Neoghoster Akira
Brandebuque
A banca de jurados agradece pela presença de todos e apresenta novamente os votos sob a luz dos argumentos apresentados pelo recurso introduzido no processo contra Sauron.
Jurado 01:
Jurado 02:
Jurado 03:
A peça-resposta individual referente a fase de recursos não foi enviada por MP ao presidente em tempo hábil (limite de até às 22:30 de 25/03) para providências internas da banca:
http://www.horariodebrasilia.org/
Pedimos desculpas pela inconveniência.
Jurado 01:
Segue meu voto:
Mantenho meu voto em INOCENTE, com base nos argumentos apresentados em recurso por parte da banca de defesa que reiteram o que já havia sido constatado anteriormente: Sauron agiu em circunstâncias de guerra, não tendo cometido crime que possa ser condenado neste tribunal, tampouco deve ser julgado por sua natureza moral ou por atos de outros.
Jurado 02:
Concernente a reavaliação do voto referente a fase de recursos do X Círculo da Lei – Julgamento de Sauron, gostaria de esclarecer que não se trata de imputar o não reconhecimento das obras do indivíduo ou mesmo de suas qualidades e defeitos. Ou sequer de apenas avalia-lo por essa ótica.
A tolerância para com os mais fracos, ao longo da passagem do tempo em Aman, é entendida como um respeito às fronteiras de jurisdição na medida em que haja contato de seres menores com seres de alta envergadura.
De sorte que a não observância das leis de Eru alegando inocência significa estar empregando orgulho ao invés de piedade no trato com um assunto que não se cabe conceder opção de benefício de liberdade, seja por carência de maiores recursos aos filhos de Eru ao se fazer cobrança de seres mais frágeis, seja em respeito ao caminho escolhido pelo próprio réu.
A saber, o voto de antes da fase de recurso foi embasado nos relatos élficos a respeito da inveja dos poderes, de Sauron em particular, referente aos dons dos homens e que este seja fator que pesa contra quem deseja impedir alguém de receber o destino/dom de Eru uma vez que foi através da inveja que Sauron obstruiu a vida dos filhos, sejam elfos, homens ou anões.
Sobre ausência de provas contra Sauron não concordo uma vez que Varda e Manwe, quando estão juntos, sejam testemunhas do sofrimento das criaturas nas terras mortais e ouvem e enxergam a tudo o que ocorre nas terras de cá e por isso convocaram a Sauron que se negou envergonhado por saber que estava errado.
Devo apontar que o que se diz sobre a vontade de Eru não é verdade porque entende-se que no que pese haver as leis naturais do mundo, como as leis científicas mensuráveis como o ar que se respira (administrada pelos Poderes) há também leis administrativas derivadas da vontade do indivíduo (liberdade de escolha) que demonstram o objetivo oficial (Eru também é um indivíduo) expressa direta na qualidade de criador (ou de pais no caso dos filhos) com que ele reserva direitos a alguns e não a outros havendo então um sistema de julgar a tudo (justiça com leis, portanto). E é dessa forma que Manwe foi escolhido como “Vala sagrado” ao invés de Melkor e que apenas Manwe consegue invocar diretamente Eru (Númenor) em desfavor de Melkor. A palavra de Eru é lei e há inconformismo da parte do mestre de Sauron sobre o assunto desde a época da canção por causa disso. No que Sauron, por meio do exemplo de Morgoth, é acusado de invadir a jurisdição não apenas dos Valar ao invés de se harmonizar com as fronteiras e de produzir, aonde quer se tenha instalado, a morte, escravidão e escuridão, seja em Mordor, seja na floresta das trevas, seja em Númenor.
Porque é por meio do exemplo que os seres menores vão seguindo os maiores e todos os poderes administram o mundo se inspirando em Eru, inclusive o rebelde Melkor que cria o próprio reino impondo leis destrutivas de governo para desafiar a Eru.
