Dottovon
Usuário
No que acreditas que estao se distanciando mais?
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Discussão [2ª temporada] Episódio 1 (com spoilers)
- Criador do tópico Mago Véio
- Data de Criação
Turgon
犬夜叉
Acredito que mais na questão do Sauron. Halbrand não existe nos livros, por exemplo. Aquela representação de seu renascimento me pegou um pouco também.
Ragnaros.
Usuário
Essa cena do Sauron subjugado é algo que está sendo discutido até a sua coerência "In Universe" da Série. A primeira cena de Sauron na 1ª temporada, da narração da Galadriel, é a de Sauron armadurado e imponente referenciando o início da Sociedade do Anel. Mostra-o dominando, com a mera presença, um exército de Orcs:
Quem lembra da introdução do 1° Filme, vai lembrar dele obliterando dezenas de Elfos e Númenorianos como se não fossem nada:
O Sauron que é mostrado na cena inicial do 1° Episódio parecia nervoso e hesitante na busca de sua nova posição. O que é estranho. Sauron já tinha tomado uma posição de poder quando Morgoth tinha sido aprisionado na primeira vez.
E, olha que ele gerenciava a reconstrução de Angband, tinha de lidar com Balrogs; a possibilidade dos Valar retornarem às ruínas da fortaleza; tinha de fazer a multiplicação dos Orcs; e aguardar lentamente o retorno de seu mestre. Quando vi ele com um "tic nervoso" na mão, fiquei estranhando essa "fraqueza".
Sobre a forma física dos Ainur: eles possuem "proteções" contra violência físicas e elementos da natureza: o Balrog e Gandalf caindo da ponte de Khazad-dum; Sauron tankando uma tempestade de relâmpagos em Númenor; os Ainur na Guerra dos Poderes; Melkor vagando no vácuo do espaço quando foi expulso de Arda por Tulkas; a forma física de Morgoth sobrevivendo ao seu próprio grito que abalou as montanhas e gerou tremores.
Lembrar que Sauron era um grande feiticeiro que quebrou a proteção de Ulmo em Tol Sirion e expulsou um exército élfico de Orodreth com uma Aura de Terror; lutava por telecinese e telepatia contra Mélian; duelou contra Finrod em Canções de Poder; e resistiu aos brutais golpes de Huan, mesmo atrapalhado pela magia de sono do manto de Lúthien.
Eu esperava mais dele. Mas a própria cena mostra Sauron terraformando o norte da Terra-média numa explosão de frio e gelo. Um nível de poder absurdo pra quem tinha sido obliterado por Orcs.
Outra coisa, é a forma de Gorthaur que vimos pela primeira vez em tela. Achei que iam colocar uma outra aparência pro Sauron. Algo num estilo "Mundano", mas perturbadora pelos "Olhos de Sauron" que levasse às "Casas da Lamentação, além de toda a escuridão, onde tua carne será devorada, e tua mente murcha será desnudada diante do Olho Sem Pálpebra". Um ator que olhasse a alma:
Era pra se algo mais marcante:
Ou até numa aparência mais demoníaca:
E, até a cena da aparição angelical, que eu acho boa:
Eu achei que iam colocar um pouco mais da verdadeira forma dos anjos bíblicos. Que eram terríveis e fascinantes de se contemplar:
Última edição:
Dottovon
Usuário
Mas Sauron ao meu ver é o acerto da série até então. Meu medo é o arco do Estranho.
Melian
Período composto por insubordinação.
Eu gostei da primeira temporada, como deixei claro, à época, de um jeito torto, mas deixei. Esperava mais? Muito mais. Acontece que isso provavelmente é problema meu e das minhas expectativas. 
Isso posto, a meu ver, o primeiro episódio da segunda temporada foi melhor do que toda a primeira temporada, hein? Gostei demais da conta de a série nos colocar naquela espécie de prólogo (?) em Dúrnost pré-congelamento, o que acaba por dar consistência e maior impacto — até mesmo criar uma rima cênica — com aquele momento da primeira temporada da Galadriel já em Durnost pós-explosão (não sei se é o termo certo) do corpo de Sauron, quando o lugar já está puro gelo.
O que acho fascinante, em ambas as situações, é que o cenário, Durnost, verde ou congelado, testemunha a ação de escolhas limítrofes, que haveriam de mudar o rumo da trama de todas as criaturas daquele universo. Ali acontece, por duas vezes, o que poderíamos chamar de virada de chave de narrativa, ou rima poética, que eu acho mais bonito, o que lá na frente, sabemos que dá origem à estrofe do encontro entre Sauron e Galadriel no mar.
