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Discussão [1ª temporada] Episódio 3 (com spoilers)

  • Criador do tópico Criador do tópico Loveless
  • Data de Criação Data de Criação

Qual sua nota para o terceiro episódio da primeira temporada?


  • Total de votantes
    37
Gente, a festa/ritual que precede a partida com a homenagem aos que ficaram pra trás em migrações anterioes. A Poppy é órfã... tadinha... chorei tanto... É muita sutileza em uma série só. 😢
Que lindo!!!
Obrigado, Eruzinho. Vim, vi e gostei.
Halbrand, vc n engana ninguém. De olho em você (um só)!!! 👁️
 
Eu estou com o pessoal que gostou do episódio. Não posso dizer que foi melhor aos dois primeiros, mas manteve aquele estilo proposto, o que é bom.

Númenor está linda. Aquela entrada da cidade, com toda aquela arquitetura, fez com que fosse um ponto forte do episódio. Elendil está muito bem caracterizado. Adorei suas falas e seu modo de se comportar. Foi bem humano ao dar broncas em seus filhos e nobre ao defender de forma indireta a Galadriel.

O warg eu não achei feio, só achei um pouco pequeno demais. Quando jogaram aquela escuridão para sua aparição, achei que fosse sair um bicho maior e mais feroz, mas está bom. Só a batalha em si que deixou um pouco a desejar. Poderia ter sido mais cruel e com melhores cenas de ação. O mesmo vale para aquela briga no meio da cidade do Halbrand. Eu até lembrei daquela briga do Gerald na série do The Witcher que acontece na cidade, mas que foi mais bem formada e com ótimas cenas de ação.

Quanto ao velho misterioso, cada vez mais fica claro que é Gandalf mesmo. Ainda mais que a representação do Sauron deve aparecer no próximo episódio.

Mas confesso que falta algo para me pegar de vez a série. Talvez um Balrog e ótima cenas de ação. Não sei, algo que me faça vibrar durante o episódio, assim como acontece nos filmes que mostram aqueles exércitos imensos com uma trilha sonora maravilhosa. No aguardooooo.
 
A propósito, finalmente vi Tolkien! 🙌🏽
Lord Of The Rings Hobbits GIF by Box Office

Os "proto-hobbits" nesse episódio estão bastante tolkienianos.
Eu me senti parte daquela comunidade. Coisa simples, bonita e cativante. Trem lindo!
A cerimônia de partida ficou comovente.
Jennifer Coolidge Emotion GIF by HBO

Gente, a festa/ritual que precede a partida com a homenagem aos que ficaram pra trás em migrações anterioes. A Poppy é órfã... tadinha... chorei tanto... É muita sutileza em uma série só. 😢
Eu queria abraçar a Poppy.
Talvez um Balrog
Com ou sem asas? :hihihi:
 
Assisti ao terceiro episódio. Com a sensação que a trama começou a avançar mais. Senti falta de Khazad dûm. Gostei mais do worldbuilding que eles fizeram com os hobbits ao citarem os "que ficaram para trás".

Em relação ao núcleo de Númenor:

Galadriel está em um território hostil aos elfos, sem exército, totalmente cercada, mas ainda MUITO arrogante, temerária e precisando da ajuda e recursos para voltar à Terra-média. Achei que eles podiam dar um "hint" para ela usar um pouco de diplomacia e "baixar a bola". Gostei muito de Elendil e do worldbuilding do núcleo.

Acho que Galadriel convencerá Númenor a realizar uma incursão aos domínios de Sauron no sul da Terra-média. Eu, particularmente, mostraria o impacto que o Inimigo teve nos homens de Harad e Rhûn que estavam em estado pré-histórico e numa ignorância histórica/tecnológica por não terem tido o contato com os elfos na Primeira Era.

Até fico pensando no choque que Númenor teria ao perceber que os homens primitivos (chamados de inferiores) conseguiram pular de uma Era Paleolítica para um revolução metalúrgica, engenharia, cultural, política e religiosa através de um "deus-rei" dos cultos e divindades solares à lá Nimrod.

Numa grande unificação teocrática, um único deus e um único monumento de unificação mundial - Torre de Babel x Barad-dur:

No leste e no sul praticamente todos os homens estavam sob seu domínio, e naquele período eles se fortaleceram e construíram muitas cidades e muralhas de pedra; e eram numerosos e ferozes na guerra com suas armas de ferro.

Para eles, Sauron era tanto rei quanto deus; e sentiam um pavor extremo dele, pois sua morada era
cercada com fogo.

Númenor é o que eu acho que é a parte que poderia ser mais bem trabalhada em outro aspecto, não em estética, pois ela tá deslumbrante como uma civilização "mediterrânea" (Minoana?), mas sim em conceito: acho que eles vão falar do repúdio ao dom de Eru, mas não vão mostrar (progressivamente) como a morte influencia a natureza humana, nossos mitos, crenças, medos, sonhos e cultura. Se não comprimissem milhares de anos em poucos anos, seria muita coragem mostrar Númenor como um personagem quase humano evoluindo com o nascimento e morte de seus protagonistas.

Gerando a comoção ao público que viu o crescimento de monarcas e gente do povo evoluindo e mudando a perspectiva da "obediência" à interdição dos Valar. E desenvolver um dos "núcleos" da Queda de Númenor: o medo e a ânsia universal da humanidade em fugir da morte. Semelhante, eu diria, com a busca que Roy e os outros replicantes fizeram em "Blade Runner".

Você mataria e destruiria por mais tempo de vida? Suplantaria toda moral e a ordem "pré-estabelecida" em busca do "bem da vida"? Faria tudo isso para exercer e vivenciar tanta potencialidade e felicidade que se esvaem por causa da morte? Destruiria tudo no caminho para ir "atrás de Deus" e alcançar esta dádiva?
 
