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Um Hobbit Preto n’O Senhor dos Anéis da Amazon

  • Criador do tópico Criador do tópico Deriel
  • Data de Criação Data de Criação
Pra não dizer que próprio Tolkien adaptou um monte de mitologias nas suas obras. Shame on you, Professor!!! Que disparate transformar os tradicionais anões germânicos e os elfos celtas nessa corruptela de linha temporal judaico-cristã. É uma afronta aos verdadeiros deuses.
Eu acho que o que Tolkien fez foi original não uma fanfic dos mitos antigos. O pessoal da série pode seguir essa linha se quiser. Conte sua história original mas se desatrele de Tolkien antes.
Pois é. Eu entendo bem a sua perspectiva. Fãs de comic books veem esse tipo de coisa acontecer nos quadrinhos do personagens prediletos (Marvel e DC pro exemplo) bem dizer de cinco em cinco anos. No máximo.

Mas, mas quer a gente goste ou não, é assim que a banda toca. E eu prefiro tentar fruir o que cada periodo ou foco/lente adaptacional tem a oferecer do que ficar sem o produto ou ver o original, os livros no caso, se tornarem esquecidos, obscuros e irrelevantes pq se divorciaram totamente das aspirações e crenças da atualidade. sem uma mediação que ressaltasse o que é perene ou duradouro nos trabalhos matrizes. A

s adaptações, com todas as liberdades que elas tomam, fornecem essa lente, essa moldura e janela pra um público novo que, inevitavelmente, abraçará valores , credos e aspirações divergentes dos das nossas gerações.
Eu fico com Christopher. Ver o trabalho de seu pai alterado foi para ele muito mais doloroso do que é para nós, porque ele entendia muito mais o que as mensagens dos livros significavam e o valor humano que possuíam, tenho absoluta certeza. É sempre mais fácil para a geração anterior entender os valores intrínsecos da humanidade. E você tem razão, isso vai acontecer realmente, independente de séries ou não os valores vão ser substituídos pelas novas gerações e as mensagens se tornarão obsoletas, infelizmente. Mas eu acho que com a mídia esse processo é acelerado e massificado como acontece com o livro "Mulherzinhas". Eu prefiro que todas as coisas tenham um fim natural.
 
O Bela ficou tão emocionado imaginando um Bilbo Bengala com tatuagem maori que se esqueceu que este é um site nerd onde se comemora o Dia da Toalha... e ninguém avisou o cara :no:
Eu quase nem durmo só de imaginar o quanto de piroca vai aparecer na série, meu Eru amado! #sqn Mais provável é que você perca o sono por isso, a julgar pelo tanto que se ocupa em lastimar os rumos da série...

E, se precisa explicar para os são mais lerdinhos da cabeça, a Nerdolândia a que me referi de passagem não é o país onde todos os nerdes do mundo habitam; é só aquele cantinho onde moram os nerdes que se recusam a crescer e passar dos 30. Entenda como Terra-Média meets Terra do Nunca.
 
Eu fico com Christopher. Ver o trabalho de seu pai alterado foi para ele muito mais doloroso do que é para nós, porque ele entendia muito mais o que as mensagens dos livros significavam e o valor humano que possuíam, tenho absoluta certeza. É sempre mais fácil para a geração anterior entender os valores intrínsecos da humanidade. E você tem razão, isso vai acontecer realmente, independente de séries ou não os valores vão ser substituídos pelas novas gerações e as mensagens se tornarão obsoletas, infelizmente. Mas eu acho que com a mídia esse processo é acelerado e massificado como acontece com o livro "Mulherzinhas". Eu prefiro que todas as coisas tenham um fim natural.

Com os livros permanecendo relevantes e as adaptações transpondo e reciclando essas crenças e valones sempre haverá ALGO imperecível do material original, permanecendo. Isso é muito mais fácil de acontecer com a gente discutindo, debatendo e até criticando essas versões novas do que a gente dar uma de Imperatriz Criança na Torre de Marfim enquanto o Nada devora Fantasia sem ter um Atreyu pra sair na Busca e manter o espectador engajado.
 
