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Eleições de 2022

Em quem você vai votar no segundo turno?

  • Lula

    Votos: 28 90,3%
  • Bolsonaro

    Votos: 3 9,7%

  • Total de votantes
    31
  • Votação encerrada .
Status
Fechado para novas mensagens.
Tô mentalizando as palavras do Lulalindo: "Na urna não cabe ódio". Por tudo o que é mais sagrado, gente: vamos tentar ganhar no primeiro turno. Eu não tenho mais saúde para o Brasil de Bolsonaro. Não tenho.​
 
Do Intercept:

NA SEMANA PASSADA, Ciro Gomes foi entrevistado pela Jovem Pan, a emissora alinhada à extrema direita bolsonarista. Na entrevista, o apresentador do programa Pânico, Emílio Surita, confessou o medo do país virar socialista se Lula vencer a eleição: “eu falo para os jovens com a idade dos meus filhos: vão embora do Brasil, porque se for o que a gente tá vendo aí [eleição do Lula], vamos ser um país pobre, velho e socialista”.

Essa síndrome de Regina Duarte, que trata a esquerda como um monstro que assombra a democracia, é um espantalho que os reacionários utilizam há muito tempo e que foi decisivo para sustentar o golpe de 64. A tese de Surita não encontra nenhum respaldo nos fatos. Afinal de contas, Lula governou por oito anos e essa possibilidade jamais foi cogitada, muito pelo contrário. Foi o período em que o capitalismo esteve mais pujante, e os banqueiros lucraram como nunca.

O delírio do apresentador do Pânico é aceito apenas entre os integrantes da seita fanatizada pelas ideias conspiracionistas de Olavo de Carvalho. O mínimo que se esperava de Ciro Gomes, um candidato que se diz progressista, era o enfrentamento desta mentira que embala o antipetismo alucinado e que tanto mal faz ao país. Mas não foi o que aconteceu. O pedetista legitimou o devaneio de Surita: “eu estou muito angustiado com isso. A minha maior preocupação é essa, porque as nações se suicidam. Se não derrotarmos a classe dirigente brasileira agora — talvez já seja tarde — a nação brasileira será destruída”. E concluiu colocando a cereja no bolo conspiracionista: “Você tem toda razão!”.

Ciro Gomes é um homem inteligente e sabe que não há a menor possibilidade de mudança de regime caso a chapa Lula/Alckmin saia vencedora do pleito. Mesmo assim, prefere dar asas à imaginação dos reacionários na esperança de abocanhar alguns votos desse eleitorado.

A estratégia adotada pelo candidato é a de tratar Lula e Bolsonaro como sendo dois lados de uma mesma moeda autoritária e populista. Na prática, trata-se da mais pura relativização do fascismo e do golpismo. Bolsonaro é o presidente que passou quatro anos disseminando ideias fascistas e ameaçando de maneira permanente a democracia. Lula governou por dois mandatos de maneira absolutamente democrática e saiu com avaliação positiva de quase 90% da população. Colocá-los em pé de igualdade é, no mínimo, desonesto.

Ciro Gomes flerta com a mesma relativização do fascismo e do golpismo que tornou Bolsonaro um candidato palatável para boa parte do eleitorado. Não é à toa que hoje ele vem sendo acusado de atuar como linha auxiliar do bolsonarismo. Na ânsia em subir nas pesquisas a qualquer custo, o pedetista tem alimentado a urubuzada fascistoide com a velha carniça antipetista de sempre. Mas, como mostram as pesquisas, a tática não tem funcionado.

Ciro virou um levantador de bolas para a campanha de Bolsonaro. Vídeos dele atacando Lula viraram febre nas redes sociais bolsonaristas. Suas falas têm sido usadas como munição para atacar Lula e o PT. Um levantamento do O Globo em redes bolsonaristas mostra que Ciro tem sido tratado ironicamente como “cabo eleitoral de Bolsonaro”. Em alguns desses grupos circula o trecho de uma entrevista dada em 2020 seguido da legenda “Ciro Gomes falando bem de Bolsonaro”.