Última edição:
Gente, não teria como colocar uma enquete em cada tópico destinado a um episódio, não? Seria legal se pudéssemos avaliar cada episódio, separadamente. A qualidade costuma oscilar. Às vezes, temos um episódio excelente e, em seguida, temos um horrível, o que, no cômputo geral, faz com que a nota caia. Por isso, seria interessante termos enquetes separadas. Ou não. Estou apenas sendo chata, como a elfa do meu avatar.

Podemos fazer uma enquete de brinks, mesmo, aqui no tópico. NÃO VALE APELAR, GENTE. O tópico do povo de mal com a vida é aquele que o Deriel criou para falar sobre os dois primeiros episódios e o povo decidiu ficar por lá surtando. Nem entro mais lá, porque quero falar sobre a série em si, com qualidades e defeitos, e acho que temos feito isso de maneira civilizada. Somos o orgulho das professoras do ensino fundamental 1.​

Como você avalia o terceiro episódio da primeira temporada?

Como a Melian: até o que está ruim, está bom. Amei!
Como um Cirista: nem Lula, nem Bolsonaro. Faço melhor.
Como esquerdista: para ficar melhor, só falta cair o pano. E não estou falando sobre o livro da Agatha Christie. :hanhan:
Como quem tem mais o que fazer: mas não faço, porque preciso criticar a falta de conteúdo da série e dizer que aquela não é a Galadriel.
Como o Quico: não vi, porque não me misturo com gen(i)talha.​

P.S.: Já votei.
 
Não que eu achasse que a série fosse ser mal editada, com visuais mal feitos, ou MUITO MENOS pela diversidade no elenco.
O bom de o episódio sair na sexta é que a gente pode acordar tarde no sábado e comentar mais com a mente descansada.
Então... Eu acho que a diversidade foi rasamente trabalhada. Tornou-se estruturante: foi uma escolha pré-produção e agora não tem mais como mudar. Mesmo assim, isso não nos impede de pontuar algumas coisas.
A primeira que pontuo é que eles refletiram num mundo feudal (ou, ao menos, à luz da fonte deveria sê-lo) e rural a diversidade urbana das metrópoles multiculturais da anglosfera, como Londres, Nova York ou Toronto: Sadoc é negro, mas Nori é branca dos olhos azuis. Fica inverossímil, por que como isso seria facilmente possível num povo fechado e isolado?
O segundo ponto é que o único protagonista negro do seu núcleo é Arondir e, ainda assim, não tiveram sequer a amplidão de olhar de fazê-lo comandante da guarnição. Todos os demais são coadjuvantes: no núcleo pé-peludo há Sadoc, mas a protagonista é Nori, branca; no núcleo anão há Disa, mas o protagonista é Durin, ruivo; no núcleo númenóreano há Míriel, mas o protagonista há de ser (?) Pharazôn. É uma diversidade bastante subalternizada, para dizer o mínimo.
Acho que tiveram tempo e recursos bastantes para entregar algo mais arrojado. Tolkien foi cuidadoso em criar uma diversidade étnica para a Terra Média, já que o fez para dotar as suas línguas de histórias. Nesse sentido, ficaria muito verossímil que, por exemplo, os pés-peludos todos tivessem pele mais escura. Mas, enfim, fica para um/a ousado/a que empreender nova produção.
Observação: tudo isso em matéria de diversidade étnica, porque se abordarmos a de gênero, lá vamos nos repetir sobre o esteriótipo de mulher poderosa que deram a Galadriel.
 
Isto aqui é muito Tolkien:

Ver anexo 93989

🥰🥰🥰
É sobre isso.
É por isso que sempre que vejo o RdR de P.J. me levanto e vou dar aquela olhada na geladeira de quem não sabe o que quer quando chega a cena em que Frodo manda embora Sam na escada para Cirith Ungol. 🤬
Prova de que até a melhor das adaptações pode ter equívocos maiúsculos (juízo pessoal, claro).
 
Fala sério, Disa rouba a cena. A pergunta que interessa é se os atores estão mandando bem ou não. O resto é pura problematização (que ironia, né?).
Mas o Sr. autoriza que cada um/a se interesse pelo que quiser, perguntando ou respondendo, problematizando ou solucionando? Ou não nos resta senão olhar para cima à espera de o Sr. nos conceder o que lhe interessa?
 
Última edição:
E já que está autorizado, continuando enquanto o almoço não sai...
Halbrand está se mostrando surpreendente, mas não achei forçada essa linhagem dele como descendente direto dos senhores que juraram lealdade a Morgoth, poderia muito bem vir a se tornar um nazgul, embora não creie que seja exatamente o Rei.
Olhe, confesso que até então não dava nada por ele, mas se mostrou uma personagem promissora. Para mim, tem tudo para se tornar o rei-bruxo. Por ordem de aparição: mágoa (na jangada e na prisão), inteligência (no Salão do Trono e à mesa no porto), ira (no beco), linhagem real e, por meio desta, ligação prévia com Sauron (prisão), sem falar da desonestidade em furtar a fivela.
O núcleo que era o mais interessante, o do Arrondir, acabou sendo o mais decepcionante. Não me convenceram nem aquelas cenas de luta nem o chihauwarg nem todo o desenvolvimento narrativo, vamos ver se melhora no próximo.
Sinceramente não antevejo como aquilo poderá melhorar. Se melhorar, vou ficar surpreso. Foi uma má escolha botar um protetorado élfico no que eles chamaram de Terras Meridionais. Como assim elfos fazendo ocupação militar de terras de homens e do outro lado do mundo, gente? 🤷🏽‍♂️ Mesmo nos Dias Antigos, quando as casas dos Edain serviram aos senhores élficos, era uma relação feudal. Se comprimiram o tempo às vidas de Elendil e seus filhos, ficaria mais verossímil que, em vez de elfos, aquela presença dominadora fosse de númenóreanos de Umbar, mas é claro que não teria climão de romance entre elfo e humana, né? 💔🤭
Sem falar que... como é que aquela tropa de orques muito mais ou menos capturou uma guarnição élfica encastelada? 🤦🏽‍♂️
 
