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Você é a favor da legalização do aborto?

Você é contra ou a favor a legalização do aborto?


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    116
Eu nunca entendi por que as pessoas se intrometem tanto na vida das outras. "Oi, desconhecida! Fez, agora tem que assumir." Nah, cada um que cuide da sua vida e que tenha filho se quiser e se puder.

Sou a favor de aborto em qualquer situação.

Apoio, desde que se possa fazer aborto retroativo.
 
Se não forem abortadas, continuarão sem falar por si mesmas até o 18º aniversário.

Mas eu me referia à intromissão na vida da grávida. Porque é ela, e não os opinadores, que sofrerá as consequências de uma gravidez não-planejada.
Se não forem abortadas, gozarão de uma vida dependente até o 18° aniversário e além, gozarão de uma vida independente.

Não se trata, a meu ver, de intromissão na vida da grávida, mas de intervenção em favor da vida de um inocente que não pode ficar sujeito às vontades de morte/vida da mãe. Ela não tem tal poder para decidir. Ninguém tem.
 
Eu nunca entendi por que as pessoas se intrometem tanto na vida das outras. "Oi, desconhecida! Fez, agora tem que assumir." Nah, cada um que cuide da sua vida e que tenha filho se quiser e se puder.

Sou a favor de aborto em qualquer situação.
"em qualquer situação" inclui também independente da idade da criança?

Eu acho que as pessoas confundem muito o que significa se "intrometer" na vida de outra pessoa. Antes de qualquer coisa, isso é um caso de defender a vida, se uma pessoa pensa em cometer suicídio ela precisa receber ajuda, não incentivo, então não vejo sentido algum nesse argumento de "cada um cuide da sua vida".
Um feto não é uma propriedade para a mãe "fazer o que quiser".
 
Se não forem abortadas, continuarão sem falar por si mesmas até o 18º aniversário.

Mas eu me referia à intromissão na vida da grávida. Porque é ela, e não os opinadores, que sofrerá as consequências de uma gravidez não-planejada.
Assim como é a criança e não a grávida, que receberá a "pena capital" por não ter sido "planejada".
 
"em qualquer situação" inclui também independente da idade da criança?
Pra responder essa, preciso de uma situação hipotética em que uma mulher leva muito tempo pra decidir se quer ter o bebê ou não. Porque eu imagino que, assim que ela descobrir que está grávida, lá pela, sei lá, 8ª semana de gestação, ela vai dizer se quer ou não.

Assim como é a criança e não a grávida, que receberá a "pena capital" por não ter sido "planejada".
É isso que complica as discussões sobre o aborto. Quem deve ser castigado? Uma pessoa que nem nasceu, mas pode ter a possibilidade de ter uma vida legal e tal ou uma pessoa que tem uma vida e planos? Eu voto pela primeira opção. Nenhuma mulher deveria ser obrigada a estragar seu corpo e criar alguém quando ela não quer, não pode ou não está preparada. "Ah, mas ela quis!" Não quis, não! Não usar um método contraceptivo não significa querer ter filhos! Quem nunca deixou de usar camisinha confiando no coito interrompido? Quem nunca se apavorou quando a menstruação (a própria ou da parceira) não veio? Pra que pagar eternamente por um erro quando se há a possibilidade de abortá-lo?

Pros que tem dó da criança, tenham dó disso: crianças crescendo em famílias desestruturadas e/ou sem condições financeiras e/ou morando na rua, pedindo dinheiro, vendendo no farol, vendendo drogas¹, roubando¹. Ou sendo abandonadas em orfanatos, portas alheias, ruas. Ou crescendo em famílias com boas condições, mas filhos de pessoas que os têm como obstáculos na vida.

Eu não discordo do "coitada da criança que não tem culpa", mas acho que o ônus de uma gravidez forçada é muito maior que de um aborto.

¹Não estou dizendo que só filhos não planejados cometem crimes, mas estou seguindo o raciocínio das formas ruins de se conseguir dinheiro pra ajudar a sustentar a família.
 
Pra responder essa, preciso de uma situação hipotética em que uma mulher leva muito tempo pra decidir se quer ter o bebê ou não. Porque eu imagino que, assim que ela descobrir que está grávida, lá pela, sei lá, 8ª semana de gestação, ela vai dizer se quer ou não.
Não me lembro bem sobre o que já foi dito neste tópico sobre a Holanda, mas acabei de descobrir que lá o "aborto de recém-nascidos" é legalizado, desde que feito por um médico.

