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Isso é realmente muito provável ou você acha que é provável? E mesmo supondo que estes dois traficantes tiveram um nascimento indesejado, também é provável afirmar que eles só entraram no mundo do crime por causa disso? Me parece meio forçado..
Ainda preciso ler, mas a principio, perceber uma consequência não é exatamente prova de uma causa, a melhor analogia que posso pensar agora é com o horóscopo, os planetas estarem em determinado lugar e nós recebermos certas características de acordo com estas posições não quer dizer que a causa seja os planetas, afirmar que a liberação do aborto reduz a quantidade de criminosos é afirmar que criminosos só são criminosos por não terem pais amáveis, que isso é um problema de criação, e não das escolhas do próprio criminoso. A culpa é dos pais.
Não tenho como saber até onde abordam todas as ramificações dessa correlação, mas por que não pensar que isso seja uma questão de renda? Com o aborto liberado ninguém sem condições de criar um filho irá ter o filho, então o surgimento de criminosos depende da qualidade de vida (financeiramente) que a criança recebe? Podemos também nos perguntar se existem criminosos que vieram de boas famílias e foram amados, isso nos levaria a acreditar que a marginalização das pessoas não depende do meio em que surgem mas do meio em que vivem, o que de fato pode afetar suas escolhas pessoais, então o levando ao caminho do crime.
Portanto ao meu ver, a liberação do aborto estaria reduzindo criminosos simplesmente por reduzir a quantidade de pessoas vivendo em um meio onde é fácil entrar no crime, o que não depende do meio de onde vieram, já que pessoas que vieram de outros meios também podem ser 'afetados' durante a vida.
Claro que preciso ler o livro para saber com certeza que tipo de correlação é a proposta, mas esta seria uma constatação de fatos ou uma interpretação pessoal de fatos? Porque é isso o que separa hipóteses, teorias conspiratórias e achismos de estudos sociológicos.
A questão de renda seria que se as pessoas que nasceram em famílias financeiramente aptas a criar uma criança também podem se marginalizar, o problema não está com a origem, mas com o resto do caminho.
Acho forçado relacionar a marginalização com a criação justamente por não haver provas de nada.
Não entendi a exceção para incesto, se o incesto for forçado então é estupro, mas enfim...
O problema do estupro está óbviamente mais ligado com a vida da estuprada, no caso dessa Rebecca por exemplo, como está a mãe dela? Se ela tiver superado o estupro então ela (a mãe) será a exceção, e ter a filha terá sido uma escolha dela. Uma boa analogia é imaginar um assalto onde o bandido planeja decepar sua mão (exemplo tosco, mas enfim), ou você não faz nada e vive bem com a mão decepada, ou você decide matar o bandido antes que ele cause mal a você, uma pessoa estuprada carrega um puta trauma que afeta sua vida diretamente, se ela consegue ou não viver com isso só depende da própria pessoa, sua filha é uma vida inocente, mas decidir entre uma vida inocente e a sua própria vida é uma decisão pessoal, se eu quiser me matar para salvar um estranho eu posso, mas ninguém deve me obrigar a fazer isso por alguém.
Acho que não consegui ser claro, mas utilizando essa Rebecca como exemplo, o fato dela ser uma vida inocente não torna sua vida superior a de mais ninguém, então em um caso onde a vida da mãe está em jogo, em risco, ela pode sim matar uma vida inocente para preservar a sua, a discussão que pode se seguir daqui é com relação à gravidade desse ato, o estupro, na vida da vítima, mas acredito ser de conhecimento geral os danos que o estupro causa.
O problema agora é que, apesar dessa correlação, as pessoas não abortam para diminuir a marginalidade, elas tem motivos pessoais, e o aborto em si também afeta outras vidas, por isso esse argumento da redução da marginalidade no fim acaba sendo forçado, porque a correlação deveria ajudar a buscar a causa, e então eliminar a causa, não justificar motivos pessoais.
Podemos também nos perguntar se existem criminosos que vieram de boas famílias e foram amados, isso nos levaria a acreditar que a marginalização das pessoas não depende do meio em que surgem mas do meio em que vivem, o que de fato pode afetar suas escolhas pessoais, então o levando ao caminho do crime.
