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Inocentes por não terem culpa de causar perigo de vida à mãe, mas caso exista o perigo, mesmo sendo inocente, é uma vida que precisa (caso a mulher queira) deixar de existir para o bem estar da saúde da mãe. O que devemos tomar cuidado é na morte de inocentes que não causam dano algum.Há uma inversão aqui.
Se for considerar a moral relativa ou desconsiderar a moral, não há porque não legalizar o assassinato de inocentes (aborto).
Como é possivel desconsiderar a moral ao tratar deste assunto? Ao ver que uma mulher grávida que necessita realizar o aborto simplesmente não pode, porque aborto é crime, deve-se desconsiderar também porque nem todo mundo vê isso como imoral, e neste caso não seria necessário discussão alguma, apenas uma votação para que a maioria decida o que deve ou não ser feito.Mas ainda não vi argumentos aqui defendendo a relatividade da moral, criticando o inatismo nem me dizendo COMO É POSSÍVEL que se possa desconsiderar a moral ao tratar de um assunto desses. Ou você cai no legalismo (porque a lei diz assim) ou no pragmatismo mais desumano (dane-se o ser humano, o que importa é amenizar uma situação que o Estado não pode controlar e se os direitos humanos tiverem de ser atropelados para tal, beleza!).
Incesto é imoral? Impossível dizer isso objetivamente, visto que depende da cultura e da época em questão, podemos apenas responder a nivel pessoal: eu acho que é moral, eu acho que é imoral.O fato de cada época e sociedade terem seus ordenamentos jurídicos e diferenças na forma de aplicar e mesmo na essência dos valores morais não diz absolutamente NADA em defesa da relatividade moral nem contra a ciência moral.
Outra inversão acima:
As mulheres não deixam de se matar fazendo aborto só porque é crime. Alias, elas se matam fazendo aborto justamente porque é crime.
Isso é ilógico. Se é crime tem de ser respeitada a lei e evitado o delito, se elas se matam o fazem por livre e espontânea vontade, não porque é crime. Eis um clássico exemplo de inversão de valores.
'Não, não é a moral que fundamenta a lei, é a realidade que fundamenta a lei'. Com esse pensamento não há porque uma lei proibir o tráfico de drogas já que ele 'acontece, ora, se ele acontece vamos legalizar as drogas independente de seus efeitos nocivos ao corpo humano'. O mesmo se diz do relativismo moral que se casa com esse pragmatismo.
E daí? Abominar uma idéia não a torna falsa ou errada.Se a lei existe para fundamentar uma moral mutável de uma maioria então todo o direito, toda a justiça e a própria sociedade são uma farsa.
Biologicamente poderia ser considerado imoral.Incesto é imoral? Impossível dizer isso objetivamente, visto que depende da cultura e da época em questão, podemos apenas responder a nivel pessoal: eu acho que é moral, eu acho que é imoral.
Então agora a moral não é mais uma questão de valores, mas de trazer ou não benefícios ou malefícios seja à saúde pessoal ou de nossa descendência?Biologicamente poderia ser considerado imoral.
Na verdade, a longo prazo, poderia ser considerado mortal.
Sim, mulheres deixam de abortar porque é ilegal. O fato de existirem mulheres que abortam mesmo sendo ilegal não exclui aquelas que abortariam caso o cenário fosse outro. Coisas como "medo de ser presa", "medo de morrer", "medo de o procedimento ser mal feito e o bebe nascer com graves problemas", etc, que são válidas atualmente, acho que podem sim influenciar numa decisão1. Mulheres deixam de abortar porque é ilegal?
Então agora a moral não é mais uma questão de valores, mas de trazer ou não benefícios ou malefícios seja à saúde pessoal ou de nossa descendência?
Fumar e usar drogas durante a gravidez é imoral? Dirigir bêbado é imoral? E supondo que sim, como preservar a vida e/ou a saúde de uma mulher grávida pode ser considerado imoral?
As duas primeiras ações (aliás três) são claramente imorais... na verdade, melhor seria chamá-las de pra lá de estúpidas. Não consigo ver nada de bom resultando delas.
Todos tem direito a vida, mas se algum assaltante pretende me matar eu tentarei matar ele primeiro, independente de leis, eu tenho o direito de proteger a minha vida, não importa se quem a está pondo em risco seja um desconhecido ou (no caso das mulheres né) um feto. Só enfatizo (novamente) que a prática não pode ser liberada sem restrições.A defesa de que o aborto é um direito da mulher é o próprio sinônimo de uma sociedade egoísta, em que mais vale o que me é mais conveniente em detrimento de direitos dos outros, mesmo se este direito for à vida.