É isso que complica as discussões sobre o aborto. Quem deve ser castigado?
Com pena de morte? Ninguém.

Nenhuma mulher deveria ser obrigada a estragar seu corpo e criar alguém quando ela não quer, não pode ou não está preparada.
A comparação aqui é mesmo defender o corpo da mulher de ser "estragado" ao invés de defender a vida do feto? :think:
Sobre não querer ou não estar preparada, se preparar para ser mãe e pai é algo que todos os pais deveriam fazer, porque só querer ter um filho não é suficiente, e quem realmente não quiser ter o filho, mesmo depois de ver o bebê recém nascido, sempre existe a opção de ser adotado. Acho que ninguém tem o direito de interromper uma vida só por achar que ela poderá ter uma vida sofrida demais. Isso seria uma ótima justificativa para matar certas pessoas.

"Ah, mas ela quis!" Não quis, não! Não usar um método contraceptivo não significa querer ter filhos! Quem nunca deixou de usar camisinha confiando no coito interrompido? Quem nunca se apavorou quando a menstruação (a própria ou da parceira) não veio? Pra que pagar eternamente por um erro quando se há a possibilidade de abortá-lo?
Muitas pessoas tem problemas na vida, as vezes algum desses problemas são por causa de uma pessoa, por causa disso nós podemos matar esta pessoa que se tornou um problema?

Pros que tem dó da criança, tenham dó disso: crianças crescendo em famílias desestruturadas e/ou sem condições financeiras e/ou morando na rua, pedindo dinheiro, vendendo no farol, vendendo drogas¹, roubando¹. Ou sendo abandonadas em orfanatos, portas alheias, ruas. Ou crescendo em famílias com boas condições, mas filhos de pessoas que os têm como obstáculos na vida.

Eu não discordo do "coitada da criança que não tem culpa", mas acho que o ônus de uma gravidez forçada é muito maior que de um aborto.

¹Não estou dizendo que só filhos não planejados cometem crimes, mas estou seguindo o raciocínio das formas ruins de se conseguir dinheiro pra ajudar a sustentar a família.
Na minha opinião, nada justifica assassinato.
 
O Siker respondeu perfeitamente.

Ninguém merece a pena de morte. E acho uma inversão total de valores defender um assassinato de inocente porque a mãe vai 'estragar' sua vida e ter seu corpo 'estragado'. É esse o fruto da completa esculhambação do valor da maternidade? É um raciocínio que chega a ser revoltante de tão imoral.
 
Siker já respondeu tudo, mas...

É isso que complica as discussões sobre o aborto.

Muitas coisas complicam as discussões sobre o aborto.

Quem deve ser castigado? Uma pessoa que nem nasceu, mas pode ter a possibilidade de ter uma vida legal e tal ou uma pessoa que tem uma vida e planos?

De preferência nenhuma. Mas olha que situação interessante: “castigar” quem cometeu um descuido, ou matar quem não fez absolutamente nada para criar a situação?
Espinhoso.

Eu voto pela primeira opção. Nenhuma mulher deveria ser obrigada a estragar seu corpo e criar alguém quando ela não quer, não pode ou não está preparada.

Tem todo o direito de votar pela primeira opção. Mas... a coisa é tremenda complicada, como você mesmo disse. E aí? Vamos eliminar o pirralho não nascido, subproduto incômodo de uma noite de sexo descuidado, para que a jovem possa seguir com seus sonhos e sua vida, mantendo seu “corpicho” escultural?

Fui duro? Fui. A questão é dura. Dolorida mesmo. Para a mãe e para a criança não nascida.
Há situações em que o aborto pode/deve ser considerado. Mas... “estragar seu corpo”? A estética que se dane.

Pros que tem dó da criança, tenham dó disso: crianças crescendo em famílias desestruturadas e/ou sem condições financeiras e/ou morando na rua, pedindo dinheiro, vendendo no farol, vendendo drogas¹, roubando¹. Ou sendo abandonadas em orfanatos, portas alheias, ruas. Ou crescendo em famílias com boas condições, mas filhos de pessoas que os têm como obstáculos na vida.

Então, eliminamos o problema, eliminando a criança.
Como prevenir um dedo quebrado? Cortando ele fora, é óbvio.

Eu não discordo do "coitada da criança que não tem culpa", mas acho que o ônus de uma gravidez forçada é muito maior que de um aborto.
Não para a criança.

