Primeiro: estamos numa "democracia" e a opinião da maioria decide tudo aqui.
Mais ou menos, a maioria decide mas a minorias são protegidas. O estado democratico moderno já superou essa simplificação de maioria pura e simples.
Segundo: em que artigo científico estipularam o início da vida? Dizer que uma decisão do Estado é anti-científica quando nem os cientistas estão de acordo em algum assunto é acreditar numa "crença".
É verdade, porem voce quase nao encontra cientistas que defendam que o inicio da vida se de na concepção.
Alias,uma forma interessante de analisar isso é seguindo o caminho inverso.
O fim da vida se da com o fim das atividades cerebrais. Ora, se o fim se dá dessa forma, o inicio deveria ser o começo das atividades cerebrais.
Realmente, é um ponto complicado, mas uma coisa é simples: aquele conjunto de celulas troncos envolta de liquidos dos mais variados tipos não é ainda um ser humano.
O Estado já provê os meios de contracepção. Se as mulheres e homens não fazem sua parte se prevenindo o Estado tem que legalizar pela imbecilidade dos cidadãos?
O estado nao tem é o direito de proibir! Que mal faz a sociedade se uma mulher sente nao estar pronta para ter filhos? Ou se ela simplesmente nao quer ser mãe? Ou é muito nova, ou já tem muitos filhos...
Por a culpa na "imbecilidade" da população é reducionismo. Os anti-concepcionais não tem 100% de garantia, as camisinhas estouram, escapam, rasgam, estragam, enfim. A diversas formas de uma garota engravidar mesmo usando de meios para não acontecer.
Aliás, a mulher decide pelo seu futuro quando transa sem se precaver.
O governo não tem a mínima capacidade pra cuidar dos problemas de saúde da população. Ontem mesmo eu vi a história de um homem que corre o risco de ter o pé amputado por causa de um câncer que ficou 11 meses no pé e os médicos ficavam no empurra-empurra.
A ineficiência do nosso sistema de saudê não pode ser usado como desculpa para a proibição do aborto! Sinceramente, isso nem faz sentido. Quer dizer que se a educação publica no país é uma merda, incluir o ensino de Sociologia e Filosofia nas escolar piorariam o quadro?
E com o aborto podendo acontecer, provavelmente diminuiriam alguns dos problemas envolvendo crianças recém nascidas nos hospitais, como desnutrição, maus tratos, doenças e etc.
E alegar que a mulher tem esse direito simplesmente porque vai "sofrer" por 9 meses é balela... engravidou porque foi burra (exceto em casos específicos como estupro e mimimi).
Não cara, esse argumento é intolerante e machista (sem ofensas, nao estou lhe chamando de machista ou intolerante, apenas o argumento).
As mulheres podem engravidar mesmo se precavendo! Tem garotas muito novas que iniciam sua vida sexual sem saber ao certo como tudo aquilo funciona e o que pode vir a gerar uma gravidez! O assunto de sexo é um tabu na vida da maioria das familias brasileiras. Muitos pais se negam a aceitar que um dia suas filhas farão sexo, e por isso muito pouco é convesado com essas meninas.
Existem também outros pontos que ecoam nesse tema, varios outros alias, portanto jogar tudo na "idiotice" de algumas mulheres é reduzir o debate.
Sinceramente, a maioria dos homens apoiaria a decisão da mulher em matar a criança pra não precisar pagar pensão nem se preocupar com nada
Sinceramente, a maioria dos homens apoiaria a decisão da mulher em matar a criança pra não precisar pagar pensão nem se preocupar com nada.
Assim como a gente nao pode afirmar quando começa a vida, voce nao pode afirmar que os homens apoiariam o aborto, alias, o que eu vejo é muito o contrario, mas tudo bem.
O problema (ver a mulher como propriedade) é um problema de ordem educacional (aquela educação de casa, compreendem?) e não é legalizando o aborto que se acaba com isso, se legalizarem aí sim que ferra de vez porque neguinho vai mandar mulher abortar sempre que engravida
Sim, não é o aborto que faz o homem ver a mulher como objeto dele, e eu nem disse isso, eu falei que o homem ve a mulher como seu objeto e um dos deveres que os homens impoem as mulheres é da obrigação de ser mãe, seja pela lei (aborto) seja pelo constrangimento publico (mulheres solteiras e sem filhos são "solteironas", "titias", "encalhadas" e etc).
Isso realmente não acabara com o fim do aborto. Mas permitindo que as mulheres decidam o que ELAS quiserem fazer dos seus corpos já é um grande passo!