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Sra Promotora, solicito para que a senhora mantenha o decoro nesse local, ou terei que limitar sua presença.
Sr Advogado, favor não responder a este ataque!
Dados os argumentos das bancas de defesa e acusação, bem como os depoimentos de suas testemunhas e demais esclarecimentos, apresento a seguir meu voto e as razões que levaram a ele:
Apresento meu voto diante da ausência de provas contundentes por parte da acusação e, ouso até mesmo dizer, da falta de acusações válidas, tendo todas as acusações se sustentado em demonstrar como o réu é malvado ou imoral e não em atos comprovadamente criminosos. Acredito que como afirma a defesa o réu tenha agido como um bom servo de seu senhor Melkor, não tendo ele próprio cometido nenhum crime que possa ser condenável neste tribunal. Todas as suas ações pessoais mostram o comportamento natural na guerra, uma guerra que durou tempo demais. Seu senhor Melkor, este sim, realizou ações criminalmente condenáveis, assim como alguns dos subordinados de Sauron, mas este não deve ser julgado pelas ações de seu senhor ou de seus soldados, nem tampouco por sua personalidade e caráter, desde que não haja, ele mesmo, cometido tais crimes.
Sendo assim, considero o réu INOCENTE.
A tarefa da justiça visa não apenas obter uma mera verdade, desconexa de agentes e contexto, mas também verificar com que objetivo a informação factual é utilizada de modo a ligar todos elementos, lançando luz no campo de análises e proporcionando restabelecimento do equilíbrio.
É notável o grande esforço e trabalho empreendido em ambas as bancas em defesa de suas teses. É possível crer na presença de veracidade de elementos dos dois tipos de testemunhos que foram convocados aqui, como realmente ocorria naqueles tempos de guerra sabendo da natureza imperfeita do homem e de seus tormentos para com os semelhantes. Um veredito não se trata de vingança fria nem de um curso de desconversação. O objetivo é que o responsável seja responsabilizado segundo os respectivos feitos.
A respeito da relação de dados apresentados pelas peças de acusação, creio ser necessário apreciar que se leva em conta que Sauron e Melkor conseguem sucesso nos crimes aonde o círculo da lei se mostra frágil (no amplo significado que a fragilidade adquire quando se fala nos Poderes que estabelecem os pilares da natureza física). O que não visa diminuir a legitimidade do estabelecido por Eru mas embasar a decisão para consinderar também o lado fraco que eram os filhos. Por isso foram feitas perguntas nesse âmbito e para isso foram pedidos esclarecimentos dos limites de se confiar na justiça de apenas um círculo.
Tendo dito isso a banca de acusação responde corretamente quando diz que um sistema único de justiça é compatível com a legitimidade, ainda que se torne vago na hora de descrever como funciona o equilíbrio.
Com relação ao apresentado pela defesa, apesar de os dados apresentados sobre Sauron durante a fase de resposta terem sido melhor detalhados e se expandido dentro da capacidade individual, entendo que elas aprofundem a responsabilidade de Sauron em não ser uma entidade simplesmente amaldiçoada pela sorte mas de um indivíduo cuja abundância de dons foi utilizada, de plena vontade e danosamente contra os semelhantes.
Apesar de ter sido informado pela Defesa que ele esteve apenas no lugar e hora errados, conforme se viu após o afundamento de Númenor houve continuação do plano de disputa de razões pessoais entre as vontades de Sauron e Eru, e ao invés de cooperar com a lei de Eru reconhecendo os dons das pessoas, e apesar de ele ser Ainu e conhecer a Lei, o que se testemunha é a continuação do abatimento da Lei de Eru, rompendo com ela repetidamente, como quando por exemplo, o réu ilegalmente presenteia 9 homens para permanecerem a eternidade dentro de um cadáver em troca de anéis poderosos que potencializavam o que de pior havia neles (a questão dos Nazguls) que era ilegal e proibido aos Poderes oferecerem tal abominação porque ao contrário do que se imagina a destruição vem de não se ouvir a lei do Único e não do planejamento prévio de se obedecer Eru até as últimas consequências (Ulmo trabalha com música e com “ouvir”). Sauron se encontrava plenamente ciente do que fazia quando atacou os dons dos homens (ele conhecia a lei que valia sobre os dons dos filhos, principalmente dos mais fracos, o que é covardia) com anéis que impediam o recebimento da dádiva. Como então ele poderia ser inocente e ser apenas uma pessoa azarada diante dessa ilegalidade?
Seria como não reconhecer que ao se caminhar no inferno e se enxergar ao longe uma luz a pessoa não está na verdade chegando ao fim do túnel, mas sim chegando no centro do inferno, aonde vão morrer as coisas. E esse brilho de distorção, numa frenética atividade de sofrimento que habita as ações Sauron, que não se contém pelos outros mas contra os outros, e que produz colapso violento no momento em que as coisas são obliteradas, confundindo todos os que imaginam que seja aquela luz alimento da vida.
Partindo deste princípio obviamente não é realista dizer que Sauron seja culpado de tudo, nem que se deva ter a pretensão de que ele seja condenado com displicência, mas que haja uma espécie de resultado que contemple a devida localização em relação ao grau de condenação e punição de seu associado e aliado Melkor numa posição inferior a este.
Nesse sentido, pelo conjunto da obra, em que Sauron termina por privar cada povo do dom de desfrutar da liberdade que foi garantida por Eru, rompendo com a ordem legal estabelecida para o mundo, o que se entende é que independentemente da quantidade de maldade no coração de cada pessoa a lei de Eru deve ser mantida excetuando-se os grandes casos de amor sem apego narrados, os quais não perturbam a ordem mas sim a reforçam. E não se trata de ferir o manifesto da liberdade de todos, mas de conter o peso de um único manifesto de liberdade que prejudique outrem. A despeito das informações menores a respeito de responsabilidade de guerra, vejo que os dados apontem para um quadro de ocultação deliberada da verdade. Desse modo deposito o voto de CULPADO diante dos Poderes e que Eru o ajude.
Prezados membros deste tribunal, excelentíssimo juiz, através da função a mim conferida, pronuncio o meu julgamento.
Declaro Sauron CULPADO pela acusação de execução e tortura contra Gorlim, sendo essa prática reconhecida pela banca de defesa durante o julgamento. Utilizando esse fato como base, pode-se imaginar a extensão da índole de Sauron nas questões ocorridas em Angband, Númenor e Terceira Era, mas não comprovadas neste tribunal.
"Caso o juiz dê sentença contrária ao juri, mesmo este tendo sido unânime, ou caso não haja unanimidade, deverá o juiz dar sua sentença devidamente fundamentada mesmo assim, entretanto, a banca perdedora (a que tiver menos votos ao seu favor) terá 48 horas para recorrer, contestando unicamente o conteúdo dos votos a ela desfavoráveis."
"Caso o juiz dê sentença contrária ao juri, mesmo este tendo sido unânime, oucaso não haja unanimidade, deverá o juiz dar sua sentença devidamente fundamentada mesmo assim, entretanto, a banca perdedora (a que tiver menos votos ao seu favor) terá 48 horas para recorrer, contestando unicamente o conteúdo dos votos a ela desfavoráveis.
O recurso é destinados aos próprios jurados, para que os convença a alterar seus votos, coisa que estes poderão fazer ou não. O recurso pode conter argumentos contra as peças da Defesa. No entanto, não pode trazer fatos ou argumentos novos, limitando-se ao já exposto anteriormente."