Ainda sobre a rigidez do idioma, estou lendo Schopenhauer e ele critica, entre várias outras coisas, a inversão da posição dos verbos em uma frase. Então sim, há quem inverta, embora os puristas da língua se descabelem, e considerem um erro, como é o caso do velho Schop.
No exemplo que ele dá a inversão é entre verbos. Um verbo que deveria estar no final da frase está no começo e o verbo do começo foi pro fim. Nesse caso, não há um verbo trocando de posição com um substantivo, por exemplo. Então é um inversão, mas continua sendo rígida.
Infelizmente no livro só aparece esse exemplo. Não sei se ele comenta outros tipos de inversão. Na edição que estou lendo o tradutor optou por omitir os demais, justificando que a tradução para o português não faria sentido, uma vez que são peculiaridades da gramática alemã cujos equivalentes inexistem no nosso idioma.
Mas Schopenhauer elogia Goethe (várias vezes). Então não devemos esperar inversões sintáticas não permitidas pela norma padrão alemã no texto original dele.