(...)
Sinceramente não antevejo como aquilo poderá melhorar. Se melhorar, vou ficar surpreso. Foi uma má escolha botar um protetorado élfico no que eles chamaram de Terras Meridionais. Como assim elfos fazendo ocupação militar de terras de homens e do outro lado do mundo, gente? 🤷🏽‍♂️ Mesmo nos Dias Antigos, quando as casas dos Edain serviram aos senhores élficos, era uma relação feudal. Se comprimiram o tempo às vidas de Elendil e seus filhos, ficaria mais verossímil que, em vez de elfos, aquela presença dominadora fosse de númenóreanos de Umbar, mas é claro que não teria climão de romance entre elfo e humana, né? 💔🤭
🤦🏽‍♂️
Não é tão sem sentido se vc levar em consideração que a população élfica, em especial dos Noldor*, decaiu em número consideravelmente durante a Segunda Era. Antes os Homens viviam em regiões com "vassalagem" com Senhores Élficos, mas até onde o Tolkien falou, só em Beleriand. Nenhum povo humano lá tinha "rei" próprio na Primeira Era em Beleriand.

O que eles sugerem é que a vertente "easterling" da Browyn e do Theo tinha um status completamente diferenciado já no meio da Segunda Era ou até mesmo antes uma vez que já tinha "rei próprio" mil anos antes do período retratado no Rings of Power.

* Mas tb houve um decréscimo considerável na população dos outros povos élficos em relação à humana já que muita gente morreu na Guerra da Ira e a população humana se propaga num ritmo expoencialmente maior.

Então é um povo que NÃO ERA vassalo de povo élfico nenhum e tinha com os elfos uma relação de franca hostilidade. Era um povo apegado a uma hierarquia e situação política completamente diferenciada e provavelmente inimiga figadal dos elfos em qualquer lugar numa proporção talvez até maior do que suas contrapartes "beleriândicas".

De Os Anéis de Poder e da Terceira Era.

Elsewhere in Middle-earth there was peace for many years; yet the lands were
for the most part savage and desolate, save only where the people of Beleriand
came. Many Elves dwelt there indeed, as they had dwelt through the countless
years, wandering free in the wide lands far from the Sea; but they were Avari, to
whom the deeds of Beleriand were but a rumour and Valinor only a distant
name. And in the south and in the further east Men multiplied; and most of them
turned to evil, for Sauron was at work
.

Assim, a situação é uma INVERSÃO do que acontecia com os Easterlings ocupando Hithlum na Primeira Era e oprimindo o Povo de Hador depois da Nirnaeth Arnoediad, com a diferença que os elfos em Tir Harad não usurpam o auto governo da população ou a escravizam como os Easterlings fizeram com o "resto do povo de Hador,

Só agem como "Rangers" ou "Polícia", no sentido estrito do termo, mais parecido com uma "Legião Estrangeira" s´so levemente intervencionista em comparação. Eles mandam uma força militarizada pra lá pq não existe um número suficiente de elfos pra manter aquela população sob controle via "vassalagem" como acontecia em Beleriand.

Mas acho que é bom salientar... A noção de ter uma guarnição, de terem extinguido a monarquia, ou permitido sua deposição por brigas internas, já que parece que a família do Halbrand estava "oculta" há muito tempo, não significa ao contrário do que andaram imediatamente presumindo, que existe "opressão" ou abuso de força como uma Roma ocupando a Inglaterra no fim da Idade Antiga. O próprio Halbrand saiu dizendo pra Galadriel que o problema que eles tiveram lá no Sul foi com Orques e não com elfos.

Sem falar que... como é que aquela tropa de orques muito mais ou menos capturou uma guarnição élfica encastelada?
🤦🏽‍♂️

Eles dão a entender que a captura dos elfos junto com Arondir foi quando eles estavam fora em patrulha e já se preparando pra irem embora e não quando eles estavam encastelados até pq o ataque ao posto élfico na torre, a julgar pelas imagens e cenas já mostradas, ainda está por acontecer.
(...)

É claro que ainda há más escolhas, a meu ver, como a necessidade de criar um diálogo de efeito entre Galadriel e Halbrand na chegada a Númenor, quando ela deveria ter reconhecido os númenóreanos assim que subiu ao convés do navio e viu que tipo de embarcação era, como se vestia e falava a tripulação. Mas, de fato, quem não é leitor de Tolkien nem se percebe essas coisas. Percebe, sim, a necessidade de criar outro diálogo entre os dois na prisão e o teletransporte dela de um lado para o outro da ilha. 🤭 Contudo, nesse terceiro episódio observei menor quantidade desses subterfúgios, que no primeiro e segundo eram quase a regra.
Você viu evidência irrefutável de que não há passagem de tempo maior na "cavalgada" de Galadriel e Elendil pra Andunië só pq eles não são mostrados acampando no meio do caminho ou algo assim? ? Ou pq falta aquele aparte daquele tipo "dez ou quinze dias depois" como se costuma colocar às vezes? Ou só pq a roupa escolhida por Galadriel é uma "roupa de passeio"? Admitadamente, a roupa escolhida não foi exatamente a mais apropriada pro momento nem pra atividade desempenhada mas...

