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Clube de Leitura 26º Livro: Fausto (Johann Wolfgang von Goethe)

@Bartleby (nem só de ano novo com o Bruce e a namorada o Gabrielzinho viverá);​
minha mente esses dias tá funcionando só em música, filme e diversão mesmo rsrs

mas vou tentar, prometo nada [3]; como o @Níra sabe, infelizmente leitura em conjunto - leitura em geral - tá bem o meu fraco, por mais que eu tente :(

se bem que é verso, aí facilita as coisa... vamo ver como vou estar em fev.
🤧
 
É verso cheio de inversão sintática e vocabulário obscuro... Eu acho que eu levo 3x mais tempo pra ler :')
a questão é que dá mais tempo pra pausar e tal... com prosa, dependendo, se não tiver diálogo, é bloco atrás de bloco de texto; isso se a gente estiver falando dos escritores bonzinhos, não aquelas aberrações que escrevem um livro inteiro em um parágrafo* rsrs

*ok, adoro, mas convenhamos né...
 
É verso cheio de inversão sintática e vocabulário obscuro... Eu acho que eu levo 3x mais tempo pra ler :')
Isso é coisa do tradutor. O alemão tem uma ordem sintática muito rígida, mesmo na poesia.
Depois dou uma olhada com mais atenção nos versos originais, mas pelo pouco que folheei me parece que o Goethe segue essa estrutura.

Uma vez conversei sobre isso com um professor de Alemão e ele me disse que não é possível que haja hipérbatos no alemão como há no português. Que essa rigidez faz parte da estrutura da língua.

Tô com um livro do Rilke aqui em alemão, depois vou dar uma conferida em como ele estrutura as orações.

Não sei se no sec XX alguém rompeu com isso. Mas é essa informação que tenho. Ainda não me senti seguro de ler poesia em alemão, então não tenho conhecimento empírico sobre o assunto.
 
@Mellime (sim, eu sei que você está ocupada com o Mestrado. Mas e se você fizesse um pacto com o Mefistófeles, hein? Pois é, pois é, aí cê terminaria, logo, o Mestrado e já partiria para o Doutorado. EU NÃO TENHO DOUTORADO EM PACTO COM O TINHOSO! MISERICÓRDIA!); @Jhulha (faça de conta que é um trem do Japão, moça!); @Clara (Não, miga, eu não tô te chamando pra gente fazer um pacto com o Mefis para o Lula vencer. NÓS SOMOS CRISTÃS, MULHER! hahahahaha); @Fúria da cidade (PRECISAMOS DE VOCÊ PARA TERMOS ACESSO ÀS ESTATÍSTICAS DE QUANTOS JOGADORES JÁ FIZERAM PACTO COM O DIABO!); @Bruce Torres (sim, te deixei por último, no segundo post, para provar um ponto: tá desempregado e esquecido pelos amigos, mas ISSO NÃO SIGNIFICA QUE VOCÊ TENHA DE SAIR POR AÍ FAZENDO PACTO COM O DIABO.).​
:lol:

Esse livro esta a desde a época da graduação na lista do meu lev "não vou ler nem pagando", eu agora fui me perguntar por que tenho esse ebook e ainda ponho em uma lista, e agora percebo ele é no mesmo estilo que a Divina Comedia :tsc:.
Sozinha eu não encararia esse livro, já tenho trauma demais vindo de Dante, mas em grupo, posso fazer uma forcinha para ler, só espero que Chang'an me ajude com o próximo trauma com Fausto.
 
Isso é coisa do tradutor.
ahh nossa, sim! Odeio tradutor, principalmente uns brasileiros, que acha que pra traduzir obra antiga tem que complicar o máx possível, ainda mais que o original (claro que às vezes os caras têm que se ver com métrica e rima e tudo mais, mas nada justifica um Odorico Mendes - @Mavericco aparecendo em 3...2...1... :rofl: ).

A minha de Fausto que tenho no kindle é de David Luke, pela Oxford Classics, e pesquisei bastante antes, e foi a que mais me agradou. É bem tranquilinha:

4. NIGHT*

[A high-vaulted, narrow Gothic room.]

FAUST [sitting restlessly at his desk].

Well, that’s Philosophy I’ve read,*
And Law and Medicine, and I fear
Theology too, from A to Z;
Hard studies all, that have cost me dear.
And so I sit, poor silly man,
No wiser now than when I began.
They call me Professor and Doctor, forsooth,
For misleading many an innocent youth
These last ten years now, I suppose,*
Pulling them to and fro by the nose;
And I see all our search for knowledge is vain,
And this burns my heart with bitter pain.

Mas aí saber se é condizente com o original não sei :timido:
 
Última edição:
Eu gosto do contorcionismo sintático. Só não sei se, pela estrutura mais rígida do alemão, seja a melhor pedida para essa obra.

