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Discussão [1ª temporada] Episódio 5 (com spoilers)

Qual sua nota para o quinto episódio da primeira temporada?

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E tudo isso sem falar do que acho essencial: os produtores tiraram as genitálias para fora e deram uma bela mijada em cima do trabalho linguístico de Tolkien: se aqueles tais sulistas habitavam um país verdejante que depois se tornarará Mordor, como danado Orodruin já se chamava Orodruin?????
Para Tolkien, que escreveu as estórias para as línguas e não o contrário, Númenor era uma sociedade diglóssica, onde o vernáculo era o adûnaico e as línguas élficas, especialmente o quenya, próprio dos nomes régios, funcionavam como línguas altas. Quando os númenóreanos se distanciaram dos elfos, para Tolkien pareceu muito significativo marcar isso de forma sociolinguística: houve uma ascensão da língua adûnaica, na qual os reis passaram a adotar os seus nomes. Exceto, precisamente, no período de Inziladûn, que se renomeou Tar-Palantir, nome quenya, assim como o de sua filha, Tar-Míriel. Pharazôn não é um nome qualquer, como a série trata; Ar-Pharazôn é um nome régio em adûnaico e quer dizer "O Dourado", eloquente das suas altíssimas pretensões.
Num dos tópicos sobre os episódios 1, 2 e 3, eu já tinha colocado que parecia não haver nenhum trabalho etnolinguístico balizando a produção e disse que os sulistas têm nomes anglo-saxões. Não têm. São nomes inventados comercialmente, com raízes germânicas aqui e ali.
Tudo isso deve ter parecido aos produtores mero preciosismo acadêmico, que ninguém sabe e, por isso, não vai ligar. Mas essas coisas são a essência do trabalho cujos direitos compraram.
Para completar, os tradutores brasileiros das plataformas de streaming têm uma doença tão grave que se traduzirem lord e lady tal como se diz na nossa vernácula língua portuguesa, isto é, 'senhor' e 'senhora', eles morrem de repente de um mal súbito... "Lorde Celebrimbor" e "Lady Galadriel" devem ser dois distintos membros élficos da nobreza britânica...
 
Pra começar.

Ver anexo 94485

Os clones invadiram a Terra-média. Uma produção milionária usando paint pra preencher espaço numa cena que nem se trata de um exército. Sem mudar rosto, sem mudar roupa. A maioria dos figurantes está repetida. Para onde, por Deus, foi esse dinheiro?

Kemen não consegue convencer o pai a mudar de idéia e vai lá tocar fogo nos barcos pela namoradinha. Quase mata o Isildur, que infelizmente, de longe é o personagem mais injustiçado de Tolkien, pior que Galadriel. Transformaram ele num jovem fracassado que pelo visto não tem casa e vive nos becos (porque não tá sobrando grana pra fazer cenário), aceita tomar soco na cara por nada e fica se rastejando pra ter posto. Apenas um menino com tédio que não tem nada pra fazer e decide que também quer passear de barco. Sorte que o ator dele é a única pessoa simpática do elenco e só por isso a desgraça não é completa.

E essa história do barco do Isildur que é só a cereja do bolo de um enredo absurdo do Halbrand. A maluca revoltada enfia na cabeça que ele é rei, que quer ir pro Sul, que quer unir seu povo, faz a rainha acreditar que nessas terras o Mal está dominando, sem prova de nada, diz que tem homens lá que Halbrand tem que combater, sem nunca ter pisado lá pra ver isso, daí no último minuto depois de reunir os voluntários, o Halbrand fala "quem disse que eu quero ir"? Pior: é só depois de tudo isso que eles chamam o Halbrand e decidem o local de viagem. E pra fechar: ninguém perguntou se o cara queria ir e se ele não fosse acabava a viagem. É brincadeira hein?

Daí vem com história de barquinho. Nem um único guarda fazendo vigia apesar de ter gente contra a viagem que poderia fazer sabotagem. Isildur, morador de rua, dorme lá no barco mesmo. Palhaçada dele e do Kemen puxando lanterna, explodem tudo. Os únicos que saem de lá são os 2. Elendil pergunta: "o que aconteceu"? Isildur: "explodiu". Aaah não me diga. Depois o povo falando que não sabia quem foi o bandido. Pelo amor de Deus só tinham duas pessoas na cena do crime. Bom, o mesmo tapado, comandante, que foi roubado pelo Halbrand, não conseguiu entender que o filho estava aprontando saindo de uma explosão com outro cara que não deveria estar lá. É insultante.

