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Conflito Rússia e Ucrânia


"Vladimir Putin traçou agora uma linha vermelha, um limite. Disse que a Aliança Militar do Ocidente, a Otan, não pode liberar o uso de mísseis de longo alcance em operações da Ucrânia dentro do território russo. Caso contrário, disse Putin, a decisão será vista como um envolvimento direto da Europa e dos Estados Unidos na guerra, e o conflito vai mudar de natureza. O presidente disse que, em resposta, a Rússia tomaria as medidas apropriadas."




Eis um conflito que parece cada vez mais distante de se resolver.
 
Se depois de um mês essa mordidinha ucraniana em Kursk ainda consegue manter tropas russas ocupadas ainda é uma questão em aberto. A surpresa inicial foi muito boa e deu um ar extra para a defesa das outras regiões ocupadas, mas o custo aumentou agora que a Rússia começou a se reorganizar por lá (e eles podem se dar ao luxo de queimar soldados nisso). Essa matéria da CNN (mirror, mirror) traz um sumário das movimentações de hoje.

A boa notícia é que só a possibilidade de autorização para uso de armas ocidentais contra alvos dentro da Rússia já anda fazendo algum efeito, esse tweet com fotos de satélite (o link é uma instância do Nitter, se não funcionar dá para trocar por outra) mostra a navios sendo evacuados de Novorossiysk, que fica bem longe da Crimeia mas ainda dentro do alcance desses mísseis.
 
A eleição presidencial dos EUA pode ser um divisor de águas crucial nessa guerra, pois se der Trump o aporte financeiro deles pode cair drasticamente.
 
Se depois de um mês essa mordidinha ucraniana em Kursk ainda consegue manter tropas russas ocupadas ainda é uma questão em aberto. A surpresa inicial foi muito boa e deu um ar extra para a defesa das outras regiões ocupadas, mas o custo aumentou agora que a Rússia começou a se reorganizar por lá (e eles podem se dar ao luxo de queimar soldados nisso). Essa matéria da CNN (mirror, mirror) traz um sumário das movimentações de hoje.

A boa notícia é que só a possibilidade de autorização para uso de armas ocidentais contra alvos dentro da Rússia já anda fazendo algum efeito, esse tweet com fotos de satélite (o link é uma instância do Nitter, se não funcionar dá para trocar por outra) mostra a navios sendo evacuados de Novorossiysk, que fica bem longe da Crimeia mas ainda dentro do alcance desses mísseis.
Vou até trazer para cá este mapa, eu achei bem interessante.

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Eu achava que o avanço ucraniano fosse bem maior, mas ainda é uma parcela bem pequena em relação ao conquistado pela Rússia. As armas ocidentais fornecidas pelo países como EUA e Grã Bretanha, mísseis de longo alcance, podem dar uma boa virada na situação, mas estão impedidas de atacarem território russo, sendo utilizadas apenas para defesa. Este é o medo de Putim e seu receio do ocidente entrar na guerra de vez.
 
Eu achava que o avanço ucraniano fosse bem maior, mas ainda é uma parcela bem pequena em relação ao conquistado pela Rússia.
As vezes o que importa mais nem é tanto o tamanho do território e sim se há algo bem estratégico nele como por exemplo um oleoduto ou uma usina nuclear importante que impacte no fornecimento de energia em partes importantes do país. A Ucrânia está buscando de alguma forma ter uma moeda de troca.

Só que existe um preço alto a se pagar, porque ao que parece não é do interesse (pelo menos agora), dos países aliados da Ucrânia querer financiar esse tipo de invasão e sim somente ajuda-la a se defender dentro do seu território, senão ela pode facilmente vir a perder essa ajuda e sem ela acabará sendo facilmente derrotada.
 
A eleição presidencial dos EUA pode ser um divisor de águas crucial nessa guerra, pois se der Trump o aporte financeiro deles pode cair drasticamente.

Não é nem questão de reduzir, a ajuda vai ser eliminada mesmo. Tem uns dias que JD Vance, o candidato a vice do Trump, fez uns comentários sobre os planos deles para a Ucrânia a um programa de entrevistas esquisitão no YT e eles são basicamente uma rendição. Tem detalhes nessa matéria de sexta-feira no New York Times (mirror, mirror), mas em resumo a proposta deles é que a Ucrânia ceda os territórios já ocupados, não ascenda à OTAN ou a "instituições aliadas" (pode ter sido uma referência à União Europeia, não entendi direito). Isso sequer deixa uma garantia forte de que a Rússia não invada novamente. Uma outra matéria na Politico (mirror, mirror) também cita por cima a ausência de qualquer indenização para a reconstrução da Ucrânia e afirma que a reconstrução seria financiada "pelos alemães e outros países".

É um plano perfeito para o Putin e bem alinhado com aquela piada de mau-gosto sugerida pelo Lula que tomou um puxão de orelha bem merecido (mirror, mirror) do Zelensky na quinta-feira, btw.

E claro que isso não limita o corte da ajuda em armas, tem a questão das informações e inteligência que os EUA andam fornecendo há tempos. Não acho que tem outras formas de a Ucrânia conseguir imagens de satélite com as últimas movimentações de tropas e material, por ex., e duvido que a rede de espionagem própria deles dentro da Rússia seja muito efetiva.


Eu achava que o avanço ucraniano fosse bem maior, mas ainda é uma parcela bem pequena em relação ao conquistado pela Rússia. As armas ocidentais fornecidas pelo países como EUA e Grã Bretanha, mísseis de longo alcance, podem dar uma boa virada na situação, mas estão impedidas de atacarem território russo, sendo utilizadas apenas para defesa. Este é o medo de Putim e seu receio do ocidente entrar na guerra de vez.

É bem pequeno mesmo, eu interpreto só como uma forma de forçar a Rússia a desviar recursos para lá ou com uma forma de tornar politicamente inviável para Moscou propor um armistício que congele o estado do front sem se comprometer.
 
Isto tem um perigo de escalar. Vale lembrar que a Rússia e a Coréia do Norte acabaram de assinar um tratado de mútua proteção. Atacar a Rússia, estaria atacando a Coréia do Norte junto. Dá até um receio de isto escalar para um nível absurdo de mísseis potentes sendo disparados.
 

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