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Eleições de 2022

Em quem você vai votar no segundo turno?

  • Lula

    Votos: 28 90,3%
  • Bolsonaro

    Votos: 3 9,7%

  • Total de votantes
    31
  • Votação encerrada .
Status
Fechado para novas mensagens.
Vocês têm muita paciência, gente. Parabéns.
Se você dará aula para o ensino fundamental II (eu jurava que você, como o Cassiano, era professor universitário), também terá. É daí pra pior. :rofl: :rofl: :rofl:

P.S.: Tenho paciência com meus alunos, por isso não sobra nada para eu lidar com o Gerbz.​
 
Se você dará aula para o ensino fundamental II (eu jurava que você, como o Cassiano, era professor universitário), também terá. É daí pra pior. :rofl: :rofl: :rofl:

P.S.: Tenho paciência com meus alunos, por isso não sobra nada para eu lidar com o Gerbz.​
Meu vinculo universitário acabou, e estou cada vez com menos vontade de voltar. Pesquisa é algo que tem me brochado quase mais que o Bolsonaro.

Sobre as crianças, vou ver como vai ser. Será um teste. Mas creio que com uma boa dose de piroquinhas de borracha pra mamar e ensinando-os desde cedo a entoar o hino da Internacional Socialista, não precisarei lidar com nenhum fascistinha persistente. Isso me basta.

Que venha a doutrinação. 2023 está logo aí.
ussr GIF
 
Sobre as crianças, vou ver como vai ser. Será um teste. Mas creio que com uma boa dose de piroquinhas de borracha pra mamar e ensinando-os desde cedo a entoar o hino da Internacional Socialista, não precisarei lidar com nenhum fascistinha persistente. Isso me basta.
National Coffee Day GIF
 
Tá, mas já pesquisaram seus senadores e deputados?
Ficou bem claro nos ultimos anos quem realmente manda nessa birosca.

Presidente é puramente bronha ideológica e bode expiatório pra tu bloquear aquele parente ou coleguinha que vc já não tanka mais. :dente:
 
Presidente serve só pra brigar com coleguinha msm! Enquanto isso centrão continua sendo eleito e mandando no país!
Procurem votar em senadores de direita tbm amiguinhos, deputados idem! Vamos endireitar o país

Ps: sou canhoto
 
Vem comunismo, vem!

Não vejo a hora de receber, sem trabalhar, uma bolada todo mês paga com os impostos desses trouxas bolsominions.
No nosso regime vermelho só haverá uma rede de lojas permitida no país, onde toda a população poderá comprar aquilo que for liberado de acordo com nossa ideologia. Nada de produtos capitalistas.
Será loja da nossa querida companheira filha da Dilma, aquela loja com nome em homenagem à capital de Cuba, sabem?

Viva o comunismo, viva!
 
Eu já bloqueei o Gerbur. Ruim é que boa parte do tópico fica sem sentido, mas pelo menos não tenho meus olhos agredidos por esse festival de merda que parece que tá rolando aí.
 

Imaginem o quão sagaz ele deve ter se achado por filmar e divulgar isso aí.

O lixo se chama Cassio Joel Cenali, é empresário do ramo da agropecuária, responde vários processos, entre eles, por ter recebido o auxílio emergencial indevidamente e por não pagar impostos, em seu perfil consta o inevitável "Deus acima de tudo, Brasil acima de todos".
Ou seja, para surpresa de zero pessoas, trata-se de bolsocorno raiz.
(E notem que o escroto fez vídeo em que se diz arrependido por ter filmado a diarista, mas não por ter feito o que fez com ela.)

'Deus transformou o mal que ele fez em bênção', afirma diarista humilhada por bolsonarista

A diarista Ilza Ramos Rodrigues, 52, diz que entrou em desespero quando viu seu rosto em um vídeo que circulava nas redes sociais. Nele, um apoiador de Jair Bolsonaro (PL) tentou humilhá-la se negando a fornecer marmitas após descobrir a sua intenção de voto.

Ocorrido na semana passada na cidade de Itapeva, no interior de São Paulo, o episódio viralizou no sábado (10) depois de ser divulgado pelo portal Jornalistas Livres.

"Ela é Lula [PT]. A partir de hoje não tem mais marmita", disse o empresário Cassio Cenali, gravando a cena. "A senhora peça para o Lula agora, beleza?", continuou.

"Fiquei sem ação. O jeito que ele falou mexeu com a minha mente, não é brincadeira. O que ele fez foi me humilhar. Só porque ele tem dinheiro, tem o carrinho dele, ele quis me humilhar com essa ação. Eu não posso nem ver [o vídeo]", diz Ilza à coluna, encobrindo seus olhos com as mãos. "Mexeu muito no meu psicológico."