¹Não estou dizendo que só filhos não planejados cometem crimes, mas estou seguindo o raciocínio das formas ruins de se conseguir dinheiro pra ajudar a sustentar a família.

Olha... (!) esse período descuidado criou possibilidades perigosas de interpretação. Numa delas (mesmo não tendo a intenção de dizer isso) você afirma que filhos não planejados cometem crimes, embora filhos planejados também possam. Na outra, seguindo sua linha de raciocínio por todo o “post”, você está defendendo uma espécie de pena de morte preventiva para futuros criminoso
 
Última edição:
mas, meus camaradas, que pirralho? vocês não estão deixando as suas crenças inteferirem nos teus julgamentos? fisicamente, já temos uma criança formada, que pensa, que aprende, que experencia, que vive? não.

sobre a pena de morte e controle sobre a vida dos cidadãos, concordo com o pagz: a escolha não é da grávida. não dela somente. mas isso é muito mais avançado do que a nossa realidade. nós vivemos em sociedade, e submetemos a nossa vida ou a nossa marginalização aos critérios dela. isso ficava mais claro quando existia sempre a opção de ser um nômade, e não hoje. isso quer dizer que não somente submetemos a nossa morte aos critérios da nossa sociedade, como também o modo em que vivemos. afirmar que nenhuma sociedade tem o direito de decidir sobre a vida humana significa o que exatamente? a vida humana nunca esteve acima do nosso modo, e nunca estará, pelo menos enquanto precisarmos de regras para conviver saudavelmente. haters gonna hate.
 
Nunca esteve, mas deveria estar. Eu sei que é utópico, sei que é ingênuo, mas pra mim não há bem maior do que a vida. É a partir da vida que experimentamos todas as sensações incríveis captadas pelos nossos sentidos. Se um indivíduo vive em estado vegetativo, seria certo acabar com a vida dele? Quem garante que ele vai se sentir "melhor" depois de morto? Na verdade, cientificamente, ele não vai sentir mais nada! Isso não é questão de religião. Não há sensação melhor do que a de estar vivo, independentemente dessas condições. É por isso que a vida nesse planeta se adapta, se transforma e se agarra a qualquer coisa para resistir à morte.

No caso da mãe que corre risco de vida, e opta por fazer um aborto, nesse caso seria um estado de necessidade. É o mesmo caso do náufrago que canibaliza outro sobrevivente para se manter vivo. Tá, eu até entendo o aborto em uma situação dessas, apesar de não concordar... o ato mais nobre seria a mãe fazer de tudo para proteger o próprio filho.

Mas aborto em caso de estupro!? Tá, eu não sou mulher, e, por mais que possa imaginar, jamais saberei o que é carregar no ventre um embrião que é fruto de um estupro. Mas pera lá! O que tá ali dentro é vida! O filho do estuprador não deve pagar com a morte pelo crime do pai. A culpa não é transferível através das gerações!! Pensar assim é voltar pra idade média. A vida vale mais do que o constrangimento. A vida vale mais do que o trauma ou do que a loucura.

O embrião é um ser indefeso. Ao contrário do bebê, ele não pode nem chorar para se defender... é feio. Poucas coisas nesse planeta são mais feias do que um embrião. Portanto é fácil não se simpatizar por ele... as pessoas tendem a se simpatizar mais em proteger cachorrinhos. Mas o embrião é gente. É um ser humano. Se é que essa palavra ainda tenha algum significado nos dias de hoje...
 
Última edição:
Mas é óbvio que nossas crenças interferem nossos julgamentos. Que juízo é emitido sem influência de alguma crença, ou mesmo sob alguma crença, seja ela religiosa ou puramente filosófica.

Eu creio que a vida humana se acha potencialmente já no espermatozoide. Outros que são contra o aborto podem ter crenças diferentes, mas nenhum crê que um feto não seja um ser humano apenas por uma questão de formação biológica temporal!

Abortistas, por outro lado, creem que depois de um dado momento mágico é que se torna humano. Bom, discordo totalmente disso, mas enfim...

São crenças, visões filosóficas sobre a vida e apesar de todas poderem ser defendidas racionalmente, não existe nenhum fórmula matemática que diga que uma é mais correta que as outras. Pode-se mapear todo o processo de desenvolvimento fetal o mais detalhadamente possível que ainda assim isso de NADA vai adiantar na discussão sobre quando a vida (e sua dignidade) começa/termina. E isso vai além do aborto.

Então, confrontemos as crenças. Qual delas representa o menor perigo à vida humana? Creio ser pelo menos a de que existe uma vida já a partir da concepção. Agora, eu sinceramente não tenho como convencer alguém disso. Alguém sabe me explicar por a + b mesmo o que seja significa vida? E sem crenças, pela pura razão? Desculpa se estou sendo relativista, mas não dá, cara.
 
É legal as pessoas se apegando a um detalhe, Tek falou "estragando o corpo", mas não falou em estética, vocês que deduziram isso, meninas que engravidam cedo estragam seus corpos sim, não vou entrar no mérito do assunto, nem argumentar nesse ponto, pois a Tek é mais capaz de falar isso que eu, e falaram que a mãe não deve pagar, mas o bebê também não, aqui chegamos num obstáculo, ou um ou o outro tem que sofrer, é fácil falarmos de/por alguém que não participa da discussão, ninguém aqui pode opinar com conhecimento de causa, não engravidaram sem querer, não foram estuprados, não correm risco de vida, não entendo como julgam algo que lhes escapa, por isso sou a favor, ser a favor do aborto não quer dizer que toda mulher tem que abortar, mas as que precisarem devem sim poder escolher, se forem estupradas mas quiserem manter a gravidez, tudo bem, está no direito delas, mas as que não quiserem devem ter o mesmo direito.

E só considero vida pelo critério biológico, apenas no 3º mês (quando o embrião vira feto) que o sistema nervoso se forma, e mesmo hoje ninguém chegou num consenso sobre o que significa vida, em alguns critérios vírus são seres vivos, mas em outros não são assim considerados.

Alguém aqui pode me dizer o que é vida?
 
alguns critérios vírus são seres vivos, mas em outros não são assim considerados.

Belíssima comparação.

E você falou do mágico terceiro mês. Aí vai a sua crença que o ser humano antes da formação do sistema nervoso não é humano. O que o torna ser humano é então ser capaz de pensar? Ou ser um ser vivo nascido de outro ser humano? Sorry a lot, mas essa crença não apresenta menos problemas.

E não, não preciso ser estuprado pra saber que é um ato violento, criminoso, imoral e que precisa ser punido e pra saber tantas outras coisas.
 
Biológicamente a mais ínfima célula é viva.

Agora sobre o aborto em caso de estupro, creio que não tenho o direito de opinar contra, pois não faço a menor ideia do sofrimento que uma mulher pode ter nesse caso. Sei que um estupro deixa terríveis cicatrizes psicológicas numa mulher, muitas até se suicidam depois deste ocorrido. Obrigar uma mulher a gerar um filho do estuprador....não posso condenar isso.
 
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Uma mulher correr os riscos de uma gestação e de um parto (sim, partos envolvem riscos de morte) para colocar no mundo o fruto de um estupro é impensável, a menos que ela queira este filho.

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Uma mulher correr os riscos de uma gestação e de um parto (sim, partos envolvem riscos de morte) para colocar no mundo o fruto de um estupro é impensável, a menos que ela queira este filho.

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Sinceramente não entendo esse tipo de raciocínio, que subordina a vida de um ser humano ao árbitro de outro, como se ele fosse algum tipo de brinquedo que criamos e destruímos de acordo com as conveniências. A não ser em risco de morte, risco sério, aí eu abro uma exceção. Estado de necessidade né. Por conveniência material, eugenia, aparência física? Assassinato.
 
E o caso de um pai que perde o emprego, e não pode mais sustentar um filho de 5 anos? Pode matar o moleque?

Sinceramente, não vejo diferença nenhuma entre uma criança e um embrião. Se você ver o filho de um estuprador, de 5 anos de idade, vai ter coragem de condenar ele à morte?

A vida é cheia de dissabores. Quase nunca as coisas acontecem da forma como desejaríamos. Mas a gente tem que seguir em frente com o que a vida nos dá. Tenho certeza que um bebê, por mais que fosse filho biológico de um estuprador, se recebesse amor e carinho seria alegre como qualquer outra criança. Sopraria velinhas todos os anos... jogaria bola e paqueraria as meninas no colégio. Cresceria, poderia entrar na faculdade. Tem certeza mesmo que a solução para a sociedade é exterminar um indivíduo que pode ser assim?
 

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