O general Heleno, por exemplo, afirmou ao compartilhar um outro vídeo de Ciro: “Conservadores estão proibidos de falar, então deixem o Ciro falar”. No vídeo, Ciro Gomes diz haver conexões entre o PT e o PCC e chama o partido de “organização criminosa”. Temos aqui um general golpista se sentindo representado por uma fala de Ciro contra o candidato com maior potencial para impedir a permanência dos golpistas no poder.

Durante a campanha eleitoral de 2018, Ciro fazia críticas justas, importantes e necessárias a Lula e ao PT. Eram críticas duras, mas que não ultrapassavam os limites do bom senso nem surfavam a onda do antipetismo inconsequente. Ciro reconhecia os serviços prestados por Lula à democracia e não o tratava como um Bolsonaro canhoto, como faz hoje. Em uma palestra na faculdade de Sorbonne na França naquele ano, fez a seguinte afirmação: “Lula fez o mais extraordinário programa de proteção social que a história do capitalismo mundial conhece. A parte mais conhecida é o Bolsa Família, mas é uma rede de proteção social que simplesmente tirou 40 milhões de pessoas da classe D (…) Genialmente ele concilia com a plutocracia brasileira e extrai, por conta dessa dinâmica de preços generosamente altos do estrangeiro, excedente para alocar. A despesa social do Brasil cresceu de 15% pra 22%.”

Há quatro anos, Ciro Gomes reconhecia Lula como o político responsável pelo mais extraordinário programa de proteção social da história do capitalismo mundial. Chegou a classificar como “genial” a conciliação de Lula com a “plutocracia brasileira” — a mesma conciliação que hoje ele ataca ferozmente e diz ser responsável por todos os males da nação. O Lula elogiado em 2018 é o mesmo a quem Ciro chama hoje de “maior corruptor da história moderna brasileira”. O “mais extraordinário programa de proteção social da história” hoje é tratado por ele como distribuição de “migalhas para os pobres”.

Ainda nas eleições de 2018, na sabatina do Jornal Nacional, disse que Lula foi um “bom presidente”, que a população brasileira “sabe disso”, e que não poderia comemorar a prisão do, segundo ele, “o maior líder popular do país”. Muito diferente do Ciro de 2022, que culpa Lula pela eleição de Bolsonaro e enche a boca para falar de sua prisão, mesmo sabendo que suas condenações foram anuladas pela Justiça.

O que aconteceu nesses quatro anos para acontecer essa mudança drástica de opinião? Ora, Lula deixou a presidência em 2010. A opinião de Ciro sobre ele e seu governo mudou drasticamente sem ter ocorrido nenhum fato novo. O pedetista mudou porque entende que atacar Lula o fará um candidato palatável para o mesmo antipetismo alucinado que elegeu Bolsonaro. As críticas atuais voam nas asas do moralismo lavajatista que ele tanto criticou em um passado recente. É puro oportunismo eleitoral, mas um oportunismo eleitoral burro, porque as pesquisas mostram que a estratégia não tem funcionado.

Agora Ciro Gomes se vende também como o candidato antissistema, que não faz conchavos, que só não fez alianças significativas por opção. Trata-se de mentira absoluta. Ciro Gomes tratou de alianças políticas com vários políticos, nem todos conhecidos por terem uma reputação ilibada. Ele chegou a jantar com ACM Neto e Luciano Bivar do União Brasil para discutir aliança. Conversou também com Gilberto Kassab do PSD. No ano passado, aproximou-se de Alckmin para fechar uma aliança para 2022. Hoje, diz que a chapa Lula/Alckmin é “uma vergonha para o Brasil”, um “conchavo vergonhoso”, e que esse tipo de aliança é o que faz a “população ter nojo da política”.

Diferentemente do que diz, os fatos evidenciam que o seu isolamento político não se deu por uma opção nobre do candidato, mas porque ele não foi capaz de construir alianças. A culpa é do próprio Ciro, que acreditou que subiria nas pesquisas atacando o campo progressista e piscando para o eleitorado reacionário. O fato é que ele não conseguiu alianças significativas porque não tem votos para oferecer. Ciro Gomes ao menos conseguiu o palanque dos tucanos em Minas Gerais. Sabe quem articulou essa aliança com o PDT? O impoluto Aécio Neves.

