Se as pessoas assim procederem elas o farão com ou sem adaptação de obra nenhuma. O fato é que com adaptações sempre terá mais gente lendo, mais gente discutindo, mais gente se inspirando e criando em cima do Legendarium.
A adaptação cinematográfica do Peter Jackson em cima do SdA que o Christopher Tolkien repudiou* fez as vendas dos livros de Tolkien DECUPLICAREM ao redor do mundo. E o próprio CT, que estava sem publicar nada havia mais de dez anos , resolveu retomar o editamento e publicação de material inédito do pai dele por causa do interesse em Tolkien aumentar e tornar essas obras economicamente mais interessantes pro millieu editorial.
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https://www.indiewire.com/2013/01/c...k-beauty-and-seriousness-of-the-books-102485/
Eu prefiro que haja adaptações e, com o tempo, à medida que as obras caírem no domínio público, ate mesmo versões concorrentes alternativas, de tudo que é feitio, com posicionamento e apreensões políticas e ideológicas até díspares entre si sejam debatidas, analisadas, desconstruídas e recriadas. Que elas promovam debate, amadurecimento e divulgação pro material original numa escala maior e maior.
É através da resiliência e da própria capacidade de gerar entendimentos e fruições disparatadas que as grandes obras, em especial as mitopéicas, mostram a sua relevância e durabilidade através dos séculos. Não é por ter o Mort D Arthur do Mallory que eu iria querer ficar sem o Brumas de Avalon da MZB, o Camelot 3000 da DC Comics, o Arthur uma Epopéia Céltica do Banda desenhada europeu, o Rei que Foi um Dia Será do T.H. White o ou a Artoria ( Rei Arthur Fêmea) do Fate Stay Night ou derivados.
Todas essas obras são criadas em cima do mesmo germen de estória original, do mesmo canon, mas seguem linhas narrativas, metafísicas e ideológicas complementamente diferentes, divergentes e poliestratificados que no fim perpetuam o interesse na Matéria da Bretanha original.