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Com os livros permanecendo relevantes e as adaptações transpondo e reciclando essas crenças e valones sempre haverá ALGO imperecível do material original, permanecendo. Isso é muito mais fácil de acontecer com a gente discutindo, debatendo e até criticando essas versões novas do que a gente dar uma de Imperatriz Criança na Torre de Marfim enquanto o Nada devora Fantasia sem ter um Atreyu pra sair na Busca.
É como se as obras de Tolkien fossem um homem belo, valoroso, altivo e nobre que só porque um dia morrerá, deva ser transformado em um Frankenstein. Não obrigada. :stop:
 
A obra sempre estará lá. São os reflexos dela que sofrerão transformação com o tempo. Eles dialogarão entre si e com os livros originais, ensinando as pessoas a compreender o que cada grupo , período e gente em geral apreendia e assimilava de cada interação e iteração diferente.

Bem nos moldes mostrados aí



No fim o que se tem, esperançosamente, é um cenário mais rico e duradouro, mais influente e marcante do que nunca, onde um núcleo mais resiliente e imprescindível, vai brilhar com ainda maior clareza. É dessa forma que eu vejo a coisa.

Sobre esse tema bizolhem esse texto aí:


De autoria da Renee Vink

 
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O engraçado dos que são a favor de adaptações a esse ponto, de inserir um Hobbit maori, é que os argumentos usados são apenas atacando os que são contra a adaptação. Se você é contra um hobbit maori, você é automaticamente um nerdola machista. Tanto que vários usuários contra a adaptação inundaram o tópico de bons argumentos, e ninguém os retrucou, apenas tentou usar um ad hominen.

É absolutamente óbvio que a decisão da Amazon em fazer essa maior """representatividade""" é puramente comercial, qualquer um sabe disso.

E coloco em várias aspas porque é tudo bem forçado. Empresas como Amazon e Netflix defendem essa representatividade usando atores negros para fazer papel de Aquiles (por exemplo), mas sempre em universos e histórias de povos brancos. Até hoje não vimos UMA série feita pela Netflix sobre os Maoris, de fato. Sobre o Mansa Musa do Mali, o reino do Kongo, a Etiópia, os Zulus, e diversos outros reinos e povos incríveis que mereciam uma adaptação de qualidade para essa nova geração. Até mesmo a revolta Haitiana contra os seus colonizadores. Mas aí não dá dinheiro né? Então não vale a pena fazer algo realmente representativo. É mais lucrativo só colocar um Elfo negro trans numa série baseada em uma Obra que nasceu com o objetivo do autor em criar uma mitologia para um país de ancestralidade branca e ocidental mesmo.

E é isso que acontece nessa notícia de Hobbit negro, japonês e maori. Em vez de vermos os produtores realmente expandindo o lore com coesão, para mostrar os Variags, Carroceiros, Haradrin, homens orientais de Rhûn e Khând antes de se tornarem submissos à Sauron, e os representando como povos valentes de raças diversas, eles só colocam um hobbit negro. É mais barato e mais fácil, e agrada o nerdola de esquerda do mesmo jeito, como vemos os que defendem essa adaptação ao mesmo tempo que defendem bilionários que estão por trás disso simplesmente por white guilty.

Pra piorar ainda colocam Hobbits numa época onde nem mesmo existiam. E se reclamar, você é um racista.
 
Bom, Neithan, série original da Netflix enfocando cultura tribal negra eu acho que até tem sim....

Inclusive enfocando temas fantásticos.

Essa daí é um exemplo:


E deve ter várias outras enfocando elementos etnográficos por aí.

Tipo essa:


A série animada do Principe Dragão ( recomendo DEMAIS), por exemplo, incluiu uma tribo de Elfos com pele
negra.



E está cheia de pautas identitárias feitas de uma maneira, pra mim, bem interessante, orgânica e palatável. E várias homages e desconstruções criativas do legado de Tolkien que tendem a angariar a simpatia de muito fã da obra.



A propósito eu desconfio que o criador do Príncipe Dragão seja o mesmo dessa proposta pra animação do Silmarillion ( o traço se vcs observarem é MUITO parecido)


Eu, por exemplo, não me iludo de achar que a bandeira da representatividade estaria sendo brandida se não fosse o fato dela ter se tornado economicamente rentável e que esse, de fato, não era o interesse principal e de curto prazo da Netflix e de quem mais a empunhe. Viabilidade comercial faz parte do jogo e, inclusive, ajudou a abolir a escravatura.