Ilza afirma que começou a receber as marmitas durante a pandemia de Covid-19. Elas eram enviadas por um senhor para o qual prestava serviços de faxina, morto recentemente. "Não tinha nada de eleição, era o coração dele", conta. Desde então, as quentinhas passaram a ser levadas até a sua casa pelo empresário Cassio Cenali, a quem ela diz mal conhecer.

"Ele trazia [as refeições] todas as quartas. Ficava para mim e dava para duas famílias. Esse homem que eu não esperava, eu nem sabia o nome dele, entregava e ia embora. Até que na semana passada ele mandou eu segurar a caixa com a mão: ‘Dona Ilza, vou gravar’", diz.

"Pensei que ele ia gravar para uma ONG, até falei: ‘Nossa, moço, tô tão mal arrumada’. ‘Mas não tem problema’ [respondeu o empresário]. Na hora ali, ele começou: ‘É Bolsonaro’. Fiquei com a caixa na mão. E ele gravando, na minha cara", continua.

Ela conta que temeu ser exposta desde o momento em que foi abordada pelo apoiador do presidente da República. "Fiquei desesperada, fiquei nervosa. Liguei para a minha irmã: ‘Você não sabe o que aconteceu. Ele vai pôr a minha imagem no Face, vão tirar sarro de mim’."

Num primeiro momento, a diarista acabou sendo tranquilizada por familiares. Uma delas era a balconista Rosana Ramos Rodrigues, sua irmã. "Achei que ele não ia fazer isso porque ia dar ruim. As pessoas não iam gostar, ele estava negando alimento para o mais humilde", afirma.

Após o vídeo viralizar, a identidade de Ilza Ramos Rodrigues veio à tona por meio da página Iconografia da História, que acumula 163 mil seguidores no Instagram. Seu criador, o cientista social Joel Paviotti, publicou uma foto dela e de parte de um documento comprovando a sua identidade. Na legenda, escreveu: "Encontramos!"

"Quando tive acesso ao vídeo do homem constrangendo aquela pobre senhora, coloquei o canal à disposição de algum familiar, e a Ayume apareceu. Pedimos uma verificação, ela mandou foto da tia e da documentação dela, permitiu a divulgação e colocamos dona Ilza no ar. A publicação gerou uma grande corrente do bem", diz o cientista social à coluna.

Paviotti foi procurado por Ayume Ramos, sobrinha da diarista, que seguia a página e viu o vídeo de sua tia. Após se identificar nos comentários e passar o pix de Ilza, atendendo a pedidos, ela afirma ter se tornado alvo de ataques e ameaças. "Teve gente falando que era golpe, que eu ia para a cadeia. Entrei em desespero."

Neste domingo (11), o empresário Cassio Cenali foi às redes sociais para se retratar. "Estou aqui para pedir desculpa pela infelicidade de ter feito esse vídeo. Estou muito arrependido", afirmou.
(...)
Ilza, no entanto, afirma que não recebeu um pedido de desculpas do empresário pessoalmente até a publicação deste texto.

A diarista conta que tenta digerir todos os acontecimentos das últimas 24 horas. "Estou paralisada", diz. "Mas Deus é tão bom que, o mal que ele fez, Deus transformou em bênção. Tanta gente no mundo inteiro que está vendo e me dando carinho."

A onda de solidariedade prestada a ela incluiu manifestações de políticos e figuras públicas, incluindo Lula. "A fome é culpa da falta de compromisso de quem governa o país. Negar ajuda para alguém que passa dificuldades por divergência política é falta de humanidade. Minha solidariedade com essa senhora e sua família", afirmou o ex-presidente pelo Twitter.

Já o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) se comprometeu a fornecer mantimentos para Ilza por seis meses, como mostrou o Painel.
Após mostrar à coluna, por vídeo, os alimentos recebidos neste domingo e acomodados em sua cozinha, a diarista abre um sorriso largo. "Hoje mesmo eu não tinha o que comer", explica.

"A gente passa necessidade, não vou falar que não passa. Mas não estou querendo dar de coitada. Eu ganho as coisas das pessoas, mas faço faxina. Tem várias vezes que eu trabalho a troco de cesta básica. Eu gosto do meu serviço, então faço isso."

Questionada se pretende repensar seu voto no ex-presidente Lula após o episódio com o empresário, ela abre outro sorriso largo. "Se eu vou deixar? Não, eu vou votar nele!", diz, rindo. E comemora o fato de o petista ter prestado solidariedade a ela. "Menina, eu queria tanto falar com ele", afirma Ilza à reportagem. "Se eu pudesse, até abraçava", emenda, gargalhando.
 
É o tipo de escória mais nojenta que existe no Brasil. Sempre. Sempre. Sempre são bolsonaristas.

Esse tipo de notícia acaba comigo.
 