Não é o fato de ser pobre, mas de ser mal criada, tem um programa no Discovery chamado "Crimes Milionários" onde ser poder de rico não evita que ninguém seja criminoso, mas ser mal criado, recebendo tudo do bom e do melhor, mas não atenção dos pais os tornaram criminosos e quase sempre os crimes são premeditados, não foi algo de momento.
Mas não tem que ter junta nenhuma, o corpo não é da mulher? É fácil (e bizarro) demais alguém de fora dizer o que você vai fazer. Seria tão estranho alguém dizer: "nós decidimos que você não vai abortar" assim como o contrário: "nós decidimos que você não pode ter essa criança, você terá que abortar", só eu acho isso bizarro e aflitivo?
Mas não tem que ter junta nenhuma, o corpo não é da mulher? É fácil (e bizarro) demais alguém de fora dizer o que você vai fazer. Seria tão estranho alguém dizer: "nós decidimos que você não vai abortar" assim como o contrário: "nós decidimos que você não pode ter essa criança, você terá que abortar", só eu acho isso bizarro e aflitivo?
Eu vejo a junta (essa proposta pelo positrônico) como boa para fins de estudo e entendimento do caso, mas com a decisão cabendo ao povo.
O corpo é da mulher, mas o feto em desenvolvimento não é, a mulher pode aumentar ou tirar os seios, o nariz, as pernas, o que quiser fazer com o corpo dela ela pode, todos nós podemos; o bizarro é matar um outro corpo.
Eu propus a ideia da junta porque existem muitos problemas atrelados ao aborto: O feto pode ser caracterizado como um sujeito com direitos plenos? Um feto é um ser vivo? essas são apenas algumas perguntas de difícil resposta atualmente. Especialistas em diversos assuntos poderiam trazer uma resposta justa e racional a questão do aborto.
Sob essa premissa então bactéria não é um organismo vivo não é? Não existe dúvida na biologia. O conceito de nascimento, desenvolvimento, reprodução e morte é válido.
Sob essa premissa então bactéria não é um organismo vivo não é? Não existe dúvida na biologia. O conceito de nascimento, desenvolvimento, reprodução e morte é válido.
Sob essa premissa então bactéria não é um organismo vivo não é? Não existe dúvida na biologia. O conceito de nascimento, desenvolvimento, reprodução e morte é válido.
A definição de ser vivo é, por si só, complicada. Comparar procariontes e eucariontes não ajuda na discussão. Existe dúvida sim de onde começa a vida. Pra muitos é na inseminação em si, pra outros na formação do cérebro e pros mais "liberais" no nascimento.
Mas eu estou falando de célula eucarionte, humana! Independente da discussão dos vírus, onde que existe dúvida que célula procarionte ou eucarionte são organismos vivos?
Tema complexo, porque ao proibir o aborto o Estado vai contra várias leis e princípios, e ao legalizá-lo vai contra o mais famoso direito assegurado pela Constituição: o direito à vida.
Por um lado, proibir faz com que as mulheres pratiquem o aborto de forma ilegal, procurando médicos não profissionais, medicamentos ineficazes, ou até mesmo apelando para outras práticas, como o caso da mulher que tentou tirar o bebê com uma faca. Isso pode fazer com que as mães saiam com ferimentos e pode até mesmo levar à morte (delas), e o bebê ainda sobreviver mas com grandes sequelas.O dinheiro teoricamente gasto então com tratamentos para esses casos, pelo Governo, seria muito.
Por outro lado, liberando, e o acesso sendo tão fácil, pode fazer com que a preocupação de se evitar se torne ainda menor. Em países como o Brasil (principalmente) as pessoas não estão preparadas para tais liberações, muitas têm a mentalidade de "ah, se eu engravidar vou lá e tiro", infelizmente.
Mas, como é para dar minha opinião, como espírita, que é pelo que me baseio (bom, também procuro ver pelo lado "jurídico", que é o que citei, na questão de que proibir pode levar às práticas mais danosas e blá blá blá,mas no espiritismo encontrei melhor justificativa e argumentação) , sou contra, pelo fato de que os planos para essa vida já haviam sido traçados e um preparamento longo e minucioso (na maioria dos casos) seria jogado fora, assim como a oportunidade de evoluir da pessoa que reencarnaria (E também da mãe, pois seria uma oportunidade e um plano para ela, também, receber essa criança.)
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