No geral, das coisas que eu gostei foram muito mais por ter o nome "Senhor dos Anéis", e o conjunto de referências, do que o mérito da Série. Não vejo problema criarem conteúdo novo ou personagens próprios para a série, mas eu sinto que é uma oportunidade perdida de uma produção que TINHA que ser inesquecível.
Eu vejo algo bonito na tela, mas não sinto algo marcante. É belo, mas vazio.
Do que genuinamente gostei:
- Sauron: Finalmente um personagem poderoso que não precisa de super-força, super-velocidade ou alguma arma infalível como já tô cansado de ver em filmes de super-heróis, por exemplo.
Sauron me pareceu uma mistura do Lúcifer do "Advogado do Diabo" com o Ozymandias do Watchmen;
Do que foi bem mais ou menos:
- Khazad-dum começa bem em sua apresentação, mas se perde na trama arrastada que não leva a lugar nenhum para este Núcleo;
- Númenor começa bem ao mostrar um Mix de civilizações mediterrâneas: Cartago, Minoanos, Creta, Fenícios, etc. Mas, de novo, não sai do canto;
Do que achei realmente ruim:
- Galadriel Karen, Temerária, Imprudente, Imatura...
- Os Hobbits. Eu sempre desconfiei deste Núcleo e, infelizmente, foi muito mais uma muleta narrativa e fan-service, que uma construção de trama
Do que me decepcionei:
- Harad e Rhûn não foram mostrados. Regiões com um potencial mitológico e worldbuilding tão inexplorados (baseados na África e Ásia, respectivamente). Deviam ter tirado o Núcleo dos Hobbits para expandirem o sul e leste da Terra-média.
- Temáticas não exploradas sobre vida x morte x imortalidade x natureza humana em Númenor.
- Amizade, humildade e simplicidade dos hobbits são conceitualmente destruídos com o abandono da família da Nori pela Tribo Inteira. Mais belo e poderoso tematicamente mostrar que nos momentos de crise a união e a amizade são maiores do que a Lei ou Sobrevivência. Vi mais união dos Orcs com Adar do que entre os Hobbits. Pqp.
No fim, dou uma nota de 5 reais para fazer caridade. Isso tudo que aconteceu com o SDA me lembrou o caso de Star Wars:
- Uma 1ª trilogia aclamada;
- Uma 2ª trilogia prequel detonada;
- Uma continuação (espiritual) mal-acabada