Mas diga-se de passagem, foi o interessse financeiro que fez o Tolkien vender os direitos cinematográficos do SdA ainda em vida pra Hollywood e tb foi a briga do Tolkien Estate com a galera da Time Warner e com o PJ por dinheiro que fez com o PJ tivesse que fazer o Hobbit no lugar do Guilherme Del Toro, interferindo com a qualidade do produto final.

Como já falei lá atrás, tb não foi coincidência que o CT se animou de editar material inédito depois que SdA tornou Tolkien uma franquia tão lucrativa depois de um longo hiato de uns 12 ou 14 anos. Foi interesse financeiro oriundo da adaptação animada do Bakshi, do Boon de Star Wars e do AD&D que garantiram a publicação do Silmarillion, de Contos Inacabados e dos HoME, uma conjunção de fatores que se originou na contracultura hippie que entoava loas a Tolkien no meio de sexo, drogas e rock and roll..


Grana é mais uma, às vezes, a principal água que move o moinho mas isso não significa que tudo que vem dessa necessidade, de gerar renda, seja espúrio, ou não traduza uma demanda legítima em termos morais, intelectuais ou filosófico-religiosos, mesmo que, a princípio, essas pautas não caiam na apreciação ou não sejam convenientes para todo mundo. Inclusive por motivos financeiros tb, já que esse tipo de interesse existe nos dois lados, como nós todos aqui no Brasil aprendemos da pior maneira.
 
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Vai funcionar. Não temam. Se for relevante para a série e for bem executado, fechou. É o bastante. Ir além disso e/ou fazer paralelo com as obras é perda de tempo porque a fidelidade não é uma premissa obrigatória, mas desejável apenas. Que venha porque essa série vai ser foda!
 
Diziam a mesma coisa antes do lançamento da nova trilogia Star Wars: vídeos, palestras, sites, blogs, resenhas e outros especialistas que os fãs eram saudosistas, que era mimimi, coisa de nerdola que não cresceu (fazendo crer que os diretores, roteiristas e executivos são jovens dinâmicos na casa dos vinte anos) e todo um rosário de rótulos que podiam disparar contra quem reclamava pelo que havia de informações. E não deu outra, tá aí a Rey Palpatine que os defensores renegam, mas tecem loas a série The Mandalorian. Que teve picos de audiência com as aparições da Asoka e do Luke.

E agora vemos a mesma situação com SdA que, não satisfeitos com os materiais disponibilizados pelo Tolkien State, os roteiristas resolveram inserir puxadinhos como Hobbits Pés-Peludos, na Segunda Era.

Algo completamente desnecessário se o foco for realmente em Númenor, Sauron e a forja dos Anéis. E, pelo que li dos artigos do seminário e do TCC que o Ilmarinen postou, veremos um Annatar como um "jênio” incompreendido, criativo e que irá revolucionar Eregion, o Povo Joalheiro e os númenoreanos com técnicas que os deuses egoístas e elitistas de Aman negaram aos Povos Livres.

Este último trecho, é uma visão levemente otimista de como seriam os diálogos persuasivos de Sauron antes de cagarem com Hobbits Tribalistas.
 
O exemplo de Star Wars é bem feliz. Porque pra Disney foi um sucesso: Rendeu bilhões de dólares. Mas sabemos que foi o resultado final foi ruim perto do que poderia ter sido. Acredito que essa série irá pelo mesmo caminho.
 
Algo completamente desnecessário se o foco for realmente em Númenor, Sauron e a forja dos Anéis. E, pelo que li dos artigos do seminário e do TCC que o Ilmarinen postou, veremos um Annatar como um "jênio” incompreendido, criativo e que irá revolucionar Eregion, o Povo Joalheiro e os númenoreanos com técnicas que os deuses egoístas e elitistas de Aman negaram aos Povos Livres.
Foi isso que eu entendi quando assisti o jogo Sombras de Mordor. Não poderia haver qualquer outra linha depois disso para um lançamento qualquer no futuro. O negócio é como um barranco. E digo mais, não com muita certeza dessa vez mas com considerável suspeita que Annatar/Sauron será o personagem mais carismático da série e em breve veremos camisetas temáticas só pra ele. E isso explicaria algo que ando suspeitando aí. Espero que não seja nada do que eu imagino.

