GALA MELHOR TERAPEUTA DA TERRA-MÉDIA! Belas palavras, Gala. Vou te ouvir? Não, mas são belas palavras. Parabéns por ser a rainha da porra toda!
Uma coisa que eu não gostei nesta temporada foram os diálogos. Os personagens parecem falar (somente) em parábolas e ditados populares.
Ou, quando não falam assim, acabam usando o diálogo para substituir cenas e sutilezas. Exemplo: O
Make Númenor Great Again para mostrar ao público qual o ressentimento da Ilha contra os elfos.
Caramba, eu vivo insistindo nesta tecla: Númenor é uma discussão moral (e até teológica) sobre Vida x Morte x Natureza Humana x imortalidade. Isso fala muito sobre a Dádiva de Ilúvatar à Humanidade:
Já os filhos dos homens morrem de verdade, e deixam
o mundo, motivo pelo qual são chamados Hóspedes ou Forasteiros. A morte é seu destino, o dom de Ilúvatar, que, com o passar do tempo, até os Poderes hão de invejar.
É um debate atemporal que Roy e os Replicantes MOSTRARAM magistralmente em alguns minutos o que a série (apenas) FALANDO não fez em 7 horas:
"Porquê isso acontece, Meu Deus?" Não teremos a resposta na hora, mas faremos essa pergunta sempre enquanto existir a humanidade.
Outra coisa, eu entendo que é a Primeira Temporada, eu entendo que há espaço pra desenvolvimento e transição, mas caramba, é a primeira vez que temos uma mídia audiovisual sob o ponto de vista (em grande parte) dos elfos de Tolkien.
Eu esperava um nível de sapiência-élfica muito maior do que mostrado na tela:
Como um ser imortal vê e sente os momentos históricos que para a humanidade serão efêmeros? E ainda mais pra nós, onde "todos os momentos se perderão no Tempo como lagrimas na chuva".
Galadriel podia incorporar (aos poucos) o arquétipo da rainha-filósofa. Mostrar um pouco do que vemos do Marcus Aurelius desta cena magistral:
Em 5 minutos de tela, Marcus Aurelius fala sobre legado, sentido de vida, inutilidade da guerra e o que realmente importa num conflito: se luta pelo LAR, pela família e a quem se ama:
A guerra deve acontecer, enquanto estivermos
defendendo nossas vidas contra um destruidor que poderia devorar tudo; mas não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem.
Galadriel FALA da fadiga de uma guerra interminável e vitórias infrutíferas, mas não MOSTRA.