Cena da luta da Galadriel. É maravilhoso que ela quis treinar os meninos se exibindo igual um pavão e não instruindo nada útil. No final ainda fica no vácuo tentando se aparecer pro Halbrand. Igualzinha uma criança mimada. O pior é que a espada estava afiada e a qualquer momento ela poderia matar algum deles ou ser desmembrada. É patético.

Aquela cena do jantar. Misericórdia. Todo mundo achando que seriam pessoas importantes falando coisas importantes. 4 personagens e a mesa era preenchida por figurantes mudos. Dúrin falando coisas de completo mau gosto. Não teve graça, não teve relevância, só um desrespeito com o telespectador e com a própria história. Conversa de levar embora a mesa porque era sagrada. Todo mundo mente, nenhum personagem tem caráter, nem honra, nem absolutamente nada. É cobra comendo cobra.

E o papo do mithril. Nossa. Elrond não podia quebrar o juramento. Juramento que ele quebrou falando umas 3 vezes que ele sabia do negócio pro Gil. "Você sabe"? Pergunta Gil. "Eu admito", responde Elrond. Depois de novo: "fala do mithril". Elrond: "não posso, jurei". Depois "vai ter que quebrar o juramento hein, a gente vai morrer por sua culpa". Cara, tá surdo ou tá louco? Pior ainda, ele por livre e espontânea vontade mostra o mithril pro Celebrimbor. E continua falando de juramento depois. Pelo amor viu.

Conversa mole de Silmaril dentro de árvore, de raio cair na árvore. Aí do nada vem com papo de que se não pegar mithril e iluminar a raça dos Elfos vai desaparecer. Gente? O quê? Eu só consigo pensar numa coisa, os caras mudaram tanto a natureza dos Elfos nessa série que começou com Arondir abrindo berreiro por causa de cortar uma árvore que vai terminar assim:


Não bastasse não darem explicação nenhuma sobre isso, sobre o que é aquela coisa na árvore (só uma metáfora sem sentido), o motivo deles serem atingidos por aquilo (não é só mudar de floresta, pai?), ainda vem falar de que escuridão vai marchar sobre a face da terra. A escuridão que há 4 episódios ele disse que não existia? Do que ele está falando nesse momento? Chega no fim das contas dizem que Elrond tem que quebrar o juramento pra conseguir mithril. Todo mundo já tava sabendo do negócio de maneiras mágicas, o Celebrimbor estava fazendo testes com o minério que sei lá de onde ele tirou, era só ir pedir pro dono dos porco que fez aquela ceninha tosca de que é o cara que vai salvar toda uma raça. Mas fica nesse papo sem noção de juramento até a última cena. E eu não sei se esqueci de algo, mas o Elrond não foi falar com Dúrin porque queria ajudar o Celebrimbor a fazer a Babel dele lá? Do nada o cara manda: "fui falar com você sem saber, mas sempre foi pelo mithril".

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Nada faz sentido. Absolutamente nada.

Adar já com referência ali de que vai fazer sacríficio humano. Espero realmente que eles não transfiram os crimes de Sauron para Adar e façam Sauron sair de bom moço. Não for o caso, vai ter competição de sacrifício humano aí. Não sei o que é pior. Nem sei o que pensar mais.

Terminando com Númenor indo pro Sul, com três parcos barquinhos. Falaram que era reforço de 500, não tinha 50 no barco da Galadriel, que foi com os adolescentes rebeldes mesmo. Guardas, exército, não vi nenhum. No final eu entendi que eles não tem figurantes pra interpretar muita gente então não dava pra montar exército e a massa que deu a impressão de multidão pra campanha de guerra foram os figurantes da cidade mesmo que nem foram mostrados depois mais. Inclusive talvez eles reaproveitem figurantes em todos os núcleos. Númenor foi conquistar as terras do Sul contra as hostes do Inimigo nem com 100 pessoas. Um passeio. Uma piada.
Ainda bem que só falta 3, não aguento mais.
Sabe quando você tá à mesa com a família, no cafezinho com os colegas ou no bar com os amigos e as pessoas começam a contar as anedotas da vida, como um segredo compartilhado ou um segredo revelado, e os ouvintes interrogam com os pronomes que norteiam qualquer estória coerente — quando, onde, por quê etc.? Pois é, essa série não tem verossimilhança sequer com simples ações e reações das pessoas no mundo real.
 
