Excluído045
Banned
E daí? Abominar uma idéia não a torna falsa ou errada.[/QUOTE]
Sim, a torna. É um requisito metafísico. O que é mal não pode ser verdadeiro.
E mesmo sem enveredar pela metafísica, basta ter um pouco de bom senso. O utilitarismo é cínico, como bem disse o Reverendo, por desconsiderar referenciais. Não se trata de ficarmos discutindo códigos morais mas de definir os limites de uma moral OBJETIVA, uma ciência moral que trate do bem enquanto condições e estruturas necessárias para a preservação da vida e fornecimento de um ambiente e oportunidades propícias para a vida e desenvolvimento dessa mesma vida. Resta saber que tipo de moral é endossada pelos nossos poderes e o quanto de moralização realmente objetiva é utilizada nesse processo e o quanto tal moral reflete a realidade concreta de uma sociedade.
É exatamente por aí que respondo ao Amon. A moral prejudicou, anatematizou nossos instintos mais básicos desde épocas mais remotas e isso se deu não por ignorância mas por paradigmas filosóficos que vem sendo derrubados progressivamente pela ciência moderna e contemporânea, além de a própria filosofia ter ajudado a escavar mais o fosso da moral e revelá-la mais como um instrumento de dominação de elites religiosas, políticas e econômicas. O Nietzsche expõe e analisa esses fatos detalhadamente.
Mas a moral não morreu, não existe mais a segurança dogmática em torno do valor eterno do bem mas ainda existem pressupostos filosóficos e ferramentas científicas que nos permitem ir além do que é 'útil' e tentarmos definir um defesa do 'bem comum'. Isso ainda é possível e é baseado nisso que eu posso dizer que existe um imoral e um moral, mas não em si, sim em referência a um bem comum.
Não imagino como uma lei que legalize a morte de fetos por razões por vezes mesquinhas pode se coadunar com qualquer possível bem comum. Aborto com restrições? Seria moral? Ah sim, baseado no mesmo bem comum, mas restrições bem severas e acompanhadas de campanhas e campanhas, a nível nacional, sobre o valor da vida em relação à necessidade eventual e 'em último caso' do aborto.
Nesse sentido, minha noção de moral difere da do Siker mas minha posição já se harmoniza mais com a dele.
Até algumas sociedades escravagistas antigas (Roma antiga, se lembro bem) proibiam ao dono de escravos que os maltratassem além de um certo limite, ou seja, o dono possuía o valor de trabalho de seu escravo mas não detinha poder de vida ou morte sobre ele.
Da mesma forma ocorre nas relações conjugais e na relação de uma mulher com seu filho. Feto É ser humano, ainda que em potencial, portanto não tem seu destino traçado pela mãe, que não tem direito de condená-lo à morte.
Sim, a torna. É um requisito metafísico. O que é mal não pode ser verdadeiro.
E mesmo sem enveredar pela metafísica, basta ter um pouco de bom senso. O utilitarismo é cínico, como bem disse o Reverendo, por desconsiderar referenciais. Não se trata de ficarmos discutindo códigos morais mas de definir os limites de uma moral OBJETIVA, uma ciência moral que trate do bem enquanto condições e estruturas necessárias para a preservação da vida e fornecimento de um ambiente e oportunidades propícias para a vida e desenvolvimento dessa mesma vida. Resta saber que tipo de moral é endossada pelos nossos poderes e o quanto de moralização realmente objetiva é utilizada nesse processo e o quanto tal moral reflete a realidade concreta de uma sociedade.
É exatamente por aí que respondo ao Amon. A moral prejudicou, anatematizou nossos instintos mais básicos desde épocas mais remotas e isso se deu não por ignorância mas por paradigmas filosóficos que vem sendo derrubados progressivamente pela ciência moderna e contemporânea, além de a própria filosofia ter ajudado a escavar mais o fosso da moral e revelá-la mais como um instrumento de dominação de elites religiosas, políticas e econômicas. O Nietzsche expõe e analisa esses fatos detalhadamente.
Mas a moral não morreu, não existe mais a segurança dogmática em torno do valor eterno do bem mas ainda existem pressupostos filosóficos e ferramentas científicas que nos permitem ir além do que é 'útil' e tentarmos definir um defesa do 'bem comum'. Isso ainda é possível e é baseado nisso que eu posso dizer que existe um imoral e um moral, mas não em si, sim em referência a um bem comum.
Não imagino como uma lei que legalize a morte de fetos por razões por vezes mesquinhas pode se coadunar com qualquer possível bem comum. Aborto com restrições? Seria moral? Ah sim, baseado no mesmo bem comum, mas restrições bem severas e acompanhadas de campanhas e campanhas, a nível nacional, sobre o valor da vida em relação à necessidade eventual e 'em último caso' do aborto.
Nesse sentido, minha noção de moral difere da do Siker mas minha posição já se harmoniza mais com a dele.
Sobre crianças ainda não-nascidas? Não, não devem, mulher nenhum tem direito de propriedade sobre um feto como NENHUM homem deveria ter direito de propriedade sobre outros seres humanos, como esposas, concubinas e escravos, de forma geral.Hum isso já entramos na questão de quando começa a vida....as mulheres como cidadâs devem ter primazia em em seus direitos sobre seus corpos.
Até algumas sociedades escravagistas antigas (Roma antiga, se lembro bem) proibiam ao dono de escravos que os maltratassem além de um certo limite, ou seja, o dono possuía o valor de trabalho de seu escravo mas não detinha poder de vida ou morte sobre ele.
Da mesma forma ocorre nas relações conjugais e na relação de uma mulher com seu filho. Feto É ser humano, ainda que em potencial, portanto não tem seu destino traçado pela mãe, que não tem direito de condená-lo à morte.