Portanto a ferramenta do exemplo é distorcida por Sauron e Melkor e por essa razão os anéis presenteados não são simples objetos inanimados ou meros objetos mágicos, mas jóias traiçoeiras tocadas por sua essência, corpos vivos estranhos e insidiosos no tolhimento da liberdade aguardando a vítima para serem governados pelo UM com objetivo de escravizar debaixo da lei de Sauron e eram, a saber, dispositivos de corrupção e sabotagem. Sim, pois diferente dos 3 anéis élficos os 9 foram tocados por Sauron como uma doença a espalhar contágio. Afinal, as pragas eram também uma das formas mais abjetas e desonradas de Melkor ao fazer guerra matando guerreiros sem nenhuma honra.
Em verdade, todas essas criaturas expulsas das terras devastadas dos “reinos” de Sauron, em especial os homens não receberam o direito de diálogo. Sauron desejava que os homens não apenas não pudessem conversar ou morar perto dos Poderes, mas que eles também estivessem separados para sempre da orientação de Eru e do dom que ele lhes dera. O dom dos filhos era tão precioso que os Poderes não tinham direito de aprisioná-los no mundo, pois que tinham os filhos também um chamado a atender pela palavra (lei) de Eru.
Ao ser questionado por este tribunal o que se fornece pelo réu é a alegação de que os Poderes fizeram igual a Sauron e isso não é verdade porque nos registros élficos se inclui que os Valar reconheceram que intervir diretamente da forma de Sauron na vida dos filhos derivava calamidades e mesmo assim, mesmo dessa forma, havia meios justos de fazê-lo, havia Valar que conseguia interagir com os filhos decentemente como Ulmo.
Observem que se alega que Sauron apenas deva ser julgado pelo que Sauron fez, sem qualquer responsabilidade com suas tropas e malefícios, e que se nega que ele tenha sido o chefe em comando nos momentos de derrota. O caso é, existe um contrato de uso dos anéis cuja última parte foi descoberta por Gandalf e era tão terrível que o conselho de Valfenda optou por destruir a “coisa” (Um Anel). Sabendo disso, Sauron devia ter a pena aumentada em virtude de sua essência dividir a culpa com vários de seus servos movidos artificialmente por sua essência, ou seja, os anéis não tinham um contrato de uso como uma simples espada que é fabricada e vendida para que um país em guerra se responsabilize sozinho. Não, de fato era o próprio Sauron que, para além da responsabilidade era culpado por agir diretamente. E este foi o poema de “contrato de uso” dos anéis dos quais os homens que os ganharam só sabiam de uma parte durante a oferta e quanto deram por si já era tarde demais:
Three Rings for the Elven-kings under the sky,
Seven for the Dwarf-lords in their halls of stone,
Nine for Mortal Men doomed to die,
One for the Dark Lord on his dark throne
In the Land of Mordor where the Shadows lie.
One Ring to rule them all, One Ring to find them,
One Ring to bring them all, and in the darkness bind them,
In the Land of Mordor where the Shadows lie.[1]
Sauron alega que Eru gostava tanto dele que o afundou junto da ilha. Já o poema mostrado por Gandalf prova que ele era tão respeitoso com os homens presenteados dos 09 anéis que desejou prendê-los na Escuridão. Por isso:
Três vezes se manifestou a acusação,
Três vezes e uma quarta se manifestou a defesa,
Três vezes se manifesta o Júri,
Três vezes o juiz se manifestará sobre o assunto.
Três eram os guardiões dos anéis não tocados por Sauron,
O povo de Ëa contra Sauron aguarda a resposta e eu a forneço mantendo a minha resposta. Culpado.
Jurado 03:
A peça-resposta individual referente a fase de recursos não foi enviada por MP ao presidente em tempo hábil (limite de até às 22:30 de 25/03) para providências internas da banca:
http://www.horariodebrasilia.org/
Pedimos desculpas pela inconveniência.
Atenciosamente,
Banca de Jurados
Banca de Jurados