Amon_Gwareth
Paragon
Eu enxergo o problema de forma muito simples. Longe da discussão sobre a moralidade, que está pautada no achismo, alguns fatos:
- Por restrições naturais, o aborto não é e não poderá ser banalizado: é um processo extremamente agressivo para a mãe, tanto no aspecto psicológico quanto no fisiológico (vamos evitar a falácia da generalização; se existe uma mulher que fez 15 abortos e está saudável, ótimo pra ela, mas ela é exceção).
- Provavelmente temos um grande número de tragédias (com consequências crônicas ou até mesmo óbito) de abortos clandestinos, sendo que esse número não pode ser sequer apurado pelo sistema de saúde pública brasileiro já que não reconhecemos a prática. Apenas nas estimativas, já temos um quadro bastante alarmante, além de todo um esquema de corrupção alimentado pela proibição.
- O Brasil não possui um sistema de adoção eficiente. Não temos vazão / estrutura / recursos para encaminhar crianças indesejadas para famílias que queiram adotar.
- A lei determina um padrão mínimo para o desenvolvimento de uma criança (dúvidas? leia o ECA). Porém, o salário mínimo brasileiro não garante esse padrão. Havendo a proibição do aborto contra famílias de baixa renda (mesmo sabendo que a situação social não é critério para definir a legitimidade de um aborto), temos uma grotesca contradição na lei.
Antes de divagar sobre moralidade, ou de procurar definição de indivíduo, temos que pensar num problema efetivo de saúde pública que envolve a morte de mulheres e a consolidação de famílias sem estrutura nenhuma.
A favor, sem restrições.
- Por restrições naturais, o aborto não é e não poderá ser banalizado: é um processo extremamente agressivo para a mãe, tanto no aspecto psicológico quanto no fisiológico (vamos evitar a falácia da generalização; se existe uma mulher que fez 15 abortos e está saudável, ótimo pra ela, mas ela é exceção).
- Provavelmente temos um grande número de tragédias (com consequências crônicas ou até mesmo óbito) de abortos clandestinos, sendo que esse número não pode ser sequer apurado pelo sistema de saúde pública brasileiro já que não reconhecemos a prática. Apenas nas estimativas, já temos um quadro bastante alarmante, além de todo um esquema de corrupção alimentado pela proibição.
- O Brasil não possui um sistema de adoção eficiente. Não temos vazão / estrutura / recursos para encaminhar crianças indesejadas para famílias que queiram adotar.
- A lei determina um padrão mínimo para o desenvolvimento de uma criança (dúvidas? leia o ECA). Porém, o salário mínimo brasileiro não garante esse padrão. Havendo a proibição do aborto contra famílias de baixa renda (mesmo sabendo que a situação social não é critério para definir a legitimidade de um aborto), temos uma grotesca contradição na lei.
Antes de divagar sobre moralidade, ou de procurar definição de indivíduo, temos que pensar num problema efetivo de saúde pública que envolve a morte de mulheres e a consolidação de famílias sem estrutura nenhuma.
A favor, sem restrições.