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Clube de Leitura 9º Livro - As Relações Perigosas, de Pierre Choderlos de Laclos

Comecei a ler, estou na 8ª carta ainda e parece promissor o livro.
Está ocorrendo as formações do caratér das personagens e já vemos quem é inocente e quem é malandro, rsrs.

Li no prefácio do meu livro que o filme Segundas Intenções (http://www.imdb.com/title/tt0139134/) foi baseado neste romance adaptado para a bela NY atual. Fica como sugestão então para ver o filme após a leitura!
 
Comecei a ler, estou na 8ª carta ainda e parece promissor o livro.
Está ocorrendo as formações do caratér das personagens e já vemos quem é inocente e quem é malandro, rsrs.

Li no prefácio do meu livro que o filme Segundas Intenções (http://www.imdb.com/title/tt0139134/) foi baseado neste romance adaptado para a bela NY atual. Fica como sugestão então para ver o filme após a leitura!
nhaim... esse filme é óóóóóótemo!!! :hihihi:
 
É o título que o livro recebeu no Brasil, Nessa.
Pelo menos na edição que eu tenho.
Acho que a maioria das traduções daqui ficou como "relações" e vez de "ligações". =/

O arquivo de word que a @*Erendis* me passo (desde ja a agradeço) aparece assim...

capa as relaçoes perigosas.webp



Começado a Analise; Sejamos sinceros que é deveras uma bom livro, a principio achei ele meio chato, e cansativo, achei ate que não conseguiria ler as 26 cartas a tempo, mas quando comecei a ler vi que parei na carta X! O livro tem uma linguagem muuuito formal e cordial, e possui muitas palavras da qual desconheço, pra mim a apresentação das personagens não parece muito clara a historia so começa a fazer sentido (pra mim) depois da carta n° 10! As cartas da Marquesa e do Visconde são as mais longas, e as que mais fazem uso da mesóclise! De certo o nosso portugues deveria ser deste modo, bem correto mesmo, outro fator que me chama a atenção é o fato de se passar no seculo passado (17**) no tempo das luzes, onde as pessoas eram mais "honestas"! Mas a personagem que mais gostei foi de Cecilia de Volanges, as cartas delas são de facil compreensão, antes como disse o livro no começo não atrai muito a atenção do leitor (minha humilde opinião) mas agora lendo todas as 26 cartas, é que o drama começo e o livro tornou-se interessante para mim, gostei! quero ver como a Cecilia vai terminar :dente: gostei do fato de ser em Paris, e me pergunto se Sofia nunca vai responder ¬¬ e acho que o Danciny é ou pode ser o suposto cavaleiro que "alegra" a Marquesa na ausência do Visconde :think: e ate agora não vejo a Presidente apaixonada! Alguém vê??

Perdoem minha ignorância, mas a certas coisas que gostaria que fosse esclarecidas, mais a respeitos das palavras, como cercanias, réprobo e panegírico, etc... e de modos, aos finais da cartas usa-se tenho a honra de ser, ect..., que habito ou gesto seria este no final das cartas!? Outra coisa interessante pra mim é que eu tinha o conhecimento da palavra "Mademoiselle" mais não sabia sua escrita! #burra

P.S. Chame-me agora de Mademoiselle :amor:
 
Li no prefácio do meu livro que o filme Segundas Intenções (http://www.imdb.com/title/tt0139134/) foi baseado neste romance adaptado para a bela NY atual. Fica como sugestão então para ver o filme após a leitura!
e' 1 dos meus filmes favoritos, e considerado pela critica uma excelente adaptaçao do livro. assim, contem comigo (mesmo atrasadito) nos proximos comentarios (e espero q os proximos com acentos).
 
meu livro chegou ontem, mas eu não tô conseguindo largar o Outlander pra ler aquele :oops:
essa semana ainda estarei atrasada portanto, mas pretendo me colocar em dia pra semana que vem! aí volto aqui pra comentar alguma coisa!
 
eu to amando, e quase não consiguia parar de ler...até que meu celular não aceitou o formato do livro que eu tava lendo e parou bem na carta XXVII!!!!!!!!
 
esse livro não sei não... tá me cansando... muita enrolação, muitas cartas, pouca ação. :disgusti:
 
esse livro não sei não... tá me cansando... muita enrolação, muitas cartas, pouca ação. :disgusti:

Estou na carta XXXV e creio que o livro não vai fugir muito disso não, me parece que vai ficar girando apenas em torno das intrigas . Mas por incrível que pareça estou gostando, muito por sinal !
 