O fato deles buscarem é enfatizar o "efeito dramático" "novela das seis" ( no mau sentido) da liberdade "amazônica" da Galadriel não significa que não houvesse transcorrido um lapso maior de tempo do que foi mostrado on screen. O mesmo vale, creio eu, pra ida de Celembrimbor e Elrond de Eregion até as Portas Ocidentais de Moria no Primeiro ou Segundo episódio.

Em mídia audiovisual, é comum editar fora esse tipo de conteúdo por conveniência dramática e como os primeiros episódios do Rings of Power já são PESADAÇOS por conta de serem "Setup, Setup, Setup"* pra contrução de mundo é perfeitamente natural que eles eliminem o máximo possível as digressões pra dar conta da passagem "realista" do tempo.

Tem até o célebre grupo de pessoas que acha que a Comitiva do Anel atravessou Moria em meia hora e não em quatro dias de caminhada pq os filmes do PJ não sugerem de forma mais explícita a passagem de tempo transcorrido.


Do mesmo jeito, acho que seria bom a gente parar de presumir que, porque certas coisas são exibidas na tela ao mesmo tempo em núcleos diferentes que tudo o que é mostrado se passa ao mesmo tempo "in universe" concretamente de forma "passo a passo".

Muitas vezes esse pode não ser exatamente o caso e o formato adotado é por conta de conveniências narrativas e dramáticas e não por fidelidade extrema à plausibilidade logística de quem está olhando as coisas no mapa. Tb pode ser uma maneira esperta de esconder certas coisas em plena vista e pegar o público desprevenido com algum twist em cima disso mesmo. Muito provavelmente, acredito que ficará claro depois, o núcleo de Tir Harad NÃO se passa simultaneamente com o resto da ação nos outros núcleos como a gente pode estar sendo induzido a pensar.

* ( setup, setup, setup, como o Daniel Greene enfatizou aí embora gostando MUITO dos dois primeiros episódios)
 
Última edição:
Galadriel em Numenor na época do Ar-Pharazon sem ao menos 1 anel de poder forjado, Orcs Vampiros que queimam a luz do sol, humano mais sábio que a Galadriel na corte de Numenor, a tentativa de forjar um novo Legolas com o elfo pardo acrobata. O ser que caiu do céu sem explicação até o momento. Nem sei por onde começar. Na minha opinião o ep 3 encerrou qualquer possibilidade de salvar aquilo ali que não é obra de Tolkien, mas sim, obra de crianças roteiristas que leram o resumo do resumo do Silma.
É por aí mesmo. Concordo. Principalmente nessa da Galadriel.
Já perceberam como alguns haters só conseguem apontar desvios em relação ao "cânon"?
Nada além, nunquinha. É como se a "fidelidade à fonte" fosse a régua suprema para avaliar uma obra de arte, quando deveria ser, se muito, um apêndice à crítica e à fruição. Já sabemos que não vão seguir à risca o material de origem. Virem o disco.
É baseada numa obra de Tolkien não é mesmo? Então, sim, os desvios não são bem-vindos para muitos de nós. Não gostei daquele Troll que golpeou Frodo em Moria, que mesmo com mithrill iria ser totalmente esmagado. Era um orc no livro. Compreendi perfeitamente que por causa de maximização de personagens, Glorfíndel foi trocado por Arwen quando pegou frodo depois do golpe no topo do vento. Há mudanças compreensíveis, e mudanças desnecessárias, tolas até, eu diria.

Avaliar uma obra de fantasia por si só não precisa de comparação. Avaliar uma obra baseada em literatura sempre terá a própria literatura como régua de medição. Você não acha isso um tanto natural? Não me incomoda aqui no fórum as pessoas terem gostado da série. De certa forma fico feliz por elas, se me entende, o que me incomoda é essa ataque a quem expõe seus desgostos. Oxi... será que vou ter que ficar só no Fórum do (Diga Amigo e Entre!)? Aqui as paixões parecem estar prevalecendo sobre o direito dos outros de exporem, suas alegrias ou decepções, no meu caso muitas decepções.

Que seja então 'O Senhor do Anéis: Os anéis de poder da prime amazon' O anel mestre provavelmente será o do Bezos.
Vai desfigurar a obra inteira?
É isso que estou sentindo. Desfigurando a obra. É, como ouvi dizer, vagamente baseada em Tolkien, agora tenho certeza disso, apesar de que quando ouvi não comprei a ideia, decidi assistir e tomar eu mesmo minhas conclusões. As terras estão lá, os personagens tem o mesmo nome, mas está tudo desfigurado. Que ótimo que isso não incomoda alguns. Poderão assisitir sem esse desgosto que sinto.

A esse tipo de espectador — leitor de Tolkien — creio que, mais do que estranhar, a tal da compressão temporal atordoa. Ainda assim, até esse aspecto ficou mais bem trabalhado, pois agora se sabe que tudo foi comprimido para caber no tempo das vidas de Elendil e de seus filhos. No entanto, me pergunto, caso esse período de tempo abranja toda a série, de onde é que vão tirar tanta matéria para cinco temporadas. Afinal, a fonte do roteiro, digamos assim, é apenas o fim da Segunda Era.
A compressão temporal estranha e muito. Quando eu li que seriam várias temporadas já fiquei empolgado, achando que veria a Alvorada e o Ocaso de Númenor. Algumas temporadas poderiam focar em Annatar em na forjadura dos anéis, outras mais em Númenor. Pensei, "vai ser lindo", mas quando ví Míriel repensei "ferrou tudo", tá no fim da segunda era. Cara, não tem como uma Galadriel do fim da segunda era ser tão afoita, tola, guerrerinha incompreendida, não saber se comportar ante o trono de Númenor, quano eu vi o primeiro espisódio, achei que toda essa busca dela era porque a segunda era tinha acabado de começar. Os dramas da primeira era estavam ainda bem vívidos, mas enfim, é isso. Até Ar-Pharazôn são mais de 3 mil anos só na segunda era. Esse tempo todo ela ficou assim, com essa carranca, correndo de um lado para outro procurando Sauron e sendo incompreendida. 3 mil anos...

mas não achei forçada essa linhagem dele como descendente direto dos senhores que juraram lealdade a Morgoth, poderia muito bem vir a se tornar um nazgul, embora não creie que seja exatamente o Rei.

