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Sei que é uma besteira postar isso mas...
estou muito triste por não ter participado dessa edição do Clube.
Não tem desculpa.
O mínimo que posso fazer é ler e depois postar aqui minhas impressões.
Mas só pelos primeiros capítulos deu pra perceber que este livro rende ótimas descobertas, ideias e debates.
No entanto, penso que podemos colocar nossas observações aos poucos, sem pressa, você não acha?
Não terminou bem, Spartaco...
Bom, mas dessa terceira parte, o que marca é a carta do Hippolit. Eu acho a conclusão dele, fantástica. E aí está uma das origens do Existencialismo ou da identificação de Dostoiévski como escritor Existencialista. Quer dizer, não que ele estivesse defendendo a conclusão (o suicídio como revolta), pelo contrário, mas como ele expôs a coisa, muito bem... Aliás, ficamos com a dúvida se Hippolit queria mesmo se matar ou se ele queria que tivessem pena dele. E finalmente, a listagem de todas aquelas cenas de execução faz sentido também. Todos estavam na mesma situação de Hippolit de condenados à morte.
E temos também o desenvolvimento de um quadrado amoroso entre Aglaia - Míchkin - Nastássia - Rogójin. Acho que os personagens de Dostoiévksi sempre tem o sério defeito de serem orgulhosos. Vejam Nastássia (o orgulho rejeita o sem-educação mesmo que com dinheiro, Rogójin) e Rogójin (o orgulho ferido de gostar de Nastássia e ser desprezado). Fora Gánia, Hippolit e outros...
Enfim, na quarta parte ainda tem o confronto entre Aglaia e Nastássia. Digam aí o que acharam. E do final também. O final do príncipe é inevitável para alguém movido a compaixão no mundo de hoje? Com tudo aquilo, não conseguiu salvar ninguém.
Não estou com o livro aqui para citar direitinho, mas acho que o caso de Aglaia não é de azar e ela também não se apaixonou. Acho que ela resolveu escolher alguém que fosse o oposto de Míchkin por raiva de si mesma (talvez?), de Míchkin e da família e como vingança.Aglaia, que saiu derrotada do referido encontro, viu o destino pregar-lhe uma peça, quando ela se apaixonou pelo conde polonês e terminou sem o apoio de sua família.
Então o casamento com o polonês e a conversão ao catolicismo são ofensas à família dela (talvez por ter deixado o "noivado" com Míchkin acontecer), uma forma de contrariar e ofender Míchkin e uma ofensa à própria Rússia. É o contrário do idealismo representado por Míchkin. É como se ela se rendesse à "Civilização Ocidental", por puro ódio da Rússia (rs).This belief [a eslavofilia] was belied by very existence of Poles within the Russian Empire, who - while having Slavic origins - were also deeply Roman Catholic, the Catholic faith forming one of the core values of Polish national identity. Also, while Slavophiles praised the leadership of Russia over other nations of Slavic origin, the Poles' very identity was based on Western European culture and values, and resistance to Russia was seen by them as resistance to something representing an alien way of life. As a result Slavophiles were particularly hostile to the Polish nation, often emotionally attacking it in their writings.
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With that Poland became firmly established to Slavophiles as symbol of Catholicism and Western Europe, that they detested [...]
Não estou com o livro aqui para citar direitinho, mas acho que o caso de Aglaia não é de azar e ela também não se apaixonou. Acho que ela resolveu escolher alguém que fosse o oposto de Míchkin por raiva de si mesma (talvez?), de Míchkin e da família e como vingança.
Isso se relaciona claramente com o discurso de Míchkin na última festa, a de "noivado", na casa dos Iepantchin, quando ele fala do Catolicismo como uma heresia (ou algo assim), uma traição de Cristo e cita o caso dos poloneses, que eram católicos (algo assim, não lembro exatamente). Na hora não entendi muito bem isso, mas tem a ver com certa Eslavofilia de Dostoiéski.