 
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O exemplo de Star Wars é bem feliz. Porque pra Disney foi um sucesso: Rendeu bilhões de dólares. Mas sabemos que foi o resultado final foi ruim perto do que poderia ter sido. Acredito que essa série irá pelo mesmo caminho.
Como eu disse: ficou bom, ficou ruim, eles ganham. Se a mamãe dá presente pro filhinho endemoniado por que o filho bondoso vai se comportar direito?
 
Como eu disse: ficou bom, ficou ruim, eles ganham. Se a mamãe dá presente pro filhinho endemoniado por que o filho bondoso vai se comportar direito?
Lembrando que tudo nesse mundo é um mix de coisas boas e ruins num pacote só. A própria obra do Tolkien original não escapa disso, como ele mesmo falou na introdução da segunda edição do SdA. E, como sempre, nunca há tb completo consenso sobre o que é bom e ruim por lá.


E digo mais, não com muita certeza dessa vez mas com considerável suspeita que Annatar/Sauron será o personagem mais carismático da série e em breve veremos camisetas temáticas só pra ele. E isso explicaria algo que ando suspeitando aí. Espero que não seja nada do que eu imagino.

Pode ter certeza disso... faz parte do show do Bicho. Do contrário como é que Annatar ia ganhar um "concurso de popularidade" com Galadriel em Eregion ? Mesmo que isso, em parte, tenha sido despeito de Celembrimbor por ter sido esnobado em prol de Celeborn?

Vide o simbolismo aí: a Mão prateada ( significado de Celembrimbor) leva a pior na competição com a Árvore de Prata, o significado de Celeborn. A perícia e materialismo mágico-cientificista perdendo o páreo pro culto das coisas naturais e do conservadorismo ecológico. O acúmulo de poder material mundano vs a abdicação do poder.


Acho que Hobbits tribalistas vão ser só uma concessão pro povão que acha que obra do Tolkien tem que ter halfling e que coisas como Rhun, Harad, Khand e suas resistências organizadas e apoiadores saurônicos vão ter cada vez maior destaque à medida que a série progredir e a galera se tocar que os centros étnicos e tribalistas da obra tem gente boa, má e todo o vasto espectro que fica de permeio entre eles.
 
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Sente só o perfil do camarada:

O mais poderoso Maia do Vala Aulë. Bom e não corrompido. Sua maior virtude era o amor pela ordem e perfeição, tendo aversão a qualquer desperdício. Sendo na origem um espírito imortal (angelical).

Não vou pegar ali as obras pra confirmar, mas o trecho acima tá bem perto.

Em minha história, Sauron representa o mais próximo possível da vontade totalmente má. - JRR Tolkien.

E tem dúvida que o cabra vai ser O cara?
 
Tem que ser né. Esse negócio de olho flamejante e armadura gigante robótica já deu o que tinha que dar. Tá na hora do danado brilhar e mostrar por que era o tal.
 
Tem que ser né. Esse negócio de olho flamejante e armadura gigante robótica já deu o que tinha que dar. Tá na hora do danado brilhar e mostrar por que era o tal.
Tipo assim?

 
O problema não é que o Sauron seja o vilão principal da série; o problema é que já tem um pessoal aí achando que vão fazer o vilão carismático demais para desvirtuar as alminhas cristãs, induzindo-as ao erro, e deformar o imaginário das crianças.
 
Tipo assim?

Bem por aí mesmo. Tolkien sempre enalteceu os atributos físicos da galera, principalmente de quem já teve algum pezinho em Aman. Tá na hora disso ser bem representado nas telinhas. O Annatar é pra ser nada menos que um deslumbre.
Aquelas fadinhas diáfanas e anêmicas do PJ não estão com nada. Não vejo a hora de alguém dar uma repaginada na visão homogênea da TM criada pelos filmes. É muito bem vinda a variação do cardápio para termos mais interpretações distintas.
Por isso me incomoda muito toda hora que alguém vem com as ideia torta de manter tudo igual aos filmes do PJ. Bater o pé porque quer fidelidade ao livros originais, vá lá. Eu acho ilusão, mas tem algum propósito, ao menos. Mas bater o pé por fidelidade ao filme que é uma adaptação? Aí já é demais.
 

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