(...)

Não, o problema é que você está julgando a série exatamente como os nerdolas de 2001 julgaram os filmes, com uma régua de gente ignorante que não sabe fruir uma obra de arte. É uma crítica boba, e infantil. Ademais, os problemas de compressão temporal foram confessados logo no começo, é um choro inútil.
Acho que muita coisa não foi dita sobre a Terra-Média na segunda era, e aqui penso que a equipe tem muita liberdade de criação. Achei legal a ideia que usaram para o amiguinho da Galadriel. Se referem a hater quando alguns apontam as falhas da série, mas olha esse comentário final. Então, como disse o amigo lá em cima, isso não é Senhor dos Anéis, é uma coisa inspirada nisso, eles podem escrever o que quiserem, podem fazer Morgoth voltar e se tranformar em Tom Bombadill, pode fazer Númenor não ser destruída, podem fazer Isildur casar com uma elfo e ir morar em Lórien, porque, afinal de contas, eles já estão fazendo o que quere, e não devemos criticar nada, porqu se não esteremos sendo "bobos, infantis".

Quanto ao velho misterioso, cada vez mais fica claro que é Gandalf mesmo. Ainda mais que a representação do Sauron deve aparecer no próximo episódio.
Gandalf vem sozinho, sem os outros 4? Na era errada, e age como um imbecil. O que que houve com ele quando saiu do oeste e veio para a Terra-Média, pra ficar tão estranho assim? E ainda por cima um ser atrapalhado, quase bobalhão. Vários seres atravessaram do Oeste para a Terra-Média, Elfos, os senhores do oeste, os maiar que os acompanharam na guerra da ira, Oromë vinha ali cavalgar, era uma ida e vinda não tão incomum. Daí Gandalf faz essa travessia via cometa parecendo um imbecil quando chega aqui? Não sei, pra mim não tá fechando.

Eu, particularmente, mostraria o impacto que o Inimigo teve nos homens de Harad e Rhûn que estavam em estado pré-histórico e numa ignorância histórica/tecnológica por não terem tido o contato com os elfos na Primeira Era.

Até fico pensando no choque que Númenor teria ao perceber que os homens primitivos (chamados de inferiores) conseguiram pular de uma Era Paleolítica para um revolução metalúrgica, engenharia, cultural, política e religiosa através de um "deus-rei" dos cultos e divindades solares à lá Nimrod.
Mas os numenorianos navegavam até a costa da Terra-Média e inclusive cobravam tributos de alguns dos povos que lá viviam. Como a Amazon faz o que quer, até poderia reescrever a história e dizer que perderam o contato, daí poderia fazer sentido

Gerando a comoção ao público que viu o crescimento de monarcas e gente do povo evoluindo e mudando a perspectiva da "obediência" à interdição dos Valar. E desenvolver um dos "núcleos" da Queda de Númenor: o medo e a ânsia universal da humanidade em fugir da morte. Semelhante, eu diria, com a busca que Roy e os outros replicantes fizeram em "Blade Runner".

Você mataria e destruiria por mais tempo de vida? Suplantaria toda moral e a ordem "pré-estabelecida" em busca do "bem da vida"? Faria tudo isso para exercer e vivenciar tanta potencialidade e felicidade que se esvaem por causa da morte? Destruiria tudo no caminho para ir "atrás de Deus" e alcançar esta dádiva?
Foi perfeito como você colocou. Era isso que eu esperava.

"Graças aos Elfos vocês ganharam essa ilha" Disse Galadriel perante Ar-Pharazôn e Míriel. Eles ganharam a ilha pela graça dos Valar. COmo diz o Silma, Númenor foi "erguida por Ossë das profundezas das Grandes Águas, e foi estabelecida por Aulë e enriquecida por Yavanna;"

Daí vem a Galadriel e joga essa mentira ali. Que pode ser verdade na Amazon Timeline.

Não sei porque chamam Míriel de rainha regente. Se Ar-Pharazhôn ainda não ururpou o trono, ela é a rainha de direito e fato, não regente. Mas diz os apêndices do livro 3 dizem que ela nem chegou a ser a 4ª rainha, porque Ar-Pharzhôn casou-se com ela para tomar o poder (ou não, afinal aqui é a Amazon timeline, ninguém sabe o que vai ocorrer). Parece ser o caso de que ela é regente porque o rei foi aprisionado nessa versão da Amazon, oque, ou eu perdi alguma informação, ou é outro desvio.

A língua élfica é falada mais naturalmente na série. Nos filmes é falada lentamente, como quando um novato fala uma língua que não é nativa.
Ao analisar quele símbolo com Elendile ver que era um mapa para Mordor, Galadriel diz "como eu não percebi", bom com as montanhas alinhadas erroneamente e a ponta da cadeia das "White Mountains" colocada isoladamente, parecendo outra montanha solitária, daí fica difícil mesmo né.