eu acho que é um livro com senso de humor sutil. ele é uma sátira vestida de drama/romance, talvez por isso pareça cansativo. lembrando: ele procura cutucar os falsos moralistas daquele tempo. seria um tipo de "cautionary tale" não fosse o fato de que o autor escreveu assim para zoar com essa galera. e olha, tem coisa que permaneceria até os dias de hoje (não à toa a versão teen segundas intenções* agrade tanta gente): a ideia de virgindade como algo que fale sobre a índole da moça, a mulher que tem que fazer tudo às escondidas para não ter "fama" de galinha, aliás, o próprio conceito de "fama" de galinha, etc. coisa que continua por aí mesmo nos nossos dias. só que o livro foi escrito no século XVIII. pans.

e caramba, adoro as provocações da marquesa e do valmont, adoro. tanto que acabei de ler a assinatura da @Nessä Nólatáry e vim correndo aqui no tópico para comentar. é uma relação daquelas em que é óbvio que um é completamente louco pelo outro, mas não dão o braço a torcer porque para eles relações são sempre jogos.


______________
* segundas intenções é massa, tem uma trilha sonora massa, e meu avatar é uma cena desse filme, etc. mas sugiro fortemente assistir primeiro à adaptação do stephen frears com a glenn close e o john malkovich. os dois estão perfeitos no papel. até porque segundas intenções é uma adaptação mais livre, não só por colocar a história nos dias de hoje, mas mais alguns detalhes que não vou comentar aqui porque é melhor que vocês tenham lido todas as cartas antes hehehe
 
Consegui o meu só ontem, mas já li a parte da primeira semana. Vou para a segunda. Algumas considerações:

1. Interessante a abertura com uma citação de Rousseau e a contraposição Paris x interior, ou também o "mundo/alta sociedade" (le monde) x interior. Me lembra que Rousseau via justamente na civilização a fonte da "corrupção" do homem que nascia bom. E Cecília foi justamente para Paris, o "centro da Civilização" e, logo, a cidade mais corrompida do mundo, nessa lógica (o que leva a pensar que a escolha de Nova Iorque para o filme Segundas Intenções faça sentido).

Há o calculismo/esquemas x inocência/autenticidade de Valmont/Merteuil x Cecília/sua mãe/Presidenta. Parece que o maior pecado para Valmont/Merteuil é não ser calculista. Enfim, eles são "civilizados" e horríveis. Há outras relações com a Nova Heloísa e com Rousseau, acho. Como a ideia de seguir seus princípios mesmo contra a sociedade, que na Nova Heloísa seriam bons, e em Valmont, não são. Por isso não sei se é tanto uma sátira dos moralistas. A ver.

2. Lembrei de Madame Bovary nesse começo. A história de Emma e de Cecília (mas também da Presidenta) é bem próxima. Tiveram uma educação exclusivamente religiosa e saíram do convento para casar, e para uma vida de tédio, sem saber nada da vida (A @Clara V. deve estar com pena da Cecília, só para ficar com raiva depois. =P) Danceny é o Léon de Cecília. Parece que os franceses eram meio obcecados com a carolice das mulheres que recebiam educação da Igreja, já que Flaubert ainda esculhambava isso 1 século depois.

3. Há bastante teatralidade em Valmont e Merteuil, como na cena em que ela fica estudando livros como se fossem roteiros e quando (supostamente) se veste de serviçal e depois se transforma em harém(?) para o C. de Belleroche. E na esmola que ele dá para parecer caridoso, arrependido, bom etc. Aliás, tudo naquela carta pode ser falso, só para provocar Valmont. E o fato de ele se sentir provocado/enciumado também parece bem falso. haha

4. Vemos as corrupções simultâneas de Cecília e da Presidenta. De um lado um estudante (ainda) inocente, do outro o visconde já corrupto Valmont. É como se um fosse o espelho do outro no futuro e no passado.


pergunto se Sofia nunca vai responder ¬¬
Acho que agora sabemos que não. O organizador das cartas disse em alguma nota que "tirou" as cartas dela do conjunto para não ficar muito grande, mas dá para imaginar as respostas.

e acho que o Danciny é ou pode ser o suposto cavaleiro que "alegra" a Marquesa na ausência do Visconde :think: e ate agora não vejo a Presidente apaixonada! Alguém vê??
O interessante naquela carta é que tudo pode ser mentira, inventado pela marquesa. Mas se fosse verdade, acho que não seria o Danceny, não. Ah! Também não vi ela apaixonada não. Por outro lado, ela não deveria nem ter lido a carta de Valmont se não tivesse interesse...