Cheguei a pesquisar métodos para não ter. Descobri que tudo o que eu sabia antes era bem errôneo. Muita gente vende remédio falsificado por aí, não é seguro comprar de qualquer lugar, não é seguro passar pelo processo a qualquer tempo. O processo é difícil e muito doloroso, fisicamente e psicologicamente.
Oscilava entre momentos de coragem e de medo. Meu namorado não queria que eu me machucasse, sofresse, passasse mal.
Eu, a partir desse momento nunca fui tão a favor da descriminalização do aborto. Não tinha decidido o que fazer, mas imaginava como é pra cerca de 250 mil mulheres que fazem.
Ninguém é a favor do aborto, ninguém acha muito legal passar por isso, não vão ocorrer mais abortos se passar a ser legalizado.
Lembro de ter lido quando era mais nova alguém dizendo que o aborto, se legalizado, seria usado feito método anticoncepcional. De novo eu digo: ninguém sabe como é até passar por uma gravidez não planejada. Mesmo a pessoa mais fria vai sofrer antes, durante e depois. A única coisa que vai mudar se for legalizado é que menos mulheres morrerão tendo hemorragias e infecção por conta dos métodos ilegais.
Já disseram isso aqui, mas vou reforçar. Legalizar o aborto não quer dizer que a mulher vai poder chegar no hospital e *plim* já vai pra sala cirúrgica e problema resolvido. Ela vai ter que fazer vários exames, e conversar com médicos, e conversar com família, com amigos. Coisa que não acontece hoje pq o aborto é crime e falar significa se condenar. Legalizando, o tabu diminui e fica aberto o diálogo para a mulher medir todas as consequências antes de tomar uma decisão.
Ah então, as mulheres que eu conheço que abortaram ou queriam, nem pensavam nessas coisas, viu, de morrer, de ser presa, de deixar os outros filhos órfãos, etc...Sim, mulheres deixam de abortar porque é ilegal. O fato de existirem mulheres que abortam mesmo sendo ilegal não exclui aquelas que abortariam caso o cenário fosse outro. Coisas como "medo de ser presa", "medo de morrer", "medo de o procedimento ser mal feito e o bebe nascer com graves problemas", etc, que são válidas atualmente, acho que podem sim influenciar numa decisão
Ah, claro, essas mesmas coisas não seriam mais válidas num cenário onde o aborto é legalizado / regulamentado.
mas você não tem o direito de escolher pelos outros.
Concordo contigo, nós não temos o direito de escolher pelo feto.
E sobre os corpos que não são delas, mesmo que intimamente ligados?Hum isso já entramos na questão de quando começa a vida....as mulheres como cidadâs devem ter primazia em em seus direitos sobre seus corpos.
Então até agora pelo o que eu entendi, a imoralidade (segundo o seu ponto de vista) está ligada às consequências ruins que determinada ação pode causar, biologicamente o incesto pode ser considerado imoral por causar dano a prole, uma mulher grávida usando drogas idem, o motorista bêbado por poder envolver terceiros em acidentes, e a mãe que corre o risco de vida por ignorar o risco... , se comparado com os outros casos, a imoralidade do aborto estaria justamente em não abortar e colocar a vida da mãe em perigo, a imoralidade estaria em impedir ou criminalizar a chance que a mãe tem para salvar sua própria vida, isso segundo o seu conceito de imoralidade.
Se formos analisar o caso do bêbado e da mulher grávida drogada, eles estão claramente colocando a vida de outros em risco (os pedestres e o bebê, respectivamente), e se formos parar para analisar o que existe de complexo no caso do aborto onde ele é necessário, é o feto que está colocando a vida de outra pessoa em risco (a própria mãe), e neste caso a decisão de abortar ou não recai sobre a mãe, ninguém teria o direito de impedir esta mãe de abortar, (...)
Novamente, não é minha visão. Estou expondo ideias.(...)e analisando o caso de incesto, a imoralidade estaria na geração de filhos e não exatamente no ato incestuoso. O que se pode concluir é que, segundo esta sua visão de imoralidade, o moral é realizar a ação que favoreça o bem estar de mais pessoas, no caso de incesto seria proibir a geração de filhos, e no caso do aborto permitir que a mãe decida abortar ou não.
(...) e é por isso que em casos necessários a pessoa deve ter o direito de abortar, o único problema que eu vejo está nas limitações, mas sobre legalizar ou criminalizar, é impossível considerar a necessidade de um ser humano em cuidar da sua própria saúde como um crime.