A tradução da Jenny Segall, do pouquinho que eu vi, me pareceu bem tranquila. Não é tão rígida, mas também não exagera. Flui bem. Veremos ao longo da leitura se a impressão se mantém.
 
Isso é coisa do tradutor. O alemão tem uma ordem sintática muito rígida, mesmo na poesia.
Depois dou uma olhada com mais atenção nos versos originais, mas pelo pouco que folheei me parece que o Goethe segue essa estrutura.

Uma vez conversei sobre isso com um professor de Alemão e ele me disse que não é possível que haja hipérbatos no alemão como há no português. Que essa rigidez faz parte da estrutura da língua.
Que coisa linda que é o alemão. Aposto que também não tem malditos CAVALGAMENTOS. :mad:
 
Cês vão ler em qual edição? (Sim, desculpa pra manter o tópico movimentado e, claro, um jeito de saciar a minha curiosidade). A minha é esta aqui, ó:


1641991068549.webp
 
Essa edição é ótima, Cleo! Não sei patavinas de alemão pra dar pitaco sobre tradução, mas ela teve introdução, comentários e notas do Marcus Mazzari, que é um dos maiores especialistas em literatura alemã no Brasil!

Vou tentar acompanhar as discussões por essa edição também
 
Ah, cara... o foda é que agora que eu percebi que também xinguei um dos favoritos dele (O Processo do Kafka).

Gabz, mande-me para a puta que pariu se quiser.
Vá para a puta que pariu, Giu. <3

Quero te animar, mas ao mesmo tempo ser sincero com você: não será uma leitura fácil, especialmente o começo e a segunda parte, que é bem pesada. Mas o final é bem recompensador. Sabe aquele tipo de coisa que passamos, em que o caminho é complicado, chato, difícil, desanimador, mas quando termina você diz: eu precisava passar por isso? Então, é mais ou menos isso.

ahh nossa, sim! Odeio tradutor, principalmente uns brasileiros, que acha que pra traduzir obra antiga tem que complicar o máx possível, ainda mais que o original (claro que às vezes os caras têm que se ver com métrica e rima e tudo mais, mas nada justifica um Odorico Mendes - @Mavericco aparecendo em 3...2...1... :rofl: ).

A minha de Fausto que tenho no kindle é de David Luke, pela Oxford Classics, e pesquisei bastante antes, e foi a que mais me agradou. É bem tranquilinha:

4. NIGHT*

[A high-vaulted, narrow Gothic room.]

FAUST [sitting restlessly at his desk].

Well, that’s Philosophy I’ve read,*
And Law and Medicine, and I fear
Theology too, from A to Z;
Hard studies all, that have cost me dear.
And so I sit, poor silly man,
No wiser now than when I began.
They call me Professor and Doctor, forsooth,
For misleading many an innocent youth
These last ten years now, I suppose,*
Pulling them to and fro by the nose;
And I see all our search for knowledge is vain,
And this burns my heart with bitter pain.

Mas aí saber se é condizente com o original não sei :timido:
Pelo que eu já li em alguns lugares, o Fausto é difícil mesmo no original alemão. Tem muitas palavras antigas e estruturas arcaicas, sendo um desafio enorme para os tradutores. Seria, mais ou menos, como Os Lusíadas para o português. Não entendo nada de alemão e de teoria literária, mas penso que se o original é escrito em uma linguagem mais complexa, a tradução deve seguir o mesmo padrão, não? A menos que o interesse seja apenas no conteúdo, no enredo, e não na forma.

A propósito, o Agostinho D'Ornellas, na sua tradução da segunda parte do Fausto (que é mais difícil que a primeira), admite que ficou bem decepcionado com o resultado final: "Contrista-me a consciência do quão vasta foi a minha aspiração e quão débil foi o resultado conseguido, magoa-me o sentimento de que em vão forcejei por elevar-me às inacessíveis alturas onde campeia o Titã cuja obra colossal pretendi revelar ao meu país".

Ademais, também não gosto quando complicam ainda mais que o original. Lembro de Paraíso Perdido, que acho mais fácil de ler no original em inglês do que nas traduções para o português...
 
Última edição:
Tô com a edição bilíngue da 34.
Meu alemão não é bom o suficiente pra ler no original, mas posso ao menos pegar o ritmo e as rimas, fuçar umas curiosidades, e treinar um pouco. Acho um bônus interessante pra ser feito concomitante à leitura da tradução.

O vocabulário do Goethe é difícil sim, só quis pontuar que quanto às inversões sintáticas, que em português afloram, seja em traduções, seja em obras originais, não é típico das obras alemãs. Não quer dizer que o texto seja fácil, mas é um elemento complicante a menos.
 

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