Em 2018, com Lula preso e com o antipetismo no seu auge da sua popularidade, defendi que o PT abrisse mão de chapa para apoiar Ciro Gomes para presidente. Isso porque Ciro aparecia nas pesquisas como o candidato democrata com maior potencial para derrotar o candidato golpista no segundo turno. Hoje as coisas mudaram. O antibolsonarismo supera o antipetismo, Lula está livre e é o favorito segundo as pesquisas.

O Datafolha desta sexta-feira (9) sugere que a estratégia suicida de Ciro Gomes tem favorecido Bolsonaro. Enquanto Lula e Tebet mantiveram suas porcentagens, Ciro oscilou 2 pontos para baixo, enquanto Bolsonaro oscilou 2 pontos para cima.

Em tempos em que a polarização se dá entre democracia e golpismo/fascismo, Ciro Gomes decidiu agora empunhar a bandeira da antipolarização. E faz isso de maneira hipócrita, rasteira e pouco inteligente. E ainda rejeita com todas as forças a possibilidade de apoiar Lula no segundo turno contra Bolsonaro: “Eu não cogito nem sequer mentalmente essa possibilidade”. Para ele será muito difícil escolher entre um democrata e um golpista no segundo turno.

O pedetista hoje culpa Lula pela existência do bolsonarismo mas, ironicamente, são suas falas que alimentam esse monstro todos os dias. Ciro não ganhará a eleição e sairá dela tendo cultivado um eleitorado rancoroso que coloca democratas e fascistas no mesmo saco sem o menor pudor. O que encaminhou o Brasil para o abismo bolsonarista foi o mesmo antipetismo alucinado que hoje Ciro mimetiza na esperança vã de conquistar votos. Ciro saiu definitivamente do campo progressista para virar o encantador de serpentes bolsonaristas.​

Fonte:
Estratégia correta porque é verdade.
 

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), afirmou que, se perder a eleição presidencial de outubro, passará a faixa para seu sucessor e vai se "recolher", acrescentando que não tem "mais nada a fazer aqui na Terra" em um eventual fim de mandato em 2022.


Isso é uma brochada cósmica, hein?
 

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), afirmou que, se perder a eleição presidencial de outubro, passará a faixa para seu sucessor e vai se "recolher", acrescentando que não tem "mais nada a fazer aqui na Terra" em um eventual fim de mandato em 2022.


Isso é uma brochada cósmica, hein?
Eu duvido. Ele vai contestar o resultado o máximo possível. Ele não está tumultuando a parada desde o começo do mandato com essa estória de suspeição das urnas para aceitar um resultado negativo calado de uma hora para outra.
 
Eu duvido. Ele vai contestar o resultado o máximo possível. Ele não está tumultuando a parada desde o começo do mandato com essa estória de suspeição das urnas para aceitar um resultado negativo calado de uma hora para outra.
Claramente esse podcast foi organizado para tentar melhor a imagem dele de cão raivoso. Disse que lamenta coisas que falou durante a pandemia, se desculpou novamente sobre a história da filha ter sido resultado de uma fraquejada e agora fala em passar a faixa sem falar sobre eleições limpas.

Essa é a opinião dele e ponto final: "Alguém acredita que em eleições limpas o Lula ganha?"

Live do dia 08/09/2022
 
Claramente esse podcast foi organizado para tentar melhor a imagem dele de cão raivoso. Disse que lamenta coisas que falou durante a pandemia, se desculpou novamente sobre a história da filha ter sido resultado de uma fraquejada e agora fala em passar a faixa sem falar sobre eleições limpas.

Essa é a opinião dele e ponto final: "Alguém acredita que em eleições limpas o Lula ganha?"

Live do dia 08/09/2022
Engraçado é o cara tentando passar uma imagem de que está diferente e sendo o mesmo machista de merda de sempre. :rofl:
 
Votos definidos, sendo mais pragmático do que nunca. Abrindo as minhas escolhas aqui:

Vou votar em Lula no primeiro turno, como já havia dito, e vou votar PT (ou aliados) de cabo a rabo.