O lixo se chama Cassio Joel Cenali, é empresário do ramo da agropecuária, responde vários processos, entre eles, por ter recebido o auxílio emergencial indevidamente e por não pagar impostos, em seu perfil consta o inevitável "Deus acima de tudo, Brasil acima de todos".
Ou seja, para surpresa de zero pessoas, trata-se de bolsocorno raiz.
(E notem que o escroto fez vídeo em que se diz arrependido por ter filmado a diarista, mas não por ter feito o que fez com ela.)

'Deus transformou o mal que ele fez em bênção', afirma diarista humilhada por bolsonarista

A diarista Ilza Ramos Rodrigues, 52, diz que entrou em desespero quando viu seu rosto em um vídeo que circulava nas redes sociais. Nele, um apoiador de Jair Bolsonaro (PL) tentou humilhá-la se negando a fornecer marmitas após descobrir a sua intenção de voto.

Ocorrido na semana passada na cidade de Itapeva, no interior de São Paulo, o episódio viralizou no sábado (10) depois de ser divulgado pelo portal Jornalistas Livres.

"Ela é Lula [PT]. A partir de hoje não tem mais marmita", disse o empresário Cassio Cenali, gravando a cena. "A senhora peça para o Lula agora, beleza?", continuou.

"Fiquei sem ação. O jeito que ele falou mexeu com a minha mente, não é brincadeira. O que ele fez foi me humilhar. Só porque ele tem dinheiro, tem o carrinho dele, ele quis me humilhar com essa ação. Eu não posso nem ver [o vídeo]", diz Ilza à coluna, encobrindo seus olhos com as mãos. "Mexeu muito no meu psicológico."

Ilza afirma que começou a receber as marmitas durante a pandemia de Covid-19. Elas eram enviadas por um senhor para o qual prestava serviços de faxina, morto recentemente. "Não tinha nada de eleição, era o coração dele", conta. Desde então, as quentinhas passaram a ser levadas até a sua casa pelo empresário Cassio Cenali, a quem ela diz mal conhecer.

"Ele trazia [as refeições] todas as quartas. Ficava para mim e dava para duas famílias. Esse homem que eu não esperava, eu nem sabia o nome dele, entregava e ia embora. Até que na semana passada ele mandou eu segurar a caixa com a mão: ‘Dona Ilza, vou gravar’", diz.

"Pensei que ele ia gravar para uma ONG, até falei: ‘Nossa, moço, tô tão mal arrumada’. ‘Mas não tem problema’ [respondeu o empresário]. Na hora ali, ele começou: ‘É Bolsonaro’. Fiquei com a caixa na mão. E ele gravando, na minha cara", continua.

Ela conta que temeu ser exposta desde o momento em que foi abordada pelo apoiador do presidente da República. "Fiquei desesperada, fiquei nervosa. Liguei para a minha irmã: ‘Você não sabe o que aconteceu. Ele vai pôr a minha imagem no Face, vão tirar sarro de mim’."

Num primeiro momento, a diarista acabou sendo tranquilizada por familiares. Uma delas era a balconista Rosana Ramos Rodrigues, sua irmã. "Achei que ele não ia fazer isso porque ia dar ruim. As pessoas não iam gostar, ele estava negando alimento para o mais humilde", afirma.

Após o vídeo viralizar, a identidade de Ilza Ramos Rodrigues veio à tona por meio da página Iconografia da História, que acumula 163 mil seguidores no Instagram. Seu criador, o cientista social Joel Paviotti, publicou uma foto dela e de parte de um documento comprovando a sua identidade. Na legenda, escreveu: "Encontramos!"

"Quando tive acesso ao vídeo do homem constrangendo aquela pobre senhora, coloquei o canal à disposição de algum familiar, e a Ayume apareceu. Pedimos uma verificação, ela mandou foto da tia e da documentação dela, permitiu a divulgação e colocamos dona Ilza no ar. A publicação gerou uma grande corrente do bem", diz o cientista social à coluna.

Paviotti foi procurado por Ayume Ramos, sobrinha da diarista, que seguia a página e viu o vídeo de sua tia. Após se identificar nos comentários e passar o pix de Ilza, atendendo a pedidos, ela afirma ter se tornado alvo de ataques e ameaças. "Teve gente falando que era golpe, que eu ia para a cadeia. Entrei em desespero."

Neste domingo (11), o empresário Cassio Cenali foi às redes sociais para se retratar. "Estou aqui para pedir desculpa pela infelicidade de ter feito esse vídeo. Estou muito arrependido", afirmou.
(...)
Ilza, no entanto, afirma que não recebeu um pedido de desculpas do empresário pessoalmente até a publicação deste texto.