Uma coisa curiosa é a seguinte: para mim, uma das melhores coisas da série tem sido o desenvolvimento do Halbrand (que eu quero pegar desde a primeira temporada. Mas vamos deixar para falar sobre meu dedo podre em outro momento, por favor). Tive receio de que, com a revelação de que ele era o Sauron, no fim da primeira temporada, a série não conseguisse conduzir o desenvolvimento do personagem de modo satisfatório, mas, até agora, tenho achado fascinante. Estou gostando da escolha de trabalhar a astúcia do personagem aliada à perversidade. Está funcionando bem.
Agora, para explicar o porquê de eu ter começado a falar que o desenvolvimento do Halbrand/Sauron é curioso, eu preciso falar sobre o prólogo novamente. Acho que ali a série titubeou, hesitou, não aproveitou o material que tinha. É de conhecimento comum da série o fato de que Sauron era um grande feiticeiro, isso não ficou restrito ao cânone. Achei um pouco problemático o fato de, nos primórdios, ele ser apresentado um tanto quanto fraco (não era, a gente sabe, tanto que congelou uma porção imensa da Terra Média quando "explodiu"), mas por que ser "derrotado" tão rapidamente? Era o propósito da série mostrar que a arrogância, a prepotência o derrubou?
Acho válido e coerente com o que foi mostrado na primeira temporada (inclusive, com a situação da Gala que, na primeira temporada, olhou tanto para o abismo, que ele não apenas a olhou de volta como a chamou para reinar com ele), mas acho que não precisavam mostrar um Sauron supostamente enfraquecido para provar o ponto. Mesmo porque, como eu já disse, ficou um cadinho contraditório ele ser subjugado daquela forma e, em seguida, causar um estrago daqueles com a perda da sua forma corpórea. Vale ressaltar, ainda, que eu esperava uma primeira versão corpórea do Sauron melhor esculpida, com maior presença, algo assim. (Mas deve ser expectativa minha, novamente).
Mais uma coisa que eu gostei, bastante, no episódio, e que está em consonância com a construção das camadas da personalidade do Sauron, e da série como um todo, foi a da discordância entre Elrond, de um lado, Gil-Galad e Galadriel de outro, sobre o que fazer com os anéis (A quinta série que habita em mim...). Embora a decisão tenha um caráter de urgência, ela ganha complexidade pelo fato de os argumentos de ambas as partes serem razoáveis. Tanto a perspectiva de usar quanto a de não usar os anéis pode condenar a todos. Aí reside o maior mérito de Sauron, colocar todos diante de escolhas impossíveis, e fazer com que se sintam culpados pelas consequências advindas do que escolherem.
Por termos conhecimento do porvir, tendemos a pensar que Elrond estava certo, porque embora não tenha forjado os anéis, Sauron instruiu Celebrimbor e, em última instância, (já tô dando um giro de 360°, aqui), todos os anéis estavam sob o controle do Um, mas não usar os anéis, abandonar a Terra Média, e esperar pela chegada dos males de Sauron, seria uma escolha justa? Complexo e, por isso, fascinante. É aquele negócio: saltar da frigideira para o fogo. Mestre Círdan — o elfo mais velho, e sábio, da Terra Média — saltou, e, mesmo com toda a sua sabedoria, foi corrompido pelos anéis, porque o poder, ora simbolizado pelos anéis, corrompe. Círdan fala, no episódio, que Celebrimbor queria forjar algo que comandasse o coração, ou algo do tipo, não é, mesmo? Esse algo já existe, se chama poder. O que o ferreiro fez foi apenas trazer algo do mundo invisível para o visível.
Isso posto, a meu ver, o primeiro episódio da segunda temporada foi melhor do que toda a primeira temporada, hein? Gostei demais da conta de a série nos colocar naquela espécie de prólogo (?) em Dúrnost pré-congelamento, o que acaba por dar consistência e maior impacto — até mesmo criar uma rima cênica — com aquele momento da primeira temporada da Galadriel já em Durnost pós-explosão (não sei se é o termo certo) do corpo de Sauron, quando o lugar já está puro gelo.
O que acho fascinante, em ambas as situações, é que o cenário, Durnost, verde ou congelado, testemunha a ação de escolhas limítrofes, que haveriam de mudar o rumo da trama de todas as criaturas daquele universo. Ali acontece, por duas vezes, o que poderíamos chamar de virada de chave de narrativa, ou rima poética, que eu acho mais bonito, o que lá na frente, sabemos que dá origem à estrofe do encontro entre Sauron e Galadriel no mar.