O governo que for eleito terá diante de si o desafio de reconquistar o controle do orçamento, que Bolsonaro entregou para Arthur Lira, Ciro Nogueira e cia. Herda essa disfuncionalidade criada pelo governo atual e tende a enfrentar grandes dificuldades e tentativa de desestabilização.

Pensando em composição de bancada, busquei mirar também potenciais puxadores de voto tanto para a Câmara dos Deputados, onde meu candidato será um petista histórico - Patrus Ananias - como na Assembleia Legislativa, onde meu voto vai para Beatriz Cerqueira, professora da rede estadual e ligada ao SindUTE, que estará buscando reeleger-se.

Do Patrus eu gostava até mesmo nos tempos de tretas mais pesadas com os petistas. Sempre teve meu respeito. Aplaudi a escolha, inclusive, quando o governo Dilma o fez ministro.

Para o Senado, o voto mais desanimado em Alexandre Silveira (PSD), que é o candidato apoiado pelo Lula. Silveira não tem qualquer compatibilidade com meu posicionamento político. É uma candidatura conservadora. Mas... o candidato que lidera as pesquisas para o Senado em Minas Gerais hoje é um bolsonarista tosco. Ademais, Silveira abre ao menos uma possibilidade de interlocução com o governo que pretendo votar para eleger...

Para governador, voto no Kalilzão da massa.
 
Última edição:
Migo @Mercúcio, além do Lulalindo, temos uma deputada em comum. Minha estadual também é a Bia. Ai de nós se não fosse a Bia denunciando os desmandos no governo Zema na Assembleia! Essa mulher é muito necessária. Ela foi professora da rede municipal, e todo mundo que é antigo aqui a conhece desde muito tempo. Sempre ouço histórias — do povo antigo de rede — contando do início da militância dela no Sind-UTE (ela morava e militava aqui. Inclusive, foi vítima de violência doméstica. O ex- dela era muito escroto. Sei disso porque, embora eu nunca tenha assumido cargo na executiva municipal do partido, sou militante, e costumava participar das reuniões do diretório, há uns quinze anos).

Não votarei no Patrus (minha federal é a Gleide Andrade), mas adorei seu voto. Sempre, mas é sempre, mesmo, fico feliz quando vejo alguém declarar voto nele. Amo o Patrus Ananias. Amo. Quando ele recebeu o título de cidadão honorário de Betim, eu estava lá na Câmara. Foi muito bonito. E é aquela história: os novinhos não se lembram, mas BH, antes do Patrus prefeito, era outra coisa. Patrus foi quem deu um jeito — à época, claro, porque a cidade cresceu e, junto com ela, os problemas aumentaram — no problema de escoamento de água da chuva. Ao fim do mandato do Patrus, parte do problema horrível das enchentes havia sido resolvido. Mas os novinhos não se lembram.

Gosto tanto do bom velhinho Patrus que, quando eu estava na faculdade, e ele era ministro, num belo dia, tínhamos prova de Linguística. Eu já tinha passado, mas a minha dupla não tinha. Nós duas éramos alunas ProUni. Ela: "Eu preciso passar com 75%, mas não sei nada. " O Patrus estava no Hall da faculdade dando uma palestra, e eu queria ir lá. Eu não parava de falar que queria ver o Patrus. A prova tinha cinco questões. Fiz três. E falei: "O Patrus vai embora". A professora riu. Fiz a quarta e falei: "Não vou fazer a quinta, porque quero ver o Patrus. Dá para você passar". A professora ficou impressionada, porque eu amava tirar total, mas deixei de fazer uma questão para ver o Patrus. Aí ela riu, e perguntou para a minha dupla: "ela é petista?" Minha dupla: "Muito". Quando cheguei lá, o Patrus estava se despedindo. 😭