Gente, não vi ninguém comentar, mas alguém sabe como a galadriel volta com a mesma armadura que ela jogou fora quando cruzou o oceano a nado? Até o brasão central é igual, o mesmo usado na guerra pelo irmão dela. Achei que poderia ser uma nova, mas devido ao brasão e aos detalhes fica obvio ser a mesma.
E Arondir, que foi libertado por Adar feito um esfarrapado mensageiro e salvou Theo na aldeia com arco e aljava cheia?
Por isso que digo: se fosse uma anedota na hora do café, quem ouve perguntaria: "Mas como?".
 
Orodruin significa "montanha flamejante" ou "montanha da chama vermelha". Sempre foi um vulcão criado na Primeira Era por Morgoth. Passa a ser chamado pelos gondorianos de Amon Amrath , "Montanha da Perdição", ou seja, só a partir de perto do fim da Segunda Era, após o estabelecimento das ameaças de Sauron e do Um Anel. A escolha por manter o nome Orodruin é bastante correta.

Sobre o mito da criação do mithril, eu achei bem razoável do argumento de @Ilmarinen, ou seja, pode ser um ardil de Sauron, talvez pré-Annatar, para manipular os elfos em uma determinada direção. A escolha de palavras de Elrond sobre esse mito é muito evidente: An osbcure legend regarded my most to be a apocryphal. Minha primeira reação foi negativa, mas talvez com o desenvolvimento do enredo ela faça sentido.

Por fim: a armadura de Galadriel. Qual é o problema de pensar que os ferreiros númenórianos, que são fodas, recriaram a armadura com a orientação de Galadriel, para recriar inclusive os detalhes. Afinal, ela usou a armadura por séculos, então conhece bem seus detalhes. Sei lá, acho essa crítica um tanto quanto ranzinza. É o tipo de problema que podemos imaginar que teve uma solução fora da tela, de tão insignificante que é.

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Voltando aos meus comentários sobre o episódio, esqueci de falar sobre Halbrand e Galadriel. Só mesmo um mestre da manipulação para fazer com que o manipulado peça desculpas por achar que está manipulando o manipulador. Pobre Galadriel.
 
Orodruin significa "montanha flamejante" ou "montanha da chama vermelha". Sempre foi um vulcão criado na Primeira Era por Morgoth. Passa a ser chamado pelos gondorianos de Amon Amrath , "Montanha da Perdição", ou seja, só a partir de perto do fim da Segunda Era, após o estabelecimento das ameaças de Sauron e do Um Anel. A escolha por manter o nome Orodruin é bastante correta.
Ótimo! Então Orodruin é um vulcão ativo que vai aparecer exatamente assim, flamejante (ou, no mínimo, fumegante) nos próximos episódios, e não um intacto monte verdejante? Excelente!...

Por fim: a armadura de Galadriel. Qual é o problema de pensar que os ferreiros númenórianos, que são fodas, recriaram a armadura com a orientação de Galadriel, para recriar inclusive os detalhes. Afinal, ela usou a armadura por séculos, então conhece bem seus detalhes. Sei lá, acho essa crítica um tanto quanto ranzinza. É o tipo de problema que podemos imaginar que teve uma solução fora da tela, de tão insignificante que é.
Eu acho vocês, que ficam tentando coerir as ligações preguiçosas de dois pontos dos roteiristas, mais fodas que os ferreiros númenóreanos. 👍🏽
 
Sobre o mito da criação do mithril, eu achei bem razoável do argumento de @Ilmarinen, ou seja, pode ser um ardil de Sauron, talvez pré-Annatar, para manipular os elfos em uma determinada direção. A escolha de palavras de Elrond sobre esse mito é muito evidente: An osbcure legend regarded my most to be a apocryphal. Minha primeira reação foi negativa, mas talvez com o desenvolvimento do enredo ela faça sentido.

Orra... exegese das frases do episódio. :clap:
Curti muito a ideia. Tomara que seja isso mesmo, porque na real eu não curti essa coisa do destino dos elfos estar vinculado ao mithril...
 
O povo espumando de ódio e eu assim de empolgação com a série:

Ver anexo 94490
Eu entendo a sua figura de linguagem, mas só para constar acho muito triste a vida de quem, por ventura, cultiva ódio no coração por causa de um mero produto comercial. Por mais difícil que seja para alguns que se incomodam até com os horários de outros, são só críticas negativas. Faz parte.
 