A diarista conta que tenta digerir todos os acontecimentos das últimas 24 horas. "Estou paralisada", diz. "Mas Deus é tão bom que, o mal que ele fez, Deus transformou em bênção. Tanta gente no mundo inteiro que está vendo e me dando carinho."

A onda de solidariedade prestada a ela incluiu manifestações de políticos e figuras públicas, incluindo Lula. "A fome é culpa da falta de compromisso de quem governa o país. Negar ajuda para alguém que passa dificuldades por divergência política é falta de humanidade. Minha solidariedade com essa senhora e sua família", afirmou o ex-presidente pelo Twitter.

Já o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) se comprometeu a fornecer mantimentos para Ilza por seis meses, como mostrou o Painel.
Após mostrar à coluna, por vídeo, os alimentos recebidos neste domingo e acomodados em sua cozinha, a diarista abre um sorriso largo. "Hoje mesmo eu não tinha o que comer", explica.

"A gente passa necessidade, não vou falar que não passa. Mas não estou querendo dar de coitada. Eu ganho as coisas das pessoas, mas faço faxina. Tem várias vezes que eu trabalho a troco de cesta básica. Eu gosto do meu serviço, então faço isso."

Questionada se pretende repensar seu voto no ex-presidente Lula após o episódio com o empresário, ela abre outro sorriso largo. "Se eu vou deixar? Não, eu vou votar nele!", diz, rindo. E comemora o fato de o petista ter prestado solidariedade a ela. "Menina, eu queria tanto falar com ele", afirma Ilza à reportagem. "Se eu pudesse, até abraçava", emenda, gargalhando.
Bom, hoje em dia nunca sabemos o que é fakenews e o que não é. Acho difícil que ele seja agropecuário e recebe auxílio emergencial indevidamente. Mas, tudo pode acontecer.

Um tempo atrás teve notícia que o filho do Willian Bonner estava pegando auxílio emergencial. Depois o Bonner disse que os dados do filho foram usados por outra pessoa então era uma fakenews.

Mas se esse caso dessa reportagem for real, esse Cássio está completamente errado. Nenhum bolsonarista defende esse tipo de conduta.

Ele não precisa pagar a marmita ou a cesta básica da moça, o que ele precisa é pagar pela faxina. Dar a marmita ele faz se ele pode/quer se está no coração dele.

Agora filmar ela sem a sua autorização, para expô-la, fazer chacota, isso está completamente errado. Nenhum bolsonarista defende essa conduta, lamentável. Com certeza ele vai pagar por isso.
 
É o tipo de escória mais nojenta que existe no Brasil. Sempre. Sempre. Sempre são bolsonaristas.

Esse tipo de notícia acaba comigo.
Qualquer um que já passou por situação parecida ou viu alguém próximo passar por isso sabe o que é e se sentiu afetado com a situação da dona Ilza.
Eu chorei de soluçar quando vi esse vídeo primeira vez e tive que me afastar das redes por quase um dia inteiro, até pelo menos passar a dor de cabeça e o mal estar com que fiquei.

Aquele olhar da dona Ilza, perguntando pra ele, com a voz fraca: "Sério?..." foi o que mais me doeu.
É o olhar que a gente tem quando é subitamente e sem propósito, zombada, ultrajada, humilhada por alguém, principalmente de quem não esperamos isso.
Geralmente a maioria de nós só consegue ter essa reação mesmo, um sorrisinho amarelo, sentir o rosto queimar como se a culpa fosse nossa e quase pedir desculpas. Enquanto o perverso sai de peito cheio, rindo e orgulhoso do que fez.|

Como dizem por aí: nem todos que votaram no reptiliano são canalhas, mas todos canalhas votaram (e votarão de novo) no reptiliano.
 
Do Intercept:

NA SEMANA PASSADA, Ciro Gomes foi entrevistado pela Jovem Pan, a emissora alinhada à extrema direita bolsonarista. Na entrevista, o apresentador do programa Pânico, Emílio Surita, confessou o medo do país virar socialista se Lula vencer a eleição: “eu falo para os jovens com a idade dos meus filhos: vão embora do Brasil, porque se for o que a gente tá vendo aí [eleição do Lula], vamos ser um país pobre, velho e socialista”.

Essa síndrome de Regina Duarte, que trata a esquerda como um monstro que assombra a democracia, é um espantalho que os reacionários utilizam há muito tempo e que foi decisivo para sustentar o golpe de 64. A tese de Surita não encontra nenhum respaldo nos fatos. Afinal de contas, Lula governou por oito anos e essa possibilidade jamais foi cogitada, muito pelo contrário. Foi o período em que o capitalismo esteve mais pujante, e os banqueiros lucraram como nunca.