Quanto ao senado, estou em uma encruzilhada. Desde o início, pensei em votar, pragmaticamente, no Alexandre Silveira: é a escolha do Lula, poderá fazer a ponte necessária e, além disso, a outra opção — que está à frente nas pesquisas — é o lixo do lixo. Acontece que Silveira esteve na cidade em que moro. E o prefeito daqui é daqueles que odeia o Lula e o chama de Luladrão. E Silveira encheu o prefeito de elogios, bem no estilo: "melhor gestor do Brasil" e tudo o mais. Sei que Conjunturas municipais, estaduais e nacionais, quase sempre, não comungam, mas eu sou servidora pública da educação. E nós temos penado na mão do prefeito. Eu estava pensando em esperar a última pesquisa e ver se o Silveira teria a possibilidade de tirar a vaga do outro lá. Se tiver, eu ainda tento ver se o pragmatismo supera o ranço. Caso isso não seja possível, vou de Sara Azevedo, do Psol, para senadora.

Para governador, é Kalilzão da massa, mesmo, para tentar tirar o Zema. (Não acho que vamos conseguir, mas temos de tentar, né?).​
 
Lula apela para o coração. Ciro para o cérebro. Bolsonaro para a ausência de ambos hehe

Eu acredito na emoção dele, e até na intenção, sério. Só falta dizer como. E o que ele pretende fazer de diferente, já que os humilhados hoje com dívidas impagáveis são os mesmos que tiveram a sensação de ascender em seu governo com a ilusão do crédito fácil. Não tem jeito, o PT precisa explicar como é que governou tantos anos e não foi capaz de dar uma condição digna para o pobre que não se dissolvesse com tanta facilidade - e não adianta dizer que começou com Temer, porque não é verdade; e nem seria justificativa, porque se algo de longo prazo tivesse sido realizado, não seria tão rápido pôr tudo a perder. Por que nunca investiu numa única reforma estrutural sequer que fosse capaz de alforriar definitivamente as nossas classes mais baixas de um sistema que não para (nunca parou, pelo contrário) de drenar riquezas para quem já é bilionário?
 
Migo @Mercúcio, além do Lulalindo, temos uma deputada em comum. Minha estadual também é a Bia. Ai de nós se não fosse a Bia denunciando os desmandos no governo Zema na Assembleia! Essa mulher é muito necessária. Ela foi professora da rede municipal, e todo mundo que é antigo aqui a conhece desde muito tempo. Sempre ouço histórias — do povo antigo de rede — contando do início da militância dela no Sind-UTE (ela morava e militava aqui. Inclusive, foi vítima de violência doméstica. O ex- dela era muito escroto. Sei disso porque, embora eu nunca tenha assumido cargo na executiva municipal do partido, sou militante, e costumava participar das reuniões do diretório, há uns quinze anos).

Não votarei no Patrus (minha federal é a Gleide Andrade), mas adorei seu voto. Sempre, mas é sempre, mesmo, fico feliz quando vejo alguém declarar voto nele. Amo o Patrus Ananias. Amo. Quando ele recebeu o título de cidadão honorário de Betim, eu estava lá na Câmara. Foi muito bonito. E é aquela história: os novinhos não se lembram, mas BH, antes do Patrus prefeito, era outra coisa. Patrus foi quem deu um jeito — à época, claro, porque a cidade cresceu e, junto com ela, os problemas aumentaram — no problema de escoamento de água da chuva. Ao fim do mandato do Patrus, parte do problema horrível das enchentes havia sido resolvido. Mas os novinhos não se lembram.

Gosto tanto do bom velhinho Patrus que, quando eu estava na faculdade, e ele era ministro, num belo dia, tínhamos prova de Linguística. Eu já tinha passado, mas a minha dupla não tinha. Nós duas éramos alunas ProUni. Ela: "Eu preciso passar com 75%, mas não sei nada. " O Patrus estava no Hall da faculdade dando uma palestra, e eu queria ir lá. Eu não parava de falar que queria ver o Patrus. A prova tinha cinco questões. Fiz três. E falei: "O Patrus vai embora". A professora riu. Fiz a quarta e falei: "Não vou fazer a quinta, porque quero ver o Patrus. Dá para você passar". A professora ficou impressionada, porque eu amava tirar total, mas deixei de fazer uma questão para ver o Patrus. Aí ela riu, e perguntou para a minha dupla: "ela é petista?" Minha dupla: "Muito". Quando cheguei lá, o Patrus estava se despedindo. 😭