Aí embaixo Angus Mcbride incluindo Galadriel como "guerreira" no ataque do Conselho Branco a Dol Guldur na capa do suplemento de RPG do MERP de 1995 (último com capa do Mcbride). Provável origem pro take do PJ sobre o episódio.

Ver anexo 94464
Que ela podia manejar uma espada e que se tornou alguém poderoso, acho que ninguém questionaria. Num caso de extrema necessidade, e contra poderes maiores, à sua altura, acho compreensível ela ter participado do ataque do conselho branco. Uma Galadriel incompreendida, mal humorada, imatura e se metendo em qualquer refrega é que acho um desvio muito grande.
 
Ainda pretendo escrever um texto maior, se é que isso interessa a alguém, kkkk. Mas estou muito desanimado com esses desvios desnecessários. Elfos desvanecendo rapidamente, mithril deixando de ser simplesmente um ótimo metal. Númenor, a poderosa Númenor que colocaria qualquer reino ao leste de joelhos, reduzida a uns guerreirinhos piazinhos e em vez de uma frota a peder de vista, 5 navios apenas, dois dos quais queimaram.
Cara... não tenho palavras que alcançariam a dimensão do meu desânimo. No entanto, pelo figurino, fotografia e tals, vou continuar até o fim.

Desculpe se já comentaram isso. Como só vi a série agora, não vi os comentários todos, ainda. Espero que muitos deles amenizem meu dosgosto, porque explicam melhor coisas que a princípio me pareciam inaceitáveis. Mas é triste que a poderosa Amazon precise da habilidade de alguns de vocês para tornar tudo mais palatável.
 
Eu acho vocês, que ficam tentando coerir as ligações preguiçosas de dois pontos dos roteiristas, mais fodas que os ferreiros númenóreanos. 👍🏽
É isso que eu quis dizer com a Amazon estar dependendo da habilidade dos colegas do fórum, como a do Ilmarinen, que é vasta, diga-se de passagem.
 
Vocês estão loucos em dizer que esse episódio foi melhor que o anterior. A parte dos hobbits está mesmo muito boa, mas o resto foi tão zuado, sem pé nem cabeça e com umas soluções tão merdas que não dá pra empolgar, sinceramente. Tá decaindo.

Depois volto pra ler essas 7 páginas de posts e comento.
 
Ainda pretendo escrever um texto maior, se é que isso interessa a alguém, kkkk. Mas estou muito desanimado com esses desvios desnecessários. Elfos desvanecendo rapidamente, mithril deixando de ser simplesmente um ótimo metal. Númenor, a poderosa Númenor que colocaria qualquer reino ao leste de joelhos, reduzida a uns guerreirinhos piazinhos e em vez de uma frota a peder de vista, 5 navios apenas, dois dos quais queimaram.
Cara... não tenho palavras que alcançariam a dimensão do meu desânimo. No entanto, pelo figurino, fotografia e tals, vou continuar até o fim.

Desculpe se já comentaram isso. Como só vi a série agora, não vi os comentários todos, ainda. Espero que muitos deles amenizem meu dosgosto, porque explicam melhor coisas que a princípio me pareciam inaceitáveis. Mas é triste que a poderosa Amazon precise da habilidade de alguns de vocês para tornar tudo mais palatável.
E a trilha sonora da partida? Quem escuta fica com a sensação de que é Agamênon singrando o Egeu para ir derrubar Troia, mas quem vê... 😄
 
(...)
Galadriel largou a armadura e espada no navio, pulou no mar, derrepente surge novamente de armadura e espada no final desse episódio, parece que a Amazon fez entrega flash de Valinor para Númenor.
(...)


Só pq ela usa uma armadura igual pq sair presumindo que teria que ser a mesma?

Sendo que Númenor tem seus próprios ferreiros e Galadriel foi nomeada um dos chefes de uma força expedicionária militar pela Míriel?

Eu esbocei essa réplica aí em cima tem dois dias e fiquei com preguiça de enviar. Pq é exatamente isso aí que o Finarfin (na verdade, Grimnir) escreveu em um dos posts dessa página.

Pq não pegar um raciocínio lógico em cima de alguma coisa que se SABE ser possível ao invés de tentar encaixar uma linha irracional incoerente com a narrativa só pra descer o pau nos showrunners e nos roteiristas?