aos finais da cartas usa-se tenho a honra de ser, ect..., que habito ou gesto seria este no final das cartas!?
Acho que era uma fórmula comum de fechamento das correspondências. Ela completa seria algo como "Tenho a honra de ser, Senhor/Senhora vosso mui humilde e mui obediente servo". Tanto era uma fórmula que ninguém nem ligava para o resto e só usava o etc. Mesmo em português acho que chegou a haver isso. E parece que era usada de alguém mais novo para alguém mais velho, ou de um inferior para um superior, estando relacionado então com a hierarquia social e o poder político, religioso, familiar... Depois a Revolução Francesa até quis substituir isso por "Saudações fraternas", igualando todo mundo, mas não "pegou". Acho que quem fala sobre isso é Robert Darnton, mas não lembro onde (em O beijo de Lamourette?)
 
Última edição:
Uma simples dúvida: Por que "Presidente"?? ainda não entendi este título dado a ela.
 
Agora que você falou... Tinha pensado que era por ser presidente de algum salão literário, mas não há nenhuma menção a isso no livro. Agora dei uma pesquisada e acho que é porque ela é mulher de um juiz, que era (e ainda é) chamado de presidente do tribunal na época. A gente fica sabendo disso na 4º carta quando Valmont diz que o marido dela foi para a Borgonha por causa de um processo.
 
Última edição:
1. Interessante a abertura com uma citação de Rousseau e a contraposição Paris x interior, ou também o "mundo/alta sociedade" (le monde) x interior. Me lembra que Rousseau via justamente na civilização a fonte da "corrupção" do homem que nascia bom. E Cecília foi justamente para Paris, o "centro da Civilização" e, logo, a cidade mais corrompida do mundo, nessa lógica (o que leva a pensar que a escolha de Nova Iorque para o filme Segundas Intenções faça sentido).
nota do editor sobre a citação de rousseau, na minha edição:
"laclos enganou-se. esses dois versos encerram a épître dédicatoire à m. le dauphin, das fables de la fontaine; mas o texto exato do primeiro verso é: 'e, se não alcançar o prêmio de agradar-te'."

e olha só oq achei naz internetz: http://www.wdl.org/pt/item/5022/

manuscrito d laclos do livro. tá em francês, claro, mas é legal ver a letra cursiva do carinha e os rabiscos q ele fazia. acho q dá até p identificar algumas cartas.

pierre.webp
 
Última edição:
nota do editor sobre a citação de rousseau, na minha edição:
"laclos enganou-se. esses dois versos encerram a épître dédicatoire à m. le dauphin, das fables de la fontaine; mas o texto exato do primeiro verso é: 'e, se não alcançar o prêmio de agradar-te'."
Essa nota é sobre a citação do Valmont na carta 4, não? Ali são os dois últimos versos da dedicatória de La Fontaine. Eu falava da epígrafe do livro que diz "Vi os costumes de meu tempo e publiquei estas cartas" que é do prefácio da Nova Heloísa logo no começo. O parágrafo todo é assim (o prefácio é bem interessante):

"É preciso que haja espetáculos na grandes cidades, e romances para os povos corrompidos. Eu vi os costumes do meu tempo e publiquei estas cartas. Quem dera eu tivesse vivido em um século em que devesse tê-las jogado ao fogo!"

e olha só oq achei naz internetz: http://www.wdl.org/pt/item/5022/

manuscrito d laclos do livro. tá em francês, claro, mas é legal ver a letra cursiva do carinha e os rabiscos q ele fazia. acho q dá até p identificar algumas cartas.
Meu Deus que letra horrível e pequena. Que pena de quem teve que decifrar isso e fazer a tipografia... (aliás, o livro propriamente começa na p. 77 ou 87 tirando o prefácio etc).
 
Última edição:
Uma simples dúvida: Por que "Presidente"?? ainda não entendi este título dado a ela.

Segundo a "nota do tradutor" da minha edição, na França a esposa era designada pelo mesmo título do marido, por isso temos "presidenta" e intendenta". :yep:

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Confesso que não sou muito fã de histórias assim, cheias de gente "naja" e que evidentemente não terminará bem.
Mas acho que esse livro meio que assanha nosso lado bisbilhoteiro, o mesmo que faz com que a gente pare pra ouvir fofocas no trabalho, leia colunas de mexericos e ao menos acompanhe os acontecimentos do mais recente "reality show" em cartaz.