O delírio do apresentador do Pânico é aceito apenas entre os integrantes da seita fanatizada pelas ideias conspiracionistas de Olavo de Carvalho. O mínimo que se esperava de Ciro Gomes, um candidato que se diz progressista, era o enfrentamento desta mentira que embala o antipetismo alucinado e que tanto mal faz ao país. Mas não foi o que aconteceu. O pedetista legitimou o devaneio de Surita: “eu estou muito angustiado com isso. A minha maior preocupação é essa, porque as nações se suicidam. Se não derrotarmos a classe dirigente brasileira agora — talvez já seja tarde — a nação brasileira será destruída”. E concluiu colocando a cereja no bolo conspiracionista: “Você tem toda razão!”.

Ciro Gomes é um homem inteligente e sabe que não há a menor possibilidade de mudança de regime caso a chapa Lula/Alckmin saia vencedora do pleito. Mesmo assim, prefere dar asas à imaginação dos reacionários na esperança de abocanhar alguns votos desse eleitorado.

A estratégia adotada pelo candidato é a de tratar Lula e Bolsonaro como sendo dois lados de uma mesma moeda autoritária e populista. Na prática, trata-se da mais pura relativização do fascismo e do golpismo. Bolsonaro é o presidente que passou quatro anos disseminando ideias fascistas e ameaçando de maneira permanente a democracia. Lula governou por dois mandatos de maneira absolutamente democrática e saiu com avaliação positiva de quase 90% da população. Colocá-los em pé de igualdade é, no mínimo, desonesto.

Ciro Gomes flerta com a mesma relativização do fascismo e do golpismo que tornou Bolsonaro um candidato palatável para boa parte do eleitorado. Não é à toa que hoje ele vem sendo acusado de atuar como linha auxiliar do bolsonarismo. Na ânsia em subir nas pesquisas a qualquer custo, o pedetista tem alimentado a urubuzada fascistoide com a velha carniça antipetista de sempre. Mas, como mostram as pesquisas, a tática não tem funcionado.

Ciro virou um levantador de bolas para a campanha de Bolsonaro. Vídeos dele atacando Lula viraram febre nas redes sociais bolsonaristas. Suas falas têm sido usadas como munição para atacar Lula e o PT. Um levantamento do O Globo em redes bolsonaristas mostra que Ciro tem sido tratado ironicamente como “cabo eleitoral de Bolsonaro”. Em alguns desses grupos circula o trecho de uma entrevista dada em 2020 seguido da legenda “Ciro Gomes falando bem de Bolsonaro”.

O general Heleno, por exemplo, afirmou ao compartilhar um outro vídeo de Ciro: “Conservadores estão proibidos de falar, então deixem o Ciro falar”. No vídeo, Ciro Gomes diz haver conexões entre o PT e o PCC e chama o partido de “organização criminosa”. Temos aqui um general golpista se sentindo representado por uma fala de Ciro contra o candidato com maior potencial para impedir a permanência dos golpistas no poder.

Durante a campanha eleitoral de 2018, Ciro fazia críticas justas, importantes e necessárias a Lula e ao PT. Eram críticas duras, mas que não ultrapassavam os limites do bom senso nem surfavam a onda do antipetismo inconsequente. Ciro reconhecia os serviços prestados por Lula à democracia e não o tratava como um Bolsonaro canhoto, como faz hoje. Em uma palestra na faculdade de Sorbonne na França naquele ano, fez a seguinte afirmação: “Lula fez o mais extraordinário programa de proteção social que a história do capitalismo mundial conhece. A parte mais conhecida é o Bolsa Família, mas é uma rede de proteção social que simplesmente tirou 40 milhões de pessoas da classe D (…) Genialmente ele concilia com a plutocracia brasileira e extrai, por conta dessa dinâmica de preços generosamente altos do estrangeiro, excedente para alocar. A despesa social do Brasil cresceu de 15% pra 22%.”

Há quatro anos, Ciro Gomes reconhecia Lula como o político responsável pelo mais extraordinário programa de proteção social da história do capitalismo mundial. Chegou a classificar como “genial” a conciliação de Lula com a “plutocracia brasileira” — a mesma conciliação que hoje ele ataca ferozmente e diz ser responsável por todos os males da nação. O Lula elogiado em 2018 é o mesmo a quem Ciro chama hoje de “maior corruptor da história moderna brasileira”. O “mais extraordinário programa de proteção social da história” hoje é tratado por ele como distribuição de “migalhas para os pobres”.

Ainda nas eleições de 2018, na sabatina do Jornal Nacional, disse que Lula foi um “bom presidente”, que a população brasileira “sabe disso”, e que não poderia comemorar a prisão do, segundo ele, “o maior líder popular do país”. Muito diferente do Ciro de 2022, que culpa Lula pela eleição de Bolsonaro e enche a boca para falar de sua prisão, mesmo sabendo que suas condenações foram anuladas pela Justiça.