Uma coisa curiosa é a seguinte: para mim, uma das melhores coisas da série tem sido o desenvolvimento do Halbrand (que eu quero pegar desde a primeira temporada. Mas vamos deixar para falar sobre meu dedo podre em outro momento, por favor). Tive receio de que, com a revelação de que ele era o Sauron, no fim da primeira temporada, a série não conseguisse conduzir o desenvolvimento do personagem de modo satisfatório, mas, até agora, tenho achado fascinante. Estou gostando da escolha de trabalhar a astúcia do personagem aliada à perversidade. Está funcionando bem.
Agora, para explicar o porquê de eu ter começado a falar que o desenvolvimento do Halbrand/Sauron é curioso, eu preciso falar sobre o prólogo novamente. Acho que ali a série titubeou, hesitou, não aproveitou o material que tinha. É de conhecimento comum da série o fato de que Sauron era um grande feiticeiro, isso não ficou restrito ao cânone. Achei um pouco problemático o fato de, nos primórdios, ele ser apresentado um tanto quanto fraco (não era, a gente sabe, tanto que congelou uma porção imensa da Terra Média quando "explodiu"), mas por que ser "derrotado" tão rapidamente? Era o propósito da série mostrar que a arrogância, a prepotência o derrubou?
Acho válido e coerente com o que foi mostrado na primeira temporada (inclusive, com a situação da Gala que, na primeira temporada, olhou tanto para o abismo, que ele não apenas a olhou de volta como a chamou para reinar com ele), mas acho que não precisavam mostrar um Sauron supostamente enfraquecido para provar o ponto. Mesmo porque, como eu já disse, ficou um cadinho contraditório ele ser subjugado daquela forma e, em seguida, causar um estrago daqueles com a perda da sua forma corpórea. Vale ressaltar, ainda, que eu esperava uma primeira versão corpórea do Sauron melhor esculpida, com maior presença, algo assim. (Mas deve ser expectativa minha, novamente).
Mais uma coisa que eu gostei, bastante, no episódio, e que está em consonância com a construção das camadas da personalidade do Sauron, e da série como um todo, foi a da discordância entre Elrond, de um lado, Gil-Galad e Galadriel de outro, sobre o que fazer com os anéis (A quinta série que habita em mim...). Embora a decisão tenha um caráter de urgência, ela ganha complexidade pelo fato de os argumentos de ambas as partes serem razoáveis. Tanto a perspectiva de usar quanto a de não usar os anéis pode condenar a todos. Aí reside o maior mérito de Sauron, colocar todos diante de escolhas impossíveis, e fazer com que se sintam culpados pelas consequências advindas do que escolherem.
Por termos conhecimento do porvir, tendemos a pensar que Elrond estava certo, porque embora não tenha forjado os anéis, Sauron instruiu Celebrimbor e, em última instância, (já tô dando um giro de 360°, aqui), todos os anéis estavam sob o controle do Um, mas não usar os anéis, abandonar a Terra Média, e esperar pela chegada dos males de Sauron, seria uma escolha justa? Complexo e, por isso, fascinante. É aquele negócio: saltar da frigideira para o fogo. Mestre Círdan — o elfo mais velho, e sábio, da Terra Média — saltou, e, mesmo com toda a sua sabedoria, foi corrompido pelos anéis, porque o poder, ora simbolizado pelos anéis, corrompe. Círdan fala, no episódio, que Celebrimbor queria forjar algo que comandasse o coração, ou algo do tipo, não é, mesmo? Esse algo já existe, se chama poder. O que o ferreiro fez foi apenas trazer algo do mundo invisível para o visível.
Última edição:
Mercúcio
Usuário
O que eu adorei nesse primeiro episódio (sim, tô atrasado):
Elrond: Usar os anéis é fazero jogo da direita o que Sauron quer. Não vou permitir.
Daí ele pula do penhasco e pensa: vou levar os anéis para o mais sábio, mais venerando e mais confiável dos elfos.
Corta para Galadriel falando com Gil-Galad: "Ele vai levar os anéis para o mais sábio, mais venerando e mais confiável dos elfos."
Puta cara previsível da porra o menino Elrond.
Daí ele entrega os anéis pro Círdan destruir:
Em seguida: o Círdan levando os Anéis pro Gil-Galad:
E o Elrond:
Elrond: Usar os anéis é fazer
Daí ele pula do penhasco e pensa: vou levar os anéis para o mais sábio, mais venerando e mais confiável dos elfos.