Não sei dizer, caso essa história tivesse sido escrita de outra forma que não através de cartas, se eu a acompanharia com tanto interesse, dado o teor do drama.
O sentimento de estar lendo cartas reais é tão forte que na leitura da carta em que a marquesa narra o encontro dela com o amante olhei pros lados, sem graça, pra ver se alguém estava lendo o mesmo que eu. :dente:
E que espértchinho esse Pierre de Laclos, fingindo que as cartas são verdadeiras e ele só trocou os nomes, hein?
Sabia o que estava fazendo, o safado. :lol:

Minha edição tem um introdução na qual se explica muita coisa, mas que não li inteira porque está repleta de spoilers. =/
Talvez o lugar certo pra ela fosse no fim do livro, mas enfim, já soube que:
o visconde de Valmont e a duquesa de Merteuil se desentendem ao longo da história e Valmont morre no final
.

Mas, como já disse, parei de ler logo no começo então estou em dúvida quanto ao caráter do cavalheiro Danceny e da presidenta de Tourvel, além de rir com as narrativas do Valmont (sim, eu acho graça nas "mentiras sinceras" dele e nas "safadezas honestas" que ele pratica. :oops: )
E sim, @-Jorge- , fiquei com pena da Cécile por algumas páginas, mas agora ela já está me dando nos nervos com tanta futilidade. :lol:
Ela é muito sonsa, mesmo pra uma menina de 15 anos educada num convento.
Vai cair direitinho nas garras da duquesa de Merteuil.
Também, com uma mãe relapsa daquelas.
Por falar nisso, será que o Valmont-galinhão já pegou a mãe da Cécile, a sra. de Volanges? :pipoca:
 
Última edição:
Já estou perto de terminar a segunda parte do livro e o que achei interessante até agora é a trama que vai sendo engendrada pelos personagens principais para obter êxito em seus planos maquiavélicos.

É ainda de se notar que tanto a Marquesa de Merteuil, como o Visconde de Valmont , tem imensa dificuldade em lidar com frustrações, daí a intensa luta para obter sucesso em seus empreendimentos de conquistas.

Por outro lado, observa-se que Valmont acha que o valor de um homem se mede pelo número de mulheres que consegue seduzir e, posteriormente, destruir. Assim, para ele, uma vitória reside no fato da mulher estar disposta a perder o seu respeito social em troca de uma grande paixão.
 
esse livro não sei não... tá me cansando... muita enrolação, muitas cartas, pouca ação. :disgusti:

só um update, agora que já avancei um pouco mais, mais de 51% no Kindle, ando gostando bastante do livro. A Marquesa de Merteuil e o Visconde de Valmont são geniais!
 
agora q me resta poucas cartas p ficar em dia com a leitura, sugiro algumas discussões q me pareceram pertinentes à temática do livro:
  1. o visconde e a marquesa já foram amantes. ponto. quem chutou quem aí? n se revela nada diretamente, mas pelo tom das cartas acho q ela entrou com o pé e ele com a bunda.

  2. eu tenho uma teoria nos relacionamentos amorosos q aplico com sucesso há décadas: toda mulher merece ter na sua vida 1 homem cafajeste, sem-vergonha, safado p trazer + emoção, cor e aventura. saliento q n se trata d uma teoria machista, nelson rodrigues a aplicou com sucesso aos homens tb. o visconde parece precisar da marquesa. a presidente d tourvel já dá indícios q começa a ceder ao visconde. é o velho ditado "quem n dá assistência abre a concorrência". mas aí peço auxílio às leitoras mulheres do livro e do fórum. oq as atrai tto nos homens q n prestam? é a pegada q é + excitante? é experimentar algo novo, proibido, indecente? ou é o simples desejo d ser enganada? sei q mtas vezes a mulher sabe q o homem engana, q mente, e mesmo assim continua com o safado. é d se pensar q o sofrimento tb traz a sua dose d prazer.

  3. n consigo evitar em pensar uma versão do livro escrita com msgs eletrônicas, emails, whatsapp, sms...

  4. é legal tb verificar a questão da confidência d cada 1 nas cartas. o ser humano precisa d confidentes, como uma forma d confessar e até justificar os seus pecados. mas o grau d confidência q 1 tem com o outro nem sempre é o mesmo qdo é o inverso. por exe.: a sra. d volanges parece contar + coisas à presidente d tourvel q o inverso. na vida real tb nos confidenciamos + com uns q com outros, e o pulo do gato é saber q aquele com quem nos abrimos nem sempre se abrirá igualmente conosco. o confidente preferido pode ser outro. e assim, maria contava tudo pra josé, q contava tudo p joão, q contava tudo p tereza... inclusive as confidências dos outros, q passaram a ser, d certa forma, internalizadas como experiências deles mesmos.
 
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