O que aconteceu nesses quatro anos para acontecer essa mudança drástica de opinião? Ora, Lula deixou a presidência em 2010. A opinião de Ciro sobre ele e seu governo mudou drasticamente sem ter ocorrido nenhum fato novo. O pedetista mudou porque entende que atacar Lula o fará um candidato palatável para o mesmo antipetismo alucinado que elegeu Bolsonaro. As críticas atuais voam nas asas do moralismo lavajatista que ele tanto criticou em um passado recente. É puro oportunismo eleitoral, mas um oportunismo eleitoral burro, porque as pesquisas mostram que a estratégia não tem funcionado.

Agora Ciro Gomes se vende também como o candidato antissistema, que não faz conchavos, que só não fez alianças significativas por opção. Trata-se de mentira absoluta. Ciro Gomes tratou de alianças políticas com vários políticos, nem todos conhecidos por terem uma reputação ilibada. Ele chegou a jantar com ACM Neto e Luciano Bivar do União Brasil para discutir aliança. Conversou também com Gilberto Kassab do PSD. No ano passado, aproximou-se de Alckmin para fechar uma aliança para 2022. Hoje, diz que a chapa Lula/Alckmin é “uma vergonha para o Brasil”, um “conchavo vergonhoso”, e que esse tipo de aliança é o que faz a “população ter nojo da política”.

Diferentemente do que diz, os fatos evidenciam que o seu isolamento político não se deu por uma opção nobre do candidato, mas porque ele não foi capaz de construir alianças. A culpa é do próprio Ciro, que acreditou que subiria nas pesquisas atacando o campo progressista e piscando para o eleitorado reacionário. O fato é que ele não conseguiu alianças significativas porque não tem votos para oferecer. Ciro Gomes ao menos conseguiu o palanque dos tucanos em Minas Gerais. Sabe quem articulou essa aliança com o PDT? O impoluto Aécio Neves.

Em 2018, com Lula preso e com o antipetismo no seu auge da sua popularidade, defendi que o PT abrisse mão de chapa para apoiar Ciro Gomes para presidente. Isso porque Ciro aparecia nas pesquisas como o candidato democrata com maior potencial para derrotar o candidato golpista no segundo turno. Hoje as coisas mudaram. O antibolsonarismo supera o antipetismo, Lula está livre e é o favorito segundo as pesquisas.

O Datafolha desta sexta-feira (9) sugere que a estratégia suicida de Ciro Gomes tem favorecido Bolsonaro. Enquanto Lula e Tebet mantiveram suas porcentagens, Ciro oscilou 2 pontos para baixo, enquanto Bolsonaro oscilou 2 pontos para cima.

Em tempos em que a polarização se dá entre democracia e golpismo/fascismo, Ciro Gomes decidiu agora empunhar a bandeira da antipolarização. E faz isso de maneira hipócrita, rasteira e pouco inteligente. E ainda rejeita com todas as forças a possibilidade de apoiar Lula no segundo turno contra Bolsonaro: “Eu não cogito nem sequer mentalmente essa possibilidade”. Para ele será muito difícil escolher entre um democrata e um golpista no segundo turno.

O pedetista hoje culpa Lula pela existência do bolsonarismo mas, ironicamente, são suas falas que alimentam esse monstro todos os dias. Ciro não ganhará a eleição e sairá dela tendo cultivado um eleitorado rancoroso que coloca democratas e fascistas no mesmo saco sem o menor pudor. O que encaminhou o Brasil para o abismo bolsonarista foi o mesmo antipetismo alucinado que hoje Ciro mimetiza na esperança vã de conquistar votos. Ciro saiu definitivamente do campo progressista para virar o encantador de serpentes bolsonaristas.​

Fonte:
 
Última edição:
A parte que interessa começa aos 6 minutos e 45 segundos.

Se alguém achava que o Lula estava fraco, só ouvir a entrevista pra saber que está bem afiadinho. Ciro viajou na maionese.
 
Última edição:
@Gerbur Forja-Quente então gerbur, quanto tempo para você guardar mil reais? quanto?
Mais tempo que o Lula, pai-fundador da cleptocracia.

E líder das pesquisas.

Só não sei porque o preferido pelo povo não põe o pé na rua.

Só queria saber onde que essas pesquisas encontram seus participantes. Estranhamente essa turma que vota no Lula nas pesquisa não aparecem nos comícios do mesmo.

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Se não tiver fraude nas urnas será Bolsonaro no primeiro turno!!!
 