Concordo como que foi dito sobre Elendil, dignamente representado. A série continua merecendo ser assistida pelo modo como retrata os locais... pra mim, lindamente representados, praticamente de forma impecável.

os problemas de compressão temporal foram confessados logo no começo, é um choro inútil.
Acho que é isso. É isso que vai ser. Meu mimimi não vai mudar isso. Como já disse antes, sensação de oportunidade perdida. A franquia nas mãos erradas. Sò me resta lamentar e aceitar que dói menos. Não vai adiantar vir aqui e apontar os devios, mas é só o que me dá vontade de fazer. Talvez possamos criar um fórum só pra discutir os desvios, para não incomodar os fãs incondicionais da Amazon.
 
Última edição:
Eu, particularmente, mostraria o impacto que o Inimigo teve nos homens de Harad e Rhûn que estavam em estado pré-histórico e numa ignorância histórica/tecnológica por não terem tido o contato com os elfos na Primeira Era.

Até fico pensando no choque que Númenor teria ao perceber que os homens primitivos (chamados de inferiores) conseguiram pular de uma Era Paleolítica para um revolução metalúrgica, engenharia, cultural, política e religiosa através de um "deus-rei" dos cultos e divindades solares à lá Nimrod.
Você percebeu que os homens das Terras Meridionais têm nomes aparentemente anglo-saxões? No material original (acho que vou adotar essa locução de agora em diante), o povo que têm nomes anglo-saxões e fala inglês antigo são os Rohirrim, que aparecem pela primeira vez na região das cabeceiras do Anduin, se não me engano. A série vai fazer uma migração deles rio acima ou não há relação nenhuma com o material original mesmo?
Na verdade, dando continuidade à crítica da diversidade que fiz pela manhã, tudo me faz crer que faltou um trabalho sobre os povos, as línguas e as culturas da Terra Média que preenchesse as lacunas do material original de forma coerente. Parece ter faltado uma espécie de assessoria antropológica.
Nesse ponto, sinceramente tudo me parece muito preguiçoso, como se os roteiristas tivessem lido artigos enciclopédicos sobre os povos, as línguas e as culturas e os caracterizado da forma mais fácil. Esses meridionais — que não são os Haradrim — aparentam ser homens do fim da T.E. falantes de língua comum.
Númenor é o que eu acho que é a parte que poderia ser mais bem trabalhada em outro aspecto, não em estética, pois ela tá deslumbrante como uma civilização "mediterrânea" (Minoana?)
Cara, adorei isso! ❤️ Eu nunca tinha imaginado Númenor como uma civilização de estética mediterrânea. A percussão da trilha sonora até me deu um estalo de um quê de púnico (não que a gente saiba como era a música púnica, mas como a própria palavra tambor tem origem árabe, nos pode evocar isso), mas não tinha ligado uma coisa à outra até ler a sua observação. E não ficou nada mal! Na verdade, gostaria de ver isso mais desenvolvido.
Convém lembrar que Tolkien era um germanista, muito interessado, além disso, nos povos e línguas célticos e fínicos. Raramente vemos nele, ao menos de forma patente, algo que nos evoque a Antiguidade clássica ou o Oriente Médio.
 
Acho que é isso. É isso que vai ser. Meu mimimi não vai mudar isso. Como já disse antes, sensação de oportunidade perdida. A franquia nas mãos erradas. Sò me resta lamentar e aceitar que dói menos. Não vai adiantar vir aqui e apontar os devios, mas é só o que me dá vontade de fazer. Talvez possamos criar um fórum só pra discutir os desvios, para não incomodar os fãs incondicionais da Amazon.

Eferos...eu vejo a série da Amazon como um "teste drive" pra verificar a plausibilidade comercial de se explorar materiais da Primeira e Segunda Eras na mídia audiovisual até pq o Tolkien Estate NÃO negociou os direitos pra adaptar os livros que cobrem esse período de tempo.

Se não negociou é compreensível que certas coisas eles não possam mesmo usar do modo como estão nos livros mesmo que eles, sozinhos, pudessem mesmo suprir o progresso narrativo da trama como uma coisa "romanceada" como Game of Thrones ou até como a Casa do Dragão o que gente sabe não ser o caso. Pq a escala dos acontecimentos tal como contados por Tolkien demandaria 3 séries de cinquenta episódios mesmo que fosse enfocar só Segunda Era se fosse pra acompanhar como série dramática televisiva.

Ademais a idéia dos Showrunners é engatar um spin-off logo depois que Rings of Power terminar e o pessoal da Amazon parece estar em vistas de entrar num acordo com a Time Warner pra construção de um universo compartilhado. Ao que parece tb o Stranger NÃO É Gandalf ou Olórin mas, sim, um dos Feiticeiros Azuis que Tolkien em textos tardios definiu como tendo vindo pra Terra-média na Segunda Era.

Você percebeu que os homens das Terras Meridionais têm nomes aparentemente anglo-saxões? No material original (acho que vou adotar essa locução de agora em diante), o povo que têm nomes anglo-saxões e fala inglês antigo são os Rohirrim, que aparecem pela primeira vez na região das cabeceiras do Anduin, se não me engano. A série vai fazer uma migração deles rio acima ou não há relação nenhuma com o material original mesmo?

Browyn é galês . Mas "Theo" parece tender pro grego


Meaning:fair, blessed breast; white raven
Bronwyn is a girl's name of Welsh origin. It is a variation of Branwen, which means "white raven" or "fair, blessed breast." While white ravens actually exist in the animal kingdom, they are few and far between. With this in mind, you can use the name Bronwyn to celebrate your daughter's unique personality and encourage them to embrace their quirks.




is a Welsh masculine given name, a variant of the mostly feminine version Bronwen/Branwen, literally meaning "White Raven (or Crow)" or, abstractly, "White Breast" (from bran, raven, and bron ("breast") and [g]wen ("white, fair, blessed)".[1] Because the suffix -wyn is grammatically masculine in Welsh, Bronwyn is a spelling is generally only used for female names in the English-speaking world outside Wales. The name may refer to

Eu tenho a impressão de que Sauron organizou esse povo do Sudeste da Terra-média como uma espécie de "horda" com povos de procedências linguísticas e étnicas diferenciadas. Originalmente isso até facilitaria a sua submissão a si próprio do mesmo jeito que os povos escravizados da África e trazidos pra cá tinham as famílias desmembradas e , se possível, colocados em compartimentos "etnológicos" diferentes pra não falarem a mesma língua. Ou pelo menos assim rezava a "lenda" que hj em dia está sendo constestada.