Corta para Galadriel falando com Gil-Galad: "Ele vai levar os anéis para o mais sábio, mais venerando e mais confiável dos elfos."
Puta cara previsível da porra o menino Elrond.
Daí ele entrega os anéis pro Círdan destruir:
Em seguida: o Círdan levando os Anéis pro Gil-Galad:
E o Elrond:
Queremos esse resumo ilustrado em todos os episódios.
Eferos Masopias
Senhor dos Pastéis
Olha... levei tempo pra assistir a série, de tanto desânimo que me deu a primeira temporada. Mas tudo bem, acabei de ver o primeiro episódio. E me deparo com esse Sauron. Pacabá!
E não é o que você comenta? Será que os "tolkienistas" da série, se podem usar esse livro, se não podem, mas será que eles desconhecem quem é Sauron? O cara apareceu na série como um coitado, chutado pelos Orcs... pelos Orcs... e sai por aí deprimidinho. Depois, o cara fica de joelho ante um Adar, semi Orc, orc completo sei lá o que é... um personagem espúrio.
O Sauron ficar de joelho perante o Ar-Pharazon é uma coisa. A majestade numenoriana e tal, não preciso continuar a explicação. Mas o Sauron ganhando uma coxa com molho, acorrentado numa masmorra, apanhando de um véio qualquer, ah pára né!
Só tenho uma ressalva quanto o acima: Saruman, qual Charcote, foi atacado pelo Língua, no condado.
Os caras estão no final da segunda Era, no finalzinho, e só agora o Sauron está reunindo os Orcs? E os Orcs nem o encaram como senhor deles?
Daí a série de "Senhor dos Anéis" continua com um Sauron-Venon (meu filho disse isso, e alguém aqui comentou a mesma coisa). Vemos um Sauron querendo escapar de si indo ao mar. Pra onde ele iria? Se a série explica mais tarde, eu não via ainda. Nada disso, está na literatura.
Então Elrond sai cavalgando pra longe com os anéis, com medinho, depois pula na água e entrega para Círdan, que é um velho. Olha, praticamente todo mundo ali em Lindon tem milênios de vida. Ou todo mundo é velho, ou ninguém. Precisa ser velho em aparência para ser sábio? Círdan é um Elfo. Se eles envelhecem, que maldição o destino dos Elfos, de não morrerem de velhice, mas mesmo assim, envelhecendo, não é mesmo?
Mas a série conta uma história totalmente espúria, de Círdan levando os aneis para jogar num lugar inventado, depois Círdan devolve para Gil Galad, num evento novamente espúrio, e o uso dos aneis revitalizam sei lá o que, até já esqueci, aquele negócio de estarem morrendo, folha dourada blá blá, outra coisa totalmente espúria.
O ponto é que eles só deveriam saber quão perigosos eram os aneis ao sentirem o UM, coisa que ainda não apareceu na série, mas como fazem tudo a seu bel-prazer, Sauron já se revelou antes da hora.
Nem sei se a Galadriel viveu mesmo em Lindon sob a autoridade de Gil Galad. E Elrond desobedecendo Gil Galad... sendo que eles eram s[abios e por isso pensavam em corcondância. Aliás, na literatura, ambos não gostavam de Annatar, sem ter bem certeza do porquê, mais uma intuição, isso mostra como eles estavam em sintonia. Esse Gil Gilad Mandão, não tem autoridade sobre todos os elfos. O título de alto-rei era mais simbólico, ele não podia chegar em Eregion e sair mandando em todo mundo, nem em Celebrimbor, senhor do lugar.
Aquele estranho ainda tá naquela de "Ah quem sou eu?" Poxa, vamos ter mais episódios disso? Naquele núcleo chato? Nada daquilo é da literatura. O cara conjura comida pra dias, mas as comidas tem perninhas... quero ver ela ajuntar aquela comida que estava fugindo imediatamente.
Um episódio de Senhor dos Aneis, que não tem nada de Senhor dos Aneis. Totalmente espúrio, com eventos desvinculados da literatura. Então podem achar a série legal, mas ela não é Senhor dos Aneis. Só tem os mesmos personagens e uma ou outra coisinha que vagamente lembra a literatura!
Que bom que muitos gostam, porque eu, eu não consigo, só o que vejo é uma oportunidade perdida. A única cena legal foi:
A melhor cena foi essa, por causa da referência, e ficou excelente, mas é uma referência à filme, não à literatura.
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