Não é muito mais fácil inferir exatamente o que eles certamente presumem que o expectador inteligente deduziria? Que a Galadriel que, inclusive, dotada como é de tudo que é tipo de arte e de telepatia*, proveio os ferreiros numenorianos com uma réplica do design da armadura original "renunciada" no "umbral" da entrada nas Terras Imortais?
Que ela fazia questão de, agora na condição de uma expedicionária numenoriana "oficial", fazer uso de sua indumentária costumeira referindo-se ao seu legado como uma elfa e princesa dos noldorin para se distinguir dos demais? E, por isso, teria encomendado uma armadura idêntica à original?

*
Explicada aí:

E Arondir, que foi libertado por Adar feito um esfarrapado mensageiro e salvou Theo na aldeia com arco e aljava cheia?
Por isso que digo: se fosse uma anedota na hora do café, quem ouve perguntaria: "Mas como?".

É tão difícil assim presumir que, uma vez que ele resolveu dar uma parada na vila ocupada por orcs, onde o Theo estava, provavelmente ouvindo a gritaria e vendo as movmentações de busca por algum fugitivo*, que ele tenha atacado um orc, o matado e afanado um arco e aljava cheia de flechas para não ficar desarmado enquanto ajudava a pessoa atacada?

*o que, infere-se, fez ele abdicar do "salvo conduto" do Adar que queria que ele fosse direto dar o recado em Ostirith? O lance é que o caminho pra lá passa pelas imediações da vila e o Arondir não teve como não perceber que tinha alguém por lá em apuros.

O fato de explicações simples assim não ocorrerem na cabeça de gente que a gente SABE que tem perfeito conhecimento e intelecto pra chegar a deduções semelhantes passa a impressão de que a sanha pra descer o pau na série a todo custo faz "procurar pêlo em ovo" pra ver tudo como defeito e aumentar ainda mais o escopo das falhas que realmente existem.

É cansativo, desgastante como esse nitpicking em cima de detalhes de pouquíssima relevância, os quais são passados por cima em qualquer outro gênero de ficção, viram o foco da atenção da Fandomship quando ela está persuadida a passar o "pente fino" só pq o "produto" não bate com a visão idealizada introjetada durante tanto tempo dentro das mentes como leitores.

Isso, pra mim, vira auto-sabotagem ainda mais quando, por exemplo, a gente, como leitores, tende a deixar passar detalhes absurdos nos próprios livros como, por exemplo, a noção de que Aragorn ia ter a atitude estranha de carregar consigo os copos partidos da Narsil antes de ser reforjada ao invés de uma espada funcional como Tolkien, bizarramente, o colocou fazendo entre Bree e Rivendel. Quase como se fosse uma espécie de ritual " de penitência" pelo fracasso de Isildur em destruir o Anel. O Peter Jackson, sabiamente, deixou esse elemento de fora das adaptações do SdA.



Pra começar.

Ver anexo 94485

Os clones invadiram a Terra-média. Uma produção milionária usando paint pra preencher espaço numa cena que nem se trata de um exército. Sem mudar rosto, sem mudar roupa. A maioria dos figurantes está repetida. Para onde, por Deus, foi esse dinheiro?
A gente tem que lembrar que os Anéis do Poder foi filmado na Nova Zelândia no meio do auge das restrições da quarentena da Covid 19 que foram impostas com muito rigor por lá.

Eles até interromperam as gravações durante um tempão mas é de se supor que algumas sequências com essa daí ficaram no prejuízo já que implicavam em usar um contigente grande de figurantes concentrados num espaço relativamente restrito.

Eles podiam ter feito a coisa com mais capricho e deixando o photoshop menos evidente ou refilmado a sequência? Poderiam e, provavelmente, é uma das coisas que serão digitalmente reformatadas a posteriori. Quem viu as versões cinematográficas de filmes do PJ no cinema sabe que tem um montão de detalhes que são "mexidos" na pós-exibição pros DVdS até mesmo nas versões não estendidas.

Limitações de tempo e dinheiro e condições logísticas muitas vezes prejudicam a exibição original de qualquer produto. Eu fico vendo detalhes dos filmes da Marvel recentes em comparação com as versões exibidas nos cinemas e vejo como uma diferença de só dois a três meses faz um impacto ENORME na pós-produção.
 
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