No campo da historiografia linguística, Antonio Houaiss, apesar de atentar
para as formas de comunicação travadas pelos africanos, para a convivência
entre códigos linguísticos distintos e para a importância das línguas gerais, pontos
que apontam para a complexidade da questão da comunicação no contexto da
escravidão no Brasil, também reproduz o tópos da separação linguística como
uma política senhorial, afirmando que a “mistura de línguas africanas, que as
enfraquecia relativamente, começava nos portos e postos negreiros da África”.
E continua: “O fato é que aqui chegados, eram separados, de modo que não
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ficassem juntos nem por línguas, nem por etnias, nem mesmo por famílias, a
fim de serem quebrados nos seus eventuais ímpetos de rebeldia” (HOUAISS
1985, p. 71 e 72). Houaiss tampouco apresenta uma referência específica para
essas afirmações. Alguns autores recentes continuam a retomar a “política de
multiplicidade” como marca da história linguística do Brasil, invariavelmente
sem uma referência documental consistente.1 Em buscas já realizadas na
legislação colonial, bem como em registros de autoridades coloniais, como o
Conselho Ultramarino, não se identificou nenhum registro que corroborasse a
existência de uma política intencional de separação linguística dos africanos a
serem traficados e escravizados no Brasil.

Assim como seus Orcs reúnem varias tribos numa mesma bandeira o seu "rei" teria sido empossado por edito divino do próprio Annatar.

Lembrando uma coisa aqui....nada impede Sauron de tomar a forma de alguém pré-existente eqto o "original" pode estar cativo em algum lugar distante da ação ou já ter sido morto mesmo com a finalidade de facilitar sua infiltração.

Sei que, se eu fosse um maia maligno ou com perspectivas de más-intenções futuras com habilidade de mudar de forma, uma das coisas que eu gostaria de fazer seria mesmo ver Númenor e conhecer de antemão sua política interna e fraquezas sediciosas pra poder explorá-las depois.

Faz perfeito sentido um Sauron dar um jeito de chegar lá pra dar uma espiada e espionada ( sem falar nos seus outros possíveis servos com habilidade similar) BEM ANTES de Ar Pharazôn vir "submetê-lo"e botá-lo a ferro pra levá-lo como prisioneiro pra lá.
 
Última edição:
Você percebeu que os homens das Terras Meridionais têm nomes aparentemente anglo-saxões? No material original (acho que vou adotar essa locução de agora em diante), o povo que têm nomes anglo-saxões e fala inglês antigo são os Rohirrim, que aparecem pela primeira vez na região das cabeceiras do Anduin, se não me engano. A série vai fazer uma migração deles rio acima ou não há relação nenhuma com o material original mesmo?
Na verdade, dando continuidade à crítica da diversidade que fiz pela manhã, tudo me faz crer que faltou um trabalho sobre os povos, as línguas e as culturas da Terra Média que preenchesse as lacunas do material original de forma coerente. Parece ter faltado uma espécie de assessoria antropológica.
Nesse ponto, sinceramente tudo me parece muito preguiçoso, como se os roteiristas tivessem lido artigos enciclopédicos sobre os povos, as línguas e as culturas e os caracterizado da forma mais fácil. Esses meridionais — que não são os Haradrim — aparentam ser homens do fim da T.E. falantes de língua comum.

Cara, adorei isso! ❤️ Eu nunca tinha imaginado Númenor como uma civilização de estética mediterrânea. A percussão da trilha sonora até me deu um estalo de um quê de púnico (não que a gente saiba como era a música púnica, mas como a própria palavra tambor tem origem árabe, nos pode evocar isso), mas não tinha ligado uma coisa à outra até ler a sua observação. E não ficou nada mal! Na verdade, gostaria de ver isso mais desenvolvido.
Convém lembrar que Tolkien era um germanista, muito interessado, além disso, nos povos e línguas célticos e fínicos. Raramente vemos nele, ao menos de forma patente, algo que nos evoque a Antiguidade clássica ou o Oriente Médio.


Os Haradrins e os povos do leste já existiam na 2ª Era. Sobre Harad: Tolkien se inspirou na Etiópia para a criação desse povo: http://tolkiengateway.net/wiki/Haradrim

"Christopher Tolkien linked the Haradrim with ancient Aethiopians. In an interview from 1966, Tolkien likened Berúthiel to the giantess Skaði of Norse mythology, since they both shared a dislike for "seaside life". Additionally, Tolkien scholar Tom Shippey stated in reference to the 'black men like half-trolls' passage from The Return of the King that Tolkien was attempting to write like a medieval chronicler in describing the Rohirrim's encounter with a Haradrim: "[...] and when medieval Europeans first encountered sub-Saharan Africans, they were genuinely confused about them, and rather frightened."

"Much of Tolkien's influence for Harad and the Haradrim came about from his essay Sigelwara Land, in which he examined the etymology of Sigelwaran (and the more usual form Sigelhearwan) — the Old English word for Ethiopians."