Quanto ao senado, estou em uma encruzilhada. Desde o início, pensei em votar, pragmaticamente, no Alexandre Silveira: é a escolha do Lula, poderá fazer a ponte necessária e, além disso, a outra opção — que está à frente nas pesquisas — é o lixo do lixo. Acontece que Silveira esteve na cidade em que moro. E o prefeito daqui é daqueles que odeia o Lula e o chama de Luladrão. E Silveira encheu o prefeito de elogios, bem no estilo: "melhor gestor do Brasil" e tudo o mais. Sei que Conjunturas municipais, estaduais e nacionais, quase sempre, não comungam, mas eu sou servidora pública da educação. E nós temos penado na mão do prefeito. Eu estava pensando em esperar a última pesquisa e ver se o Silveira teria a possibilidade de tirar a vaga do outro lá. Se tiver, eu ainda tento ver se o pragmatismo supera o ranço. Caso isso não seja possível, vou de Sara Azevedo, do Psol, para senadora.

Para governador, é Kalilzão da massa, mesmo, para tentar tirar o Zema. (Não acho que vamos conseguir, mas temos de tentar, né?).​

Boa, @Melian !
Acho a Bia uma mulher muito foda. Admiro muito.

Em relação ao Silveira, entendo perfeitamente. É o preço das alianças regionais.

Lula apela para o coração. Ciro para o cérebro. Bolsonaro para a ausência de ambos hehe

Eu acredito na emoção dele, e até na intenção, sério. Só falta dizer como. E o que ele pretende fazer de diferente, já que os humilhados hoje com dívidas impagáveis são os mesmos que tiveram a sensação de ascender em seu governo com a ilusão do crédito fácil. Não tem jeito, o PT precisa explicar como é que governou tantos anos e não foi capaz de dar uma condição digna para o pobre que não se dissolvesse com tanta facilidade - e não adianta dizer que começou com Temer, porque não é verdade; e nem seria justificativa, porque se algo de longo prazo tivesse sido realizado, não seria tão rápido pôr tudo a perder. Por que nunca investiu numa única reforma estrutural sequer que fosse capaz de alforriar definitivamente as nossas classes mais baixas de um sistema que não para (nunca parou, pelo contrário) de drenar riquezas para quem já é bilionário?

Cara, vou comentar mais a parte final do seu post. Eu partilho, na essência, da crítica que você colocou. Recentemente, no entanto, a Tereza Campello, que foi ministra do desenvolvimento social e do combate à fome do governo Dilma, participou de um bate-papo no canal Conexão Xangai, com os economistas Elias Jabbour, o André Roncaglia e Uallace Moreira.

Primeiro ponto a comentar... nunca tinha ouvido a Tereza e me impressionou muito. Puta quadro político e puta quadro técnico... mulher foda pra caralho. Como é sugerido pelo Roncaglia no programa, pra termos uma ideia do quanto esse país decaiu, é só olhar quem foi o ministro que sucedeu a Tereza nessa pasta: Osmar Terra.

Segundo ponto a comentar... a partir desse papo com a Tereza, eu diria que no mínimo algumas das críticas que tinha às políticas sociais do PT foram matizadas. A discussão sobre a importância do Programa de Cisternas no semiárido nordestino, por exemplo, no combate à pobreza; ou do Programa Luz Para Todos; ou a discussão sobre o plano de enfrentamento à fome e sobre como as políticas que permitiram tirar o Brasil do mapa da fome foram sendo sistematicamente desmontadas ao longo dos governos seguintes. A partir desse bate-papo, dediquei um tempinho a ler sobre essas questões - sobretudo, sobre o Programa de Cisternas. Acho, modestamente, que não dá pra dizer que nada de estrutural foi feito, ainda que se cuide aqui de um reformismo de baixíssimo teor.

Independente de voto ou não voto no Lula, deixo como recomendação esse bate-papo.
 
Última edição:
Dentre tudo isso que o Gerbur vêm falando, tem um ponto que ele tem razão: Lula não está conseguindo juntar multidões.

