve casar com a Srta. Linton?
ele nunca soube que ela queria ajudá-lo a subir na vida ao se casar com o Edgar
Não sei se isso faz sentido, a ideia de que ela ia ajudar Heathcliff. Parece mais o tipo de mentira que se conta para si mesmo tentando justificar uma escolha que você sabe ser errada. A verdade é que ela não quis empobrecer e casar com o ignorante (quando ela diz que eles seriam "pedintes"). Teve vergonha, orgulho e medo. Sim, eles poderiam ter batalhado, mas ela não quis. É engraçado que ela diz para a Nelly que, pelo amor deles, Heathcliff entenderia essa escolha, mas ele nunca entende e nunca perdoa ela.Muita gente pode pensar "Nossa, mas ela casou com o Edgar pra ajudar o Heathcliff, altruísta da parte dela " mas você não concorda comigo, que eles poderiam ter batalhado juntos pra conseguir as coisas??
No meu prefácio diz que alguns críticos veem um contraponto entre as duas partes do livro: na segunda, a segunda geração estaria desfazendo o mal feito na primeira chegando na cena do final feliz entre Cathy e Earnshaw, como disse o fcm, mas a prefaciadora não concorda e diz que não há nenhuma garantia de que os dois mudaram. E eu tendo a concordar com ela. Todo mundo era muito instável ali, então, quem garante que aquele é o final feliz mesmo? Que Cathy não se arrependeria de ter gostado do outro primo bruto ou que ele não se arrependeria de ter cedido a ela? Enfim, é um final meio tenso e em aberto, não totalmente "feliz".Bom, estamos agora iniciando a segunda parte da história, com a morte de Catherine e Hindley e o início da vida adulta dos filhos destes e do casal Isabela e Heathclif.
Não achei não. Talvez dê essa impressão porque desde o segundo capítulo a gente já sabe o que acontece com a maioria dos personagens (todos morrem kkk), então fica restando saber como aconteceu. E eu gostei de O Morro e adoro (o que li de) Jane Austen. Até fiquei pensando nas semelhanças e diferenças entre um Heathcliff e um Sr. Darcy, por exemplo.vocês acharam o Morro arrastado?
Pois é. Como disse ali em cima, não há nenhuma garantia de que o final tenha sido feliz, não? Com toda a instabilidade daquele povo, rancor e egoísmo também. Uma coisa interessante é que os personagens estão sempre mudando, talvez até de maneira meio inexplicável, como a mudança da Cathy em relação ao primo, a mudança do filho de Heathcliff também, Linton, enfim.Sobre o livro achei meio antí-clímax o casamento final, foi só pra dar alguma coisa certa e alguém ser feliz.