Sobre os povos do leste. Tolkien falava que era inspirado na Ásia (China, Japão, etc): http://tolkiengateway.net/wiki/Rhûn#Etymology

"When asked in an interview what lay east of Rhûn, Tolkien replied "Rhûn is the Elvish word for 'east'. Asia, China, Japan, and all things which people in the west regard as far away."
Até a fala do Bilbo em enfrentar os "povos dragões do leste" possuía uma versão antiga que referenciava a própria China:

In the earliest drafts of The Hobbit, Bilbo offered to walk from the Shire "to [cancelled: Hindu Kush] the Great Desert of Gobi and fight the Wild Wire worm(s) of the Chinese."[19] In a slightly later version J.R.R. Tolkien altered this to say "to the last desert in the East and fight the Wild Wireworms of the Chinese",[20] and in the final version it was altered once more to say "to the East of East and fight the wild Were-worms in the Last Desert."[21]
O próprio autor já tinha pensado nisso. Um reflexo de aspectos do nosso próprio Mundo. Pena que a série (me parece) não vai explorar essas regiões e homenagear os mitos e histórias da África e Ásia.
 
Estranha e muito. Quando eu li que seriam várias temporadas já fiquei empolgado, achando que veria a Alvorada e o Ocaso de Númaior. Algumas temporadas poderiam focar em Annatar em na forjadura dos anéis, outras mais em Númanor. Pensei, "vai ser lindo", mas quando ví Míriel repensei "ferrou tudo", tá no fim da segunda era. Cara, não tem como uma Galadriel do fim da segunda era ser tão afoita, tola, guerrerinha incompreendida, não saber se comportar ante o trono de Númaior, quano eu vi o primeiro espisódio, achei que toda essa busca dela era porque a segunda era tinha acabado de começar. Os dramas da primeira era estavam ainda bem vívidos, mas enfim, é isso. Até Ar-Pharazôn são mais de 3 mil anos só na segunda era. Esse tempo todo ela ficou assim, com essa carranca, correndo de um lado para outro procurando Sauron e sendo incompreendida. 3 mil anos...
Tenho relido os apêndices do SdA desde o começo da semana para não ficar tão atordoado. Pois bem, depois de passar pelo Conto dos Anos e antes de ver o terceiro episódio, pensei que cada temporada teria um núcleo númenóreano e que o núcleo élfico e Sauron perpassariam, obviamente, por todas as temporadas. Agora, não vou mentir, tenho achado que essas tais temporadas são planos B, C, D etc. caso a primeira dê certo (comercialmente). Os conteúdos dessas próximas? 🤷🏽‍♂️ Da forma como está, o Akallabêth na derradeira de cinco temporadas? 🤔 Parece um pouco esticado, não? 😅
Concordo como que foi dito sobre Elendil, dignamente representado.
O ator e a caracterização de Elendil é, para mim, outro ponto muito alto desse episódio. 👏🏽
 
Avaliar uma obra de fantasia por si só não precisa de comparação. Avaliar uma obra baseada em literatura sempre terá a própria literatura como régua de medição. Você não acha isso um tanto natural?
A primeira frase não faz sentido, a rigor, se a "comparação" a que você se refere for com uma fonte original. Sendo a fantasia original por si mesma, uma avaliação comparativa não é que não seja precisa, mas é mesmo impossível. A comparação com outras obras, do gênero ou o que seja, sempre é possível, claro. Podem-se sempre comparar quaisquer duas coisas, uma vez que se decida por qual critério. Mas não era disso que você falava, suponho.

E eu discordo veementemente da segunda frase, como aliás acho que deixei isso bem claro em post anterior: a comparação à fonte (literária, no caso) deve ser no máximo um apêndice para a crítica e mesmo para a fruição. Tomo a liberdade de apenas repetir-me nesse ponto. Então, concluindo: não acho um "tanto natural"; só acho que é um mau hábito se cristalizando entre consumidores de cultura pop. E, no caso particular da minha queixa, o problema é quando a análise começa e termina por ali, na comparação. Por isso mesmo ressaltei que alguns haters nunca avançam um tiquinho além disso. Outros, sim. Como a nossa já querida Kim, cuja birra com a série é tanta que a faz reclamar até da coroa de louros da Shopee, das frases de Facebook ou da cachoeira que parece um gif animado, etc. Mesmo que eu considere tais afirmativas injustas, ao menos não era só uma listinha de mudanças em relação ao cânone.
 
É... a série continua boa pra quem se contenta em não ver mais do que referências visuais à obra do Tolkien. Parece um longo comercial temático da Amazon, cheio de imagens grandiosas, porém, artificiais. Os únicos méritos da série estão, na verdade, fora dela: imaginarmos o que virá depois, levando em consideração o que conhecemos do material que a inspirou.
Acredito que, a medida que o enredo avança, e fique mais claro quem é quem e como acontecerão os grandes eventos, o interesse inicial se dissipará. Digo isso pois está claro nesses três episódios que os responsáveis não têm capacidade de narrar uma história coesa e criativa. O roteiro está cheio de soluções fáceis e inverossímeis, preguiçosas ou de pouca imaginação.
Pouco me importa as mudanças temporais que estão fazendo (trazerem personagens uma era antes), o problema é quando isso não é feito por uma necessidade narrativa, mas por puro fan service mesmo. Sem contar que, apesar de esnobarem o Peter Jackson, não veem problema em fazer referências às pieguices que o mesmo inventou (o grito no navio, ISILDUR!) numa tentativa de agradar àqueles fãs dos filmes que nunca tocaram nos livros.
E aí está o que me incomoda nesses enlatados bilionários da indústria cultural: usar o nome de grandes obras pra produzir obras inferiores e sem valor algum além de distração e entretenimento. Basta maquiar com referências óbvias, remover ou alterar aquilo que tem potencial de ferir as sensibilidades contemporâneas e... pronto! Está servido o seu fast food tolkieniano.
 

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