Notícia de anteontem:
Atos e comícios em SP reúnem pouco público e preocupam campanha de Lula

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A notícia conta como eles prepararam um palco pra 10mil pessoas, e não teve nem metade disso.
E não deixa de ser interessante o primeiro colocado disparado nas pesquisas, perto de ganhar em primeiro turno, não conseguir 10mil pessoas num comício na maior região metropolitana do Brasil.

E vejam, não estou questionando pesquisas nem dando razão ao bolsonarismo. Mas é frustrante ver que, ao menos nas ruas, a impressão que dá é de quem vota no PT, vota com vergonha.
___________

E sobre meu voto, que absolutamente ninguém perguntou, vou de Ciro, por alguns motivos.
-Primeiro: Pelos excelentes mil motivos dados pelo @Eriadan nos últimos 10 anos de fórum.
-Segundo: pra mim Lula é uma solução burra, ele alimenta o bolsonarismo SIM, de modo de que acho bem plausível ele vencer esse ano e vermos a volta do bolsonarismo em 26, e sinceramente não estou afim de ver essa troca PT-Bolsonaro, o Brasil não aguenta isso.
-Terceiro: Alckimin. Passei quinze anos xingando ele, vendo inclusive petistas o chamando de fascista (na banalização do termo), indo em protesto na República e vendo professor da rede pública tomando spray de pimenta na cara da PM do Alckimin e a mando dele, simplesmente por pedirem aumento. Tudo que Bolsonaro promoveu no Brasil inteiro, o Alckimin promoveu em SP por muito tempo, principalmente na precarização do Ensino e no aumento de mortes violentas por policiais na periferia. Alckimin é um Bolsonaro perfumado, e não vejo a menor lógica em votar num diabo pra tirar outro. (E antes que chamem de vice, Temer também era, né fofinhxs)
-Quarto: Lula está se resumindo a "votem em mim pra tirar o Bolsonaro" e "Eu sei fazer, já fiz uma vez", como se o Brasil (e o mundo) em 2022 fosse o mesmo de 2002. Os desafios são outros, os problemas são outros, e no fim das contas o governo petista causou o surgimento do bolsonarismo. Tenho muitas dúvidas se ele está realmente preparado pra isso. E como disse no item 2, não quero ver Bolsonaro voltando após mais um governo marcado por escândalos e mais desmonte na indústria brasileira. Já vimos esse filme antes.
-Quinto: Governo Petista foi melhor que o Bolsonarista, mas isso é como dizer que um corte na mão dói menos que um tiro na cara. Não vamos esquecer em doze anos, apesas de alguns bons avanços em campos sociais e econômicos, tivemos MUITOS problemas. O crescimento carcerário foi de mais de 620%, enquanto o populacional foi menor que 30%. Que foi no governo petista que vimos os maiores escândalos de corrupção no país até então, que foi em seu governo que o assassinato de indígenas aumentou em 168%, e mais um monte de erros que culminaram na perda de popularidade e consequente queda da Dilma e toda a crise econômica e politica que varreu o Brasil nos últimos 8 anos. Não consigo ver no Lula um futuro melhor pro Brasil. Só a continuação de governos ruins, polarização entre reacionários e progressistas sem fim, e esse clima de guerra e "Nós contra eles" que já encheu muito o saco até pra mim que adora uma treta.

"Ah Neithan mas o voto útil" foda-se. Voto útil é aquele que se dá em quem mais eu sinto confiança em fazer um bom governo, eu não compro o discurso de Bem contra o Mal que é uma narrativa criada pelo próprio PT ainda na época dos embates contra o PSDB, isso fez mais mal que bem pro Brasil. Vou votar em quem confio mais.

E no segundo turno, se houver e não tiver Ciro, ou anulo ou vou de Lula. Mas provavelmente anulo.

Pra Senado e Estadual ainda não escolhi, mas capaz de ir na Tabata pra Federal (que não pode mais ser criticada já que é do partido do Alckimin, logo é uma camaradinha pestista, né povo?), e pra governador ACHO que Haddad, mas sem nenhum ânimo.
 
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