Era hoje que começava a leitura?
Nem peguei no livro ainda. Espero não ser o único. Vou me esforçar pra corrigir.
Nem peguei no livro ainda. Espero não ser o único. Vou me esforçar pra corrigir.
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Atenção, essa obra contém versos com inequívoca conotação erótica. Carolas, afastai-vos. Nem todos têm a decência e a pureza do excelso Tolkien. Mas, como nem só de Tolkien vive o fórum (perdoai-nos, ó Pai), rebaixemo-nos a esses autores menores que se permitem explorar em suas obras a imundície na forma de pecados carnais.
Atenção, achei algumas enjambadas no texto. Mas não se desespere, são bem poucas e, em sua maioria, estão presentes apenas na tradução. No original mesmo, é uma raridade.
Atenção, os comentários a seguir contém spoilers.
Porra, todas lá são dele. Mas vou na raça.Tô com a tradução de Feliciano de Castilho aqui. Alguma contraindicação, considerando que é a primeira leitura? Acho que tem outras no Unlimited.
Não sei se para esse heterônimo pesou a influência do Fausto, mas o Pessoa sem dúvida era bem versado no assunto:Esse ar bucólico, junto ao desprezo da erudição, me remete a Alberto Caeiro. Nunca li nada a respeito, mas fiquei imaginando se Fernando Pessoa não bebeu de Fausto para a composição desse heterônimo.
Em seus últimos anos de vida António se dedicou à tradução. Traduziu Virgílio, Ovídio, Anacreonte, Cervantes, Shakespeare, Goethe... Estes últimos de forma controversa pois Castilho não conhecia nem inglês nem alemão. Sua tradução do Fausto, feita a partir de uma edição francesa e de uma tradução literal feita por seu irmão José mais um amigo, Laemmert, deu ensejo ao que se chama hoje de "Questão faustiana". Castilho bateu a mão na mesa e defendeu em especial a questão do humor: o que fazia rir em Berlim não era o que fazia rir em Portugal. Daí que pra ele a tradução devia ser uma "transsubstanciação", um termo que Castilho usou tendo em mente as conotações sacras. Mas um germanófilo denominado Joaquim de Vasconcelos, esposo de Carolina Michaëlis (a grande estudiosa do trovadorismo português), chegou a denominar a versão de Castilho de um aborto nacional. Em outros momentos da polêmica, que aos poucos foi se estendendo e atingindo mais gente, Joaquim de Vasconcelos diz de maneira um tanto quanto explícita que a alegada mediocridade das traduções em pauta se davam graças a uma inferioridade frente ao povo alemão. E se Castilho se valera do termo "transsubstanciação" pra se referir a sua tradução, Joaquim de Vasconcelos dizia com todas as letras: aquilo era uma profanação, isso sim.