Do Intercept:

NA SEMANA PASSADA, Ciro Gomes foi entrevistado pela Jovem Pan, a emissora alinhada à extrema direita bolsonarista. Na entrevista, o apresentador do programa Pânico, Emílio Surita, confessou o medo do país virar socialista se Lula vencer a eleição: “eu falo para os jovens com a idade dos meus filhos: vão embora do Brasil, porque se for o que a gente tá vendo aí [eleição do Lula], vamos ser um país pobre, velho e socialista”.

Essa síndrome de Regina Duarte, que trata a esquerda como um monstro que assombra a democracia, é um espantalho que os reacionários utilizam há muito tempo e que foi decisivo para sustentar o golpe de 64. A tese de Surita não encontra nenhum respaldo nos fatos. Afinal de contas, Lula governou por oito anos e essa possibilidade jamais foi cogitada, muito pelo contrário. Foi o período em que o capitalismo esteve mais pujante, e os banqueiros lucraram como nunca.

O delírio do apresentador do Pânico é aceito apenas entre os integrantes da seita fanatizada pelas ideias conspiracionistas de Olavo de Carvalho. O mínimo que se esperava de Ciro Gomes, um candidato que se diz progressista, era o enfrentamento desta mentira que embala o antipetismo alucinado e que tanto mal faz ao país. Mas não foi o que aconteceu. O pedetista legitimou o devaneio de Surita: “eu estou muito angustiado com isso. A minha maior preocupação é essa, porque as nações se suicidam. Se não derrotarmos a classe dirigente brasileira agora — talvez já seja tarde — a nação brasileira será destruída”. E concluiu colocando a cereja no bolo conspiracionista: “Você tem toda razão!”.

Ciro Gomes é um homem inteligente e sabe que não há a menor possibilidade de mudança de regime caso a chapa Lula/Alckmin saia vencedora do pleito. Mesmo assim, prefere dar asas à imaginação dos reacionários na esperança de abocanhar alguns votos desse eleitorado.

A estratégia adotada pelo candidato é a de tratar Lula e Bolsonaro como sendo dois lados de uma mesma moeda autoritária e populista. Na prática, trata-se da mais pura relativização do fascismo e do golpismo. Bolsonaro é o presidente que passou quatro anos disseminando ideias fascistas e ameaçando de maneira permanente a democracia. Lula governou por dois mandatos de maneira absolutamente democrática e saiu com avaliação positiva de quase 90% da população. Colocá-los em pé de igualdade é, no mínimo, desonesto.

Ciro Gomes flerta com a mesma relativização do fascismo e do golpismo que tornou Bolsonaro um candidato palatável para boa parte do eleitorado. Não é à toa que hoje ele vem sendo acusado de atuar como linha auxiliar do bolsonarismo. Na ânsia em subir nas pesquisas a qualquer custo, o pedetista tem alimentado a urubuzada fascistoide com a velha carniça antipetista de sempre. Mas, como mostram as pesquisas, a tática não tem funcionado.

Ciro virou um levantador de bolas para a campanha de Bolsonaro. Vídeos dele atacando Lula viraram febre nas redes sociais bolsonaristas. Suas falas têm sido usadas como munição para atacar Lula e o PT. Um levantamento do O Globo em redes bolsonaristas mostra que Ciro tem sido tratado ironicamente como “cabo eleitoral de Bolsonaro”. Em alguns desses grupos circula o trecho de uma entrevista dada em 2020 seguido da legenda “Ciro Gomes falando bem de Bolsonaro”.

O general Heleno, por exemplo, afirmou ao compartilhar um outro vídeo de Ciro: “Conservadores estão proibidos de falar, então deixem o Ciro falar”. No vídeo, Ciro Gomes diz haver conexões entre o PT e o PCC e chama o partido de “organização criminosa”. Temos aqui um general golpista se sentindo representado por uma fala de Ciro contra o candidato com maior potencial para impedir a permanência dos golpistas no poder.

Durante a campanha eleitoral de 2018, Ciro fazia críticas justas, importantes e necessárias a Lula e ao PT. Eram críticas duras, mas que não ultrapassavam os limites do bom senso nem surfavam a onda do antipetismo inconsequente. Ciro reconhecia os serviços prestados por Lula à democracia e não o tratava como um Bolsonaro canhoto, como faz hoje. Em uma palestra na faculdade de Sorbonne na França naquele ano, fez a seguinte afirmação: “Lula fez o mais extraordinário programa de proteção social que a história do capitalismo mundial conhece. A parte mais conhecida é o Bolsa Família, mas é uma rede de proteção social que simplesmente tirou 40 milhões de pessoas da classe D (…) Genialmente ele concilia com a plutocracia brasileira e extrai, por conta dessa dinâmica de preços generosamente altos do estrangeiro, excedente para alocar. A despesa social do Brasil cresceu de 15% pra 22%.”

Há quatro anos, Ciro Gomes reconhecia Lula como o político responsável pelo mais extraordinário programa de proteção social da história do capitalismo mundial. Chegou a classificar como “genial” a conciliação de Lula com a “plutocracia brasileira” — a mesma conciliação que hoje ele ataca ferozmente e diz ser responsável por todos os males da nação. O Lula elogiado em 2018 é o mesmo a quem Ciro chama hoje de “maior corruptor da história moderna brasileira”. O “mais extraordinário programa de proteção social da história” hoje é tratado por ele como distribuição de “migalhas para os pobres”.

Ainda nas eleições de 2018, na sabatina do Jornal Nacional, disse que Lula foi um “bom presidente”, que a população brasileira “sabe disso”, e que não poderia comemorar a prisão do, segundo ele, “o maior líder popular do país”. Muito diferente do Ciro de 2022, que culpa Lula pela eleição de Bolsonaro e enche a boca para falar de sua prisão, mesmo sabendo que suas condenações foram anuladas pela Justiça.

O que aconteceu nesses quatro anos para acontecer essa mudança drástica de opinião? Ora, Lula deixou a presidência em 2010. A opinião de Ciro sobre ele e seu governo mudou drasticamente sem ter ocorrido nenhum fato novo. O pedetista mudou porque entende que atacar Lula o fará um candidato palatável para o mesmo antipetismo alucinado que elegeu Bolsonaro. As críticas atuais voam nas asas do moralismo lavajatista que ele tanto criticou em um passado recente. É puro oportunismo eleitoral, mas um oportunismo eleitoral burro, porque as pesquisas mostram que a estratégia não tem funcionado.

Agora Ciro Gomes se vende também como o candidato antissistema, que não faz conchavos, que só não fez alianças significativas por opção. Trata-se de mentira absoluta. Ciro Gomes tratou de alianças políticas com vários políticos, nem todos conhecidos por terem uma reputação ilibada. Ele chegou a jantar com ACM Neto e Luciano Bivar do União Brasil para discutir aliança. Conversou também com Gilberto Kassab do PSD. No ano passado, aproximou-se de Alckmin para fechar uma aliança para 2022. Hoje, diz que a chapa Lula/Alckmin é “uma vergonha para o Brasil”, um “conchavo vergonhoso”, e que esse tipo de aliança é o que faz a “população ter nojo da política”.

Diferentemente do que diz, os fatos evidenciam que o seu isolamento político não se deu por uma opção nobre do candidato, mas porque ele não foi capaz de construir alianças. A culpa é do próprio Ciro, que acreditou que subiria nas pesquisas atacando o campo progressista e piscando para o eleitorado reacionário. O fato é que ele não conseguiu alianças significativas porque não tem votos para oferecer. Ciro Gomes ao menos conseguiu o palanque dos tucanos em Minas Gerais. Sabe quem articulou essa aliança com o PDT? O impoluto Aécio Neves.

Em 2018, com Lula preso e com o antipetismo no seu auge da sua popularidade, defendi que o PT abrisse mão de chapa para apoiar Ciro Gomes para presidente. Isso porque Ciro aparecia nas pesquisas como o candidato democrata com maior potencial para derrotar o candidato golpista no segundo turno. Hoje as coisas mudaram. O antibolsonarismo supera o antipetismo, Lula está livre e é o favorito segundo as pesquisas.

O Datafolha desta sexta-feira (9) sugere que a estratégia suicida de Ciro Gomes tem favorecido Bolsonaro. Enquanto Lula e Tebet mantiveram suas porcentagens, Ciro oscilou 2 pontos para baixo, enquanto Bolsonaro oscilou 2 pontos para cima.

Em tempos em que a polarização se dá entre democracia e golpismo/fascismo, Ciro Gomes decidiu agora empunhar a bandeira da antipolarização. E faz isso de maneira hipócrita, rasteira e pouco inteligente. E ainda rejeita com todas as forças a possibilidade de apoiar Lula no segundo turno contra Bolsonaro: “Eu não cogito nem sequer mentalmente essa possibilidade”. Para ele será muito difícil escolher entre um democrata e um golpista no segundo turno.

O pedetista hoje culpa Lula pela existência do bolsonarismo mas, ironicamente, são suas falas que alimentam esse monstro todos os dias. Ciro não ganhará a eleição e sairá dela tendo cultivado um eleitorado rancoroso que coloca democratas e fascistas no mesmo saco sem o menor pudor. O que encaminhou o Brasil para o abismo bolsonarista foi o mesmo antipetismo alucinado que hoje Ciro mimetiza na esperança vã de conquistar votos. Ciro saiu definitivamente do campo progressista para virar o encantador de serpentes bolsonaristas.​

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Pois é. Que fim melancólico: Linha auxiliar do fascistóide, quinta coluna. Lamento o desperdício, porque